quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O oportunismo dos jornaleiros e dos políticos

 

Hoje vou partilhar neste meu cantinho um texto de Carlos Pires, e um cartoon delicioso de Ricardo Campus, publicado esta semana no Diário do Distrito, na secção Portugal aos Cacos.

Assim vai a maior parte da comunicação social nacional e local, sobretudo quem, durante o meu tempo, fazia questão de alardear ser totalmente independente.

É que mudam-se os tempos, vergam-se as costas mas enchem-se (e muito) os bolsos.

 

«Ao molho e Fé em Deus...
O oportunismo dos jornaleiros e dos políticos
Ultimamente ando a ver algum oportunismo de alguns media que são autênticos órgãos de comunicação das autarquias locais e que servem só o interesse dos autarcas que não querem ou não podem gastar milhares em boletins da sua própria casa e vão aproveitando-se das “lambidelas” que alguns jornaleiros lhes vão dando nos pés
Podia começar este meu artigo de opinião como todos outros, mas como gosto de ser diferente, começo por...
 
ERA UMA VEZ
 
Numa terra longínqua havia um comendador que gostava de se mostrar ao mundo com o seu ar de pavão emproado, mas que certo dia pensou em “comprar” um pequeno caderno de propaganda, para mostrar a todos os seus mais belos e reais prazeres de governação...
 
Podia continuar esta história que muitas vezes é real e que alguns que andam por aí a pregoar que são jornalistas, não passam de jornaleiros de péssima categoria, metaforicamente falando. Ora vejamos, para se ser jornalista é preciso informar e de estar informado, para que depois nas suas peças jornalísticas possa sair um trabalho em que é reconhecido pela classe e o mais importante é, captar o interesse do público em geral.
 
Todos os dias pego em jornais locais, que se pensa serem jornais de mais proximidade das populações, diferentes dos nacionais, mas de diferente só tem o nome, pois alguns são autênticos boletins municipais. O leitor quando começa a ler um desses pequenos jornais, pois de grande só no tamanho, começa a perceber o jogo de interesses que aquele órgão de comunicação social, seja ele diário, trissemanário ou mesmo semanário tem para a política local.
 
Com as medidas de austeridade que o nosso País passou, todos sabemos que os dinheiros públicos em parte são controlados, e que as autarquias não se podem exceder nas tradicionais publicações que tinham, mas também existe outro fator, pois a autarquia não se substitui a um tradicional jornal que por vezes terá uma tiragem de 10 000 exemplares – alguns, nem todos – e que tem o seu leitor assíduo.
 
O jogo de oportunismos começa quando um autarca aposta em certo ponto num qualquer “cavalo de corrida” e depois a certo modo começa a ser ele o próprio a controlar todas as peças que vão sair nessa mesma semana. Quem está a ler neste momento o meu artigo poderá pensar – “como é possível o autarca controlar as peças que possam sair ou não na edição” – muito simples, aposta na publicidade a fim de controlar tudo que possa sair menos positivamente nesses órgãos de comunicação social, aqui está o oportunismo da “coisa”, onde o autarca controla e o jornaleiro vai dando noticias ao sabor de ventos favoráveis.
 
Mas nem todos os media são compráveis, e quando não o são, o problema instala-se em absoluto... Tenho um caso simples, há uma semana atrás quando falava com um amigo meu que é um dos responsáveis de uma publicação de informação, ele estava muito arreliado, pois o departamento comercial desse media tinha sido contactado por uma empresa que por sinal tem no seu conselho de administração, pessoas que são autarcas, e que lhes solicitaram preços para publicitar um evento que iria decorrer a poucos dias.
 
A história prolongou-se e por fim teve que ser o departamento comercial desse media a entrar em contacto para saber se haveria contrato ou não. Ora veio a saber que tinha perdido o contrato com outra empresa concorrente. Claro que o media dele não é vendável a certos “favores políticos” e tem noticiado assuntos que não tem agradado a alguns políticos que não gostam de ver plasmado certos assuntos em público, a resposta da empresa foi que esse órgão de comunicação social não teria sido escolhido pelos membros de administração.
 
Moral da história, para alguns políticos de trazer a “tiracol” mais vale ser engraçado do que cair em graça, porque o que importa não é o interesse da opinião pública para esses autarcas e políticos, mas sim os media acolherem as coisas boas e esconderem debaixo do tapete as menos positivas.
 
Assim vão as parcerias entre os media e os políticos...

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Diário do Distrito na listagem Marktest

Os resultados da Marktest de Outubro para o Diário do Distrito que contabiliza o número de vezes que as nossas notícias foram visualizadas.
Apenas a onze lugares do jornal nacional Diário Digital. Têm dúvidas?
Verifiquem.

http://net.marktest.pt/netscope/rankings-netscope/ranking-netscope-de-outubro-de-2016/

Quando a notícia são os animais


No outro dia falava com um autarca do distrito de Setúbal, que também gosta de animais como eu, e dizia-lhe que as notícias que o Diário do Distrito publicava sobre animais, tinham tantas ou mais visualizações do que até noticias de crimes, sempre tão procuradas pelos leitores.
E hoje tive de novo essa certeza, quando publicámos uma notícia sobre uma acção da GNR de Setúbal na Moita.
Mais de 7700 visualizações e dezenas de partilhas em praticamente todos os grupos dedicados aos animais no facebook poucas horas depois de ser colocada online a informação.
Isto é sinónimo da mudança das mentalidades em Portugal, cada vez mais atenta ao bem estar animal, mas também uma mudança no paradigma da actuação das autoridades nestes casos que ainda se repetem em pleno século XXI.
E claro, significa que o Diário do Distrito está cada vez a chegar mais longe porque não é à toa que a Marktest nos coloca como o terceiro jornal regional na área do digital, apenas superados pelo Diário de Notícias da Madeira e pelo Diário das Beiras, e que temos hoje, 23 773 seguidores no facebook.

P.S. - E horas depois, ultrapassámos as 12.500 pessoas, com mais de 100 reacções e mais de 100 partilhas.