sábado, 1 de setembro de 2012

RTP, o fim?

Seria por princípio ou porque perderam os carrinhos de luxo?
Pelo que têm feito na RTP, RTP 2 e RTP Memória, já foram tarde.

«O Conselho de Administração da RTP apresentou o pedido de demissão ao Governo, numa reunião com o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, pedido esse que foi aceite, informou hoje o gabinete de Miguel Relvas.
A demissão do Conselho de Administração da RTP, liderado por Guilherme Costa, sucede depois das veementes críticas da equipa de gestão da própria RTP ao cenário de concessão da RTP 1 apresentado por António Borges, consultor do Governo para as privatizações, na semana passada.
Além da reação da administração da RTP, também toda a oposição, PS, BE e PCP manifestou o seu total desacordo face ao modelo apresentado por Borges em entrevista, na quinta-feira, na TVI. O anúncio do modelo de concessão da RTP1 criou inclusivamente mau estar no CDS, parceiro de coligação no governo, tendo vários dos seus dirigentes, reprovado esta ideia.
"O conselho de administração da RTP considera descabido do ponto de vista institucional a divulgação pública de opiniões favoráveis a um dos cenários ainda em análise, sentindo-se por isso obrigado a divulgar publicamente que manifestou, em tempo oportuno, a sua discordância relativamente a este cenário", apontou o órgão presidido por Guilherme Costa em nota divulgada na passada segunda-feira.
No documento, a administração da empresa disse ainda que "não reconhece os argumentos económicos de poupança para o Estado, apresentados publicamente, em favor deste cenário", quando comparados com os do Plano de Sustentabilidade Económica e Financeira (PSEF), aprovado pela tutela no final de 2011.
No entanto, é esta mesma administração que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, decidiu reconduzir para mais um mandato, num convite tornado público pelo governante em plena Assembleia da República, em novembro último. "Convidei o atual presidente do conselho de administração para se manter em funções, renovando o contrato", disse o ministro em audição na reunião conjunta da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais e do Orçamento, a 16 de novembro.
O governante acrescentou acreditar que "o trabalho feito [pela administração da RTP] é significativo". Guilherme Costa era o rosto do plano de sustentabilidade económica e financeira da RTP apresentado no final de outubro de 2011 e aprovado pelo Executivo, e que teria uma implementação mais aprofundada em 2012.
Na altura, o ministro manifestou-se "profundamente convencido" de que o plano de sustentabilidade financeira da RTP iria "ter sucesso" e o apoio dos trabalhadores.
Durante a apresentação do plano de sustentabilidade económica e financeira da RTP, a 24 de outubro de 2011, Guilherme Costa tinha afirmado que o canal remanescente da privatização iria ter receitas publicitárias, o que estava incluído na estratégia do gestor.
Mas quase um mês depois, e após Guilherme Costa ter aceite o convite do ministro para continuar na RTP por mais um mandato, Miguel Relvas afirmava que "o canal subsistente da RTP não conterá publicidade comercial". Uma contradição que foi desvalorizada por ambos os intervenientes, mas nessa altura falava-se da privatização de um dos canais generalistas da RTP.»


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