Ou porque há dias que temos menos paciência, ou porque a
repetição da mesma coisa nos vai cansando, o que é certo é que estou cada vez mais
farta de assistir às reuniões camarárias cá do burgo.
Felizmente que só vou
assistir às intervenções do público, aquilo que realmente interessa aos meus
leitores, porque de outra forma acho que a determinadas alturas, ainda me dava
(mais) um ataque de loucura e alguém ouviria o que não gosta.
Convido quem gasta um minuto do seu tempo a vir aqui ler
os meus desabafos, a assistir a uma reunião camarária. Prometo que pelo menos
se irá rir, como aconteceu às várias pessoas que ontem ali estiveram.
Por acaso, agora até têm começado relativamente perto da
hora marcada, coisa que durante anos não acontecia, fazendo com que as pessoas,
já de si nervosas por irem intervir num órgão daqueles, estivessem horas à
espera até se reunir o quórum suficiente para a abertura da sessão.
Mas depois é o «serrar presunto» que me enerva.
E agora
que se aproximam mais umas eleições autárquicas, o serrote então não pára, nas
tais «discussões eleitoralistas», onde cada tema que é abordado, cada questão
levantada, é tida como um ataque ao actual executivo e como um ataque é lançada.
Voam acusações de «não fazer», respondidas com «a culpa é
do Governo». Se o discurso se volta para o concelho, logo vem a resposta da
situação nacional, mas quando se fala de questões nacionais ou internacionais
ligadas a esta ou àquela força política, voltam as atenções a focar-se nas
maravilhas do concelho.
E depois é aflitiva a falta de conhecimentos concretos
sobre certos assuntos.
Se uns se preparam até à exaustão, outros tocam as
coisas pela rama, errando até nos dados que apresentam como verdades. Ou lançam-se acusações para o ar, que depois de
respondidas ou explicadas por quem de direito, mais ou menos fundamentadas, mais convencem quem
assiste que se limitam apenas a ser ditaites para constar em acta, com comparações
quase estapafúrdias.
Risos, falas por cima de quem está na posse da palavra,
troca até de alguns «piropos», tudo isto faz também parte do menu.
Como seixalense irrita-me assistir a isto.
Assistir a
politiquinhas mesquinhas, onde pouco ou nada é falado em concreto, onde
discursos duram horas a remoer o mesmo, onde tudo o que é bom é feito por cá, e
tudo o que é mau é culpa de terceiros.
E claro que bule também com os meus nervos que me tentem
fazer passar por parva.
Já referi neste meu blogue que esperei nove meses para obter
uma resposta da autarquia sobre de quem era a responsabilidade de pintar as passadeiras,
para vir a saber que estas são da responsabilidade da Estradas de Portugal. (http://janaoseinao.blogspot.pt/2010/06/descubra-as-diferencas.html)
E depois, qual não é o meu espanto, e com que cara
ficariam, quando o assunto das passadeiras é levantado por um partido da
oposição e ouço que afinal sim, que existem cerca de 2000 passadeiras no concelho
e que a Câmara Municipal está a intervencioná-las…
Ora se são da responsabilidade da Estradas de Portugal, não está o executivo a «fazer filhos em casa alheia», quando não há dinheiro sequer para pagar serviços prestados? Quando é que a Câmara Municipal irá reaver os valores agora dispendidos?
Ou afinal a responsabilidade das passadeiras é, e sempre foi, da autarquia?
Infelizmente quem perde com estas politiquices não é a política, mas sim os munícipes,
que em vez de terem ali discutidos os assuntos que realmente interessam ao
concelho, ouvindo quem pode, auxiliando quem deve, acabam por ser horas e horas
de «diz que fez e não fez» ou «prometeu e não cumpriu».
Pelo meio, lá se vão votando e aprovando os pontos da acta.
Um blogue de uma jornalista que já viu um pouco de tudo, usado para falar de qualquer coisa.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Pequenas coisas
Tenho dias em que só me apetece agarrar no cão e fugir para longe.
Tenho dias em que nem me apetece ouvir falar ao meu lado, quanto mais responder, porque se responder, vai sair alguma coisa bem «cabeluda».
Tenho dias em que não consigo acreditar na raça humana, nas promessas que nos fazem, no que nos garantem ser verdade.
Tenho dias em que olho para a caçadeira na parede e só me apetece desatar aos tiros com os que julgam gozar com a vida dos outros.
E todos os dias chego a casa e deparo com este sorriso.
E volto a acreditar que pelo menos o mundo tem alguma coisa correcta. Estes seres que nos amam sem pedir nada em troca, sem exigir, sem recriminar, sobretudo, sem nos enganarem.
Obrigada Belchior, Bruno, Sofia, Pepita, Safira, Chiquinho e Rosita.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Injustiças!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
À algum tempo que não vinha aqui.
Hoje venho com raiva no coração e lágrimas nos olhos.
Porque é que a vida, o destino, o karma, deus ou deuses, são tão injustos?
Dizem os agnósticos que somos nós quem escolhe o seu destino, sem intervenções divinas.
Então uma criança escolhe morrer? Escolhe sofrer durante meses?
Hoje partiu um guerreiro, uma criança que milhares de portugueses acompanharam dia a dia na sua luta contra a leucemia.
Chamava-se, não, chama-se Rodrigo, porque ficará para sempre nos nossos corações.
No sábado partiu uma outra guerreira, esta de quatro patas, uma gatinha chamada Fénix que lutou contra o fogo para salvar os seus gatinhos. Um «animal», como muitos gostam de chamar, mas que se sacrificou pelas suas crias.
São dois casos, duas histórias, que hoje me fazem duvidar de tudo. Não sendo católica, supostamente não posso culpar um deus por tudo isto. Mas que se lixem os dogmas, hoje mando esse deus à fava. Preciso disso. Preciso de um alvo, de alguém a quem culpar pelas injustiças de uma vida, que leva assim inocentes.
Hoje também podia aqui despejar a minha raiva.
Não o faço por respeito a estes dois seres, tão diferentes mas tão iguais na sua pura inocência.
Prefiro chorar.
Hoje venho com raiva no coração e lágrimas nos olhos.
Porque é que a vida, o destino, o karma, deus ou deuses, são tão injustos?
Dizem os agnósticos que somos nós quem escolhe o seu destino, sem intervenções divinas.
Então uma criança escolhe morrer? Escolhe sofrer durante meses?
Hoje partiu um guerreiro, uma criança que milhares de portugueses acompanharam dia a dia na sua luta contra a leucemia.
Chamava-se, não, chama-se Rodrigo, porque ficará para sempre nos nossos corações.
No sábado partiu uma outra guerreira, esta de quatro patas, uma gatinha chamada Fénix que lutou contra o fogo para salvar os seus gatinhos. Um «animal», como muitos gostam de chamar, mas que se sacrificou pelas suas crias.
São dois casos, duas histórias, que hoje me fazem duvidar de tudo. Não sendo católica, supostamente não posso culpar um deus por tudo isto. Mas que se lixem os dogmas, hoje mando esse deus à fava. Preciso disso. Preciso de um alvo, de alguém a quem culpar pelas injustiças de uma vida, que leva assim inocentes.
Hoje também podia aqui despejar a minha raiva.
Não o faço por respeito a estes dois seres, tão diferentes mas tão iguais na sua pura inocência.
Prefiro chorar.
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