Será da silly season?
Depois da machadada na democracia local que foi dada em Viana do Castelo, surge algo como isto, de um certo indivíduo que até compreende os anti-touradas, mas...
Depois disto, irá pedir o quê?
O fim das manifestações de desempregados, professores ou funcionários públicos?
O fim dos desfiles do 1.º de Maio e do 25 de Abril?
Ou da concentração na rua de mais do que cinco pessoas?
Já agora, este personagem é um ex-forcado... e mais não digo.
in: http://www.diariotaurino.blogspot.pt/2012/08/chaubet-escreveu-ao-ministro-da.html
foto: Blogue Farpas.
«Lisboa, 20-08-2012
Excelentíssimo Senhor Ministro da Administração
Interna
Doutor Miguel Macedo
Carlos Alberto Patrício Álvares, cidadão português em
pleno uso dos seus direitos constitucionais, vem respeitosamente requerer a
Vossa Excelência, que se digne providenciar para que estes direitos não lhe
sejam sonegados como tem vindo a acontecer, embora pontualmente.
Assim, valendo-me do Artigo 52º da nossa Constituição,
venho expor a Vossa Excelência o que se passa, na esperança de que proceda de
modo a que me sejam restituídos esses direitos.
No Artigo 2º da Constituição - “respeita e garante o
direito de me expressar livremente”. O Artigo 12º diz “ninguém pode ser
prejudicado, privado de qualquer direito, seja porque motivo for”. O Artigo
37º - no ponto 1- “Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu
pensamento sem impedimentos ou discriminações”. No ponto 2- “O exercício
destes direitos, não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de
censura”.
O recurso a estes artigos porque o assunto de que me vou
queixar é muito importante para a minha tranquilidade de espírito e por pensar
que assim, possa sensibilizar mais Vossa Excelência para uma solução que me
seja benéfica. Aliás, não só a mim, como a milhares de portugueses.
Ultimamente, devido à expansão que a internet proporciona,
têm-se intensificado as campanhas contra um espectáculo de que muito gosto - o
tauromáquico. Porém, democraticamente, admito que haja quem não o aprecie. Mas,
ao contrário dos que se intitulam anti taurinos, não faço qualquer pressão
para que mudem de atitude, nem os censuro por a terem. Os anti taurinos, não
têm igual procedimento. Antes pelo contrário. Essa a razão porque me
dirijo a Vossa Excelência.
A manifestarem-se, têm tanto direito como eu. Penso no
entanto que, subjacente a esse direito, deverá estar o respeito pelos direitos
dos outros. O que faço tolerando os anti taurinos, ou não os hostilizando.
Todavia estes não procedem do mesmo modo. É dessa falta de respeito que me
queixo.
Tornou-se hábito dos “contra”, porem-se à frente das praças
onde se vão dar espetáculos tauromáquicos, provocando e insultando quem os vai
ver. Além dos megafones que usam para ofender os aficionados, levam cartazes
chamando-lhes assassinos, cobardes, selvagens e, por vezes, termos bastante mais
baixos e ordinários. É fácil Vossa Excelência verificar a veracidade do que
afirmo.
O Artigo 2º diz - “o pluralismo de expressão admite-se,
respeita-se e garante-se”. E certamente por essa razão, a PSP tem estado
presente quando dessas manifestações. Todavia, para preservar os “contra” de
possíveis agressões dos “cruéis” taurinos? Não! Precisamente o contrário. Para
defender os taurinos das provocações dos caridosos “contra”. Para tal a PSP
monta um perímetro de segurança que os isola, evitando assim, como eles
gostariam, que se aproximem dos aficionados e possa haver confrontos
violentos.
Agradeço e aprecio esse cuidado. Contudo, a liberdade de
uns acaba quando elimina a liberdade de outros. A minha está a ser afetada com o
comportamento arrogante e conflituoso dos “contra”.
Por esse motivo, baseado no Artigo 12º, peço a Vossa
Excelência que proíba ou de algum modo discipline essas manifestações, afim de
poder usufruir em paz o consagrado no ponto 1 e 2 do Artigo 37º.
Agradecendo desde já a atenção que se dignar dar a este meu
pedido,
Respeitosamente
Carlos Patrício Álvares