Não sou muito fã de novelas, mas lembro-me que uma das
centenas que passaram na nossa televisão tinha uma música de abertura chamada
«Começar de Novo», e que a letra era qualquer coisa como «começar de novo, vai
valer a pena». Este pode ser um bom princípio em certas ocasiões. No
entanto, parece que há quem pense que basta deixar correr as águas do tempo
para que o passado fique apagado como se por ele se passasse uma esponja. Infelizmente, ou felizmente, não é assim. E isso é ainda
mais evidente no campo da internet, onde qualquer coisinha que um dia tenhamos
postado, fica por ali para todo o sempre. No entanto também há coisas, situações e acontecimentos que
não precisam das memórias hertezianas para serem recordados. Estão gravados em nós. De tal ordem que quando as memórias ressurgem, nem é preciso
procurar muito fundo para termos à mão as recordações dos factos.
À mão ou via internet, que para estas coisas dá um jeitão enorme. Mesmo quando há quem tente apagar essas memórias, convencido que assim irá ressurgir qual virgem pura aos olhos dos incautos. Mas, como costumo dizer, eu não esqueço nem perdoo.
P.S. Um feliz dia do Pai a quem parar por aqui alguns segundos a ler o que escrevo. O meu pai já partiu há vinte anos, mas ainda guardo todos os seus ensinamentos. À mão ou via internet, que para estas coisas dá um jeitão enorme. Mesmo quando há quem tente apagar essas memórias, convencido que assim irá ressurgir qual virgem pura aos olhos dos incautos. Mas, como costumo dizer, eu não esqueço nem perdoo.
Um dos quais foi o de que «o medo é do tamanho que o fazemos».
E este pequeno dito fez-me ter, desde que me lembro, coragem para enfrentar o mundo.