segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Em 2012 como no passado...

«Olhai em redor, e vede este formoso torrão de Portugal, que vós jurásteis defender e fazer prosperar; olhai e dizei-me se sois dignos de estar nesses bancos uma hora mais: por toda a parte o esbanjamento da fazenda pública, por toda a parte o patrocínio primando o mérito.
A escola, essa fonte pública, seca de instrução; as férteis campinas desoladas; as estradas que prometeis cobertas de pedregulhos e das lamas da incúria; as cadeias, esses depósitos do mal, transbordando e o pobre camponês que sucumbe ao peso dos impostos, regando com lágrimas o grão que lhe dá um solo desolado. »
E dizia o «Estandarte»: «um ministério que assim procede, inspira um nojo genérico. Este governo não há-de cair, porque não é um edifício. Tem de sair com benzina, porque é uma nódoa!»

O Conde de Abranhos , Eça de Queiroz, claro.

Sem comentários: