Sim, esses são os que Portugal (ou melhor, o sistema social português) acarinha e apoia.
Aqueles que traficam droga e armas, mas recebem o subsidio social de inserção.
Aquelas que nem alimentação dão aos filhos, mas têm todos os dias um carro a levar-lhes alimentos a casa.
Aqueles que dizem em altos gritos que ou lhes dão o subsidio ou matam todos, e depois guiam Mercedes.
Aquelas que mal chegam a Portugal engravidam ainda antes de pousar as malas.
Porque o que não se quer são idosos de escassas reformas que deixam de comer para comprar o medicamento que lhes permite viver mais uns dias.
O que não se quer são desempregados que por causa de má gestão dos patrões ficaram sem pão para os filhos.
O que não se quer são mães e pais que lutam todos os dias pela vida dos filhos, por um minimo de qualidade que sucessivos governos lhes tentam retirar.
Por isso deixo esta historia.
Sim, circula no Facebook, se calhar, ou melhor, a única arma que temos hoje.
É a história e o apelo de uma Mãe Coragem e por isso perseguida, porque a única coisa que quer é permitir que o filho viva.
Com dignidade.
«Exmo. Sr. José Carlos Queiroz
Venho por este meio, visto não ter outra forma de contacta-lo, responder, à notificação de comparência. Que, na minha ausência me foi deixada a informação, que implicará a cessação da prestação, junto dos serviços do Centro Distrital competente.
Agora e desculpando-me a inconveniência, pergunto-lhe, não tem por acaso conhecimento do estado de saúde do meu filho? Porque será que ele não frequenta o ensino especial obrigatório? Porque será também, que tem de ter a assistência para além da hospitalar dum fisioterapeuta ao domicílio para lhe dar assistência respiratória?
Por uma única razão, o Rafael tem 99% de incapacidade. Incapacidade essa, que não me permite dar-me ao luxo de sequer pensar em ter um emprego. Mas o Rafael está vivo e para além de ter de ser vigiado 24horas por dia tem o direito assim como qualquer cidadão de sair à rua com a sua mãe. Não sabia era que cada vez que tivesse que o fazer tivesse que notificar primeiro os serviços sociais das minhas ausências domiciliárias.
No processo deveriam estar todas estas informações. O sistema até era funcional aquando tratado directamente no Centro de Segurança Social mas agora e sem perceber porquê, os casos como o meu, foram enviados para o CRATO centro de toxicodependentes e carenciados, desculpe-me mais uma vez a ironia, mas ainda não atingi esse estatuto. Pois o CRATO nem tem respostas efectivas para nos dar nos casos de insustentabilidade por assistência a terceiros.
Estou extremamente revoltada, falaram comigo ao telefone, e ficaram de me deixar uma notificação com um aviso, com alguma antecedência para me dirigir ao núcleo.
Era isso que eu esperava, não o que fizeram de forma desleal, não podem tratar todas as pessoas da mesma forma. Se alguém engana e vive à custa do contribuinte, esse alguém não sou eu certamente. Sabe, eu gostava, muito mesmo de ter vida própria, de poder trabalhar e socializar com as outras pessoas, mas não posso, é a vida do meu filho que está em risco.
E ainda me querem tirar o pouco que recebo que é o que nos alimenta? Nem ao meu filho mais velho consigo dar-lhe o curso superior que tantas vezes lhe prometi, porque tudo para nós é insuficiente. Não acha já, que é preciso fazer uma grande gestão numa família monoparental com dois filhos a cargo, sendo um deles uma criança com paralisia cerebral grave, com 320euros de subsídio?
Continuamos a utilizar o R/C da vivenda até que nos arranjem uma casa que tenha condições logísticas ao meu filho, por parte da Câmara.
Pode vir a qualquer hora seja de dia, ou de noite, agradeço que me enviem uma forma de vos comunicar quando me ausento, visto que segunda, quarta e sexta entre as 11.30 a as 13h estou no hospital com o Rafael (o que também poderão ir verificar), e além disso a grande maioria das consultas visto ser um doente crónico grave, são em Lisboa aonde é constantemente acompanhado.
Não sendo eu nenhuma conhecedora do assunto, o Estado não pouparia mais se propusessem aos pais trabalharem nas escolas e fizessem assim parte duma sociedade activa aonde poderiam dar assistência directa aos seus filhos e cruzar conhecimentos com outras auxiliares?
Assim sim, acredito que se evitariam algumas fiscalizações desnecessárias.
Este documento será enviado também ao Ministro da Solidariedade, emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.
O meu filho é infelizmente, um doente permanente e eu não ando a roubar o estado, pelo contrário, foi um médico que trabalha para o estado que me tirou a minha vida e a do meu filho.
Agradeço resposta.
Cumprimentos.
Cristina Capela»
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