quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Democracia, onde vais triste de ti?



Será da silly season?
Depois da machadada na democracia local que foi dada em Viana do Castelo, surge algo como isto, de um certo indivíduo que até compreende os anti-touradas, mas...
Depois disto, irá pedir o quê?
O fim das manifestações de desempregados, professores ou funcionários públicos?
O fim dos desfiles do 1.º de Maio e do 25 de Abril?
Ou da concentração na rua de mais do que cinco pessoas?
Já agora, este personagem é um ex-forcado... e mais não digo.


in: http://www.diariotaurino.blogspot.pt/2012/08/chaubet-escreveu-ao-ministro-da.html
foto: Blogue Farpas.

«Lisboa, 20-08-2012
Excelentíssimo Senhor Ministro da Administração Interna
Doutor Miguel Macedo
Carlos Alberto Patrício Álvares, cidadão português em pleno uso dos seus direitos constitucionais, vem respeitosamente requerer a Vossa Excelência, que se digne providenciar para que estes direitos não lhe sejam sonegados como tem vindo a acontecer, embora pontualmente.
Assim, valendo-me do Artigo 52º da nossa Constituição, venho expor a Vossa Excelência o que se passa, na esperança de que proceda de modo a que me sejam restituídos esses direitos.
No Artigo 2º da Constituição - “respeita e garante o direito de me expressar livremente”. O Artigo 12º diz “ninguém pode ser prejudicado, privado de qualquer direito, seja porque motivo for”. O Artigo 37º - no ponto 1- “Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento sem impedimentos ou discriminações”. No ponto 2- “O exercício destes direitos, não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura”.
O recurso a estes artigos porque o assunto de que me vou queixar é muito importante para a minha tranquilidade de espírito e por pensar que assim, possa sensibilizar mais Vossa Excelência para uma solução que me seja benéfica. Aliás, não só a mim, como a milhares de portugueses.
Ultimamente, devido à expansão que a internet proporciona, têm-se intensificado as campanhas contra um espectáculo de que muito gosto - o tauromáquico. Porém, democraticamente, admito que haja quem não o aprecie. Mas, ao contrário dos que se intitulam anti taurinos, não faço qualquer pressão para que mudem de atitude, nem os censuro por a terem. Os anti taurinos, não têm igual procedimento. Antes pelo contrário. Essa a razão porque me dirijo a Vossa Excelência.
A manifestarem-se, têm tanto direito como eu. Penso no entanto que, subjacente a esse direito, deverá estar o respeito pelos direitos dos outros. O que faço tolerando os anti taurinos, ou não os hostilizando. Todavia estes não procedem do mesmo modo. É dessa falta de respeito que me queixo.
Tornou-se hábito dos “contra”, porem-se à frente das praças onde se vão dar espetáculos tauromáquicos, provocando e insultando quem os vai ver. Além dos megafones que usam para ofender os aficionados, levam cartazes chamando-lhes assassinos, cobardes, selvagens e, por vezes, termos bastante mais baixos e ordinários. É fácil Vossa Excelência verificar a veracidade do que afirmo.
O Artigo 2º diz - “o pluralismo de expressão admite-se, respeita-se e garante-se”. E certamente por essa razão, a PSP tem estado presente quando dessas manifestações. Todavia, para preservar os “contra” de possíveis agressões dos “cruéis” taurinos? Não! Precisamente o contrário. Para defender os taurinos das provocações dos caridosos “contra”. Para tal a PSP monta um perímetro de segurança que os isola, evitando assim, como eles gostariam, que se aproximem dos aficionados e possa haver confrontos violentos.
Agradeço e aprecio esse cuidado. Contudo, a liberdade de uns acaba quando elimina a liberdade de outros. A minha está a ser afetada com o comportamento arrogante e conflituoso dos “contra”.
Por esse motivo, baseado no Artigo 12º, peço a Vossa Excelência que proíba ou de algum modo discipline essas manifestações, afim de poder usufruir em paz o consagrado no ponto 1 e 2 do Artigo 37º.
Agradecendo desde já a atenção que se dignar dar a este meu pedido,
Respeitosamente
Carlos Patrício Álvares

domingo, 19 de agosto de 2012

Hoje a democracia portuguesa morreu.
A democracia e a justiça.
Cada um tire as suas ilações, mas só posso dizer que tenho vergonha de um país onde a Tauromáfia é mais poderosa do que uma autarquia e do que um tribunal.
Aos autarcas, deixo apenas um recado: hoje abriu-se um perigoso precedente. É que se uma susposta federação protaurina pode sobrepor-se à REN, à Câmara Municipal de Viana do Castelo e à população desta cidade, então, preparem-se porque muito pior virá por aí.
Curioso é o silêncio de Fernando Ruas, que tanto fala contra determinadas decisões contra os municípios...

Já agora, deixo outro texto que fizeram o favor de me enviar por email.
O ESTADO DEFENSOR DA IMORALIDADE TAUROMÁQUICA
A realização de uma tourada no passado dia 19 de Agosto na única cidade antitouradas de Portugal,contra a decisão da Câmara Municipal de Viana do Castelo que não a autorizou, mas que contou com a complacência de um juiz de um tribunal de Braga, levou-me a refletir sobre o assunto e a levantar algumas questões, relacionadas com a suposta imparcialidade das várias instituições no que diz respeito à elaboração e ao cumprimento das leis que eles próprios criaram.
No caso referido, não deixa de ser curioso o facto da providência cautelar da associação de torturadores de animais ter sido posta num tribunal de Braga e não do de Vianado Castelo, local onde propunha realizar a tourada. Será que o juiz de Braga era um juiz amigo?
Até serem legalizadasas touradas de morte em Barrancos, com uma ajudinha do ex-presidente da República, Jorge Sampaio, amigo da tortura animal, foram cometidas ao longo de vários anos inúmeras ilegalidades sem que os prevaricadores tenham sido devidamente punidos. Uma vez mais, estiveram os poderes instalados ao serviçodo retrocesso civilizacional e da imoralidade.
Nos Açores, a situação é por demais semelhante ao que se passa a nível nacional e até internacional. Se não fossem os apoios do Governo Regional e, pasme-se, da própria Assembleia Legislativa Regional que promove touradas, das autarquias, com destaque para as Câmaras Municipais de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória, as touradas de praça já tinham acabado e as de corda estariam reduzidas. Além disso, não poderá ficar esquecido o agrupamento de Estados denominado União Europeia que dizendo apoiar a agricultura ou a agropecuária hipocritamente subvenciona a criação de touros para serem torturados em espetáculos degradantes e violentos.
Deixando de lado as leis que são imorais pois, condenando os maus tratos animais, abrem exceção relativamente aos touros, se analisarmos a atuação das entidades que deviam zelar pelo cumprimento da lei, chegaremos à conclusão que a única legislaçãoque é cumprida no que se refere a touradas é a lei da selva.
Já foram denunciadas,que eu saiba, à Direção Regional da Cultura (ou melhor Direção Regional da Tortura) a realização de uma tourada em Dia de Luto Nacional e a presença de crianças com menos de seis anos em diversas touradas, na ilha Terceira. No primeiro caso a resposta foi do género: “não sabíamos que José Saramago ia morrer” e no segundo caso, até há algum tempo, o silêncio absoluto.
No caso da presença das crianças que lá estão levadas pelos familiares, embora em muitos casos chorem de medo, como já foi denunciado por quem já assistiu, as entidades fecham os olhos pois sabem que não é apenas a chamada arraia-miúda que o faz mas também pessoas que ocupam os mais altos cargos governamentais e autárquicos.
A presença da polícia muitas vezes não é para obrigar o cumprimento da lei, mas sim para garantir a segurança de espetáculos que nem cumprem o estipulado nas leis, nomeadamente em termos de licenciamento e de publicidade. Para confirmar o mencionado basta consultarem os cartazes que divulgaram as touradas à corda promovidas por comissões de festas, da Igreja Católica, da Pedreira de Nordeste, dos Aflitos ou de Santa Bárbara (Ribeira Grande). Em dois dos casos, a não indicação da proveniência dos touros (por vezes bezerros que deixaram a “fase de aleitação” há pouco tempo) poderá estar associada a uma tentativa de fuga aos impostos por parte dos seus donos.
Sabendo que o que se pretende é acabar com o desnecessário sofrimento animal, será que podemos confiar cegamente nas entidades que tudo têm feito para que as coisas continuem como estavam no início do século passado ou em alguns casos pior?
Mas, perante uma conjuntura desfavorável, os amigos dos animais não devem desistir. Devem auto-organizar-se em associações ou em grupos informais e assim combater a indústria tauromáquica, denunciando os seus negócios sujos, todas as irregularidades e rebatendo todas as inverdades que é por eles transmitida.
Só conseguiremos uma sociedade melhor para todos, animais incluídos, se formos capazes de romper o cerco de alguma comunicação social e se conseguirmos fazer chegar a  mensagem da verdade à maioria da população açoriana.
Manuel Soares
http://terralivreacores.blogspot.pt/

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Só faltou o «Tudo pela Nação, Nada contra a Nação»


Eu sei que estou de férias, e até tinha prometido deixar-me de discussões sobre alguns temas no facebook, mas quando deparo com algo como isto, é de ficar realmente de boca à banda.
Mas digam-me lá quem são os imbecis que se dizem Movimento em Defesa das Corridas de Toiros e que defendem a tourada com isto???
Ainda são piores do que os outros da ProCoiro (Federação Protoiro para quem não conhece)...

Até o Paulo Ramires, mais conhecido no meio dos anti-touradas como Atum Ramirez, excelso diplomado e defensor das touradas ficou chocado e disse-o no facebook:
Paulo Ramirez «Mudem de imagem, essa é uma alusão ao fascismo e ao estado novo, isso não é nada bom para a tauromaquia. E o mais depressa possível, caso contrário, estarão a prejudicar a tauromaquia e de que maneira.»
hours ago · Like
Movimento em Defesa das Corridas de Toiros «Onde é que está a alusão ao estado novo?? E a sua alusão à república???»
minutes ago · Like

Não, claro que não há alusão ao Estado Novo... os bonecos nem pertencem aos livros escolares «Lusito»... mas esta gente pensa que os outros são tão imbecis quanto as ovelhas que seguem estes movimentos???
Só para lembrança futura, e para os que nunca estudaram por estes livros, tão do agrado de Salazar, e tão conhecidos no tempo da Velha Senhora:

Só faltou a frasesinha no primeiro cartaz de «Tudo pela Nação, Nada contra a Nação» e a imagem de Nossa Senhora de Fátima lá do alto a abençoar...
Sinceramente, o revivalismo disto num tema como a tourada assusta... o que virá a seguir?
Exigirem que as mulheres tenham de ter autorização dos maridos para sair do país ou a reactivação do Tarrafal e a implementação de uma nova PIDE, como uma ressabiada já pedia pelo facebook?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Haverá palavra mais ansiada no mundo que férias??


Não, na certa. Em especial nesta altura do ano.
Por isso, elas aí estão!
E quem estiver na mesma situação, então os meus votos de boas férias!!