segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um murro no estômago

Há dias que nos deixam assim.

Como se tivessemos levado um murro no estômago. São dias diferentes, são dias que nos fazem pensar. E é por estes dias que eu repito: jornalismo é a melhor e a pior das profissões.
Hoje conheci uma menina linda, Joana, que foi operada a um tumor no cérebro e para quem dois agentes policiais e a escola onde anda estão a organizar uma festa para ajudar.
Uma miuda fantástica, que só com a sua presença, me deu uma lição de vida brutal.
Quando me levantar a queixar de preguiça, dores de barriga, andar mal humorada, vou pensar na Joana. Palavra que coloca toda a nossa vida em perspectiva.

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No Coments II

domingo, 27 de janeiro de 2013

No coments.

Ou melhor, um único comentário: até quando vamos aguentar as mentiras deste e dos outros ditos governantes?
Até onde vai chegar a falta de vergonha?
Ouçam as mentiras. De ambos!


sábado, 19 de janeiro de 2013

E esta hein?

Enviaram-me esta «notícia» por email, e achei por bem partilhá-la. Se dúvidas houvesse que atravessamos um período de conspirações talvez ao nível dos Bórgias, aqui fica a prova.



DESCOBERTA A SINISTRA INTENÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA :À SOCAPA E COM UM PROGRAMA OCULTO, QUEREM PRIVATIZAR A SEGURANÇA SOCIAL, ALÉM DE SERVIÇOS PÚBLICOS.



«Quem disse que é bom ter um português como presidente da Comissão Europeia, que neste caso importante se manteve em silêncio como cúmplice desta sinistra intenção? Se hoje em França não fosse Hollande o presidente, continuaríamos na total ignorância por falta de divulgação na imprensa desta tramoia, que continuaria escondida numa gaveta dos governos ultraliberais da Europa ao serviço do Bilderberg's Group. Esta directiva existe desde dezembro de 2011, já depois de o governo de Passos Coelho estar em funções. Alguém ouviu ou leu algo a seu respeito na imprensa portuguesa? Pois...
A proposta de Diretiva da União Europeia relativa aos contratos públicos, em apreciação no Parlamento Europeu, é um novo exemplo do processo em curso de destruição do chamado “modelo social europeu” e de regressão social e democrática do espaço europeu. Convertendo a União Europeia num espaço económico e político inteiramente comandado pelos mercados financeiros e por um ultraliberalismo suicidário. É também uma boa ilustração de como o diabo está nos detalhes.
A intenção de liberalizar e privatizar a segurança social pública é remetida para um anexo (o Anexo XVI) dessa proposta de diretiva, mencionado singelamente como dizendo respeito aos serviços “referidos no artigo 74º”, sendo aí listados os serviços públicos que passariam a ser sujeitos às regras da concorrência e dos mercados:

- Serviços de saúde e serviços sociais
- Serviços administrativos nas áreas da educação, da saúde e da cultura
- Serviços relacionados com a segurança social obrigatória
- Serviços relacionados com as prestações sociais

Entre estes, avulta a intenção expressa de privatizar a segurança social pública, a par dos serviços de saúde e outros serviços sociais assegurados pelo Estado. Um alvo apetecido do capital financeiro em Portugal e no espaço europeu, que há muito sonha com a possibilidade de deitar a mão aos fundos da segurança social e às contribuições dos trabalhadores, sujeitando-os inteiramente às regras da economia de casino.
E como o fazem? À socapa, para ver se escapa à atenção e vigilância públicas. Um mero anexo, que remete para um mero artigo, nesta proposta de diretiva em discussão.
Só que o artigo em causa (o 74º) diz que “os contratos para serviços sociais e outros serviços específicos enumerados no anexo XVI são adjudicados em conformidade com o presente capítulo”. Neste, relativo aos regimes específicos de contratação pública para serviços sociais, estabelece (artigo 75º) a regra do concurso para a celebração de um contrato público relativo à prestação destes serviços. E logo de seguida, enumerando os princípios de adjudicação destes contratos (artigo 76º), é estabelecida a regra de que os Estados-membros “devem instituir procedimentos adequados para a adjudicação dos contratos abrangidos pelo presente capítulo, assegurando o pleno respeito dos princípios da transparência e da igualdade de tratamento dos operadores económicos…”
Uma perfeição. De um golpe, escondido num anexo e numa diretiva que daqui a uns tempos chegaria a Portugal, ficaria escancarada a porta para a privatização da segurança social pública e para a tornar inteiramente refém dos mercados financeiros. Que são gente de toda a confiança e acima de qualquer suspeita. Como esta crise tem comprovado. Ou não andamos nós há muito a apertar o cinto (e a caminho de ficar sem cintura) para merecermos o respeito e a confiança dos mercados financeiros, nas doutas palavras de Coelho & Gaspar, acolitados pelos representantes no Governo português dos interesses da Goldman Sachs, António Borges e Carlos Moedas? E, como também nos têm explicado, o que é bom para a Goldman Sachs e os mercados financeiros, é bom para Portugal e os portugueses.

Este golpe surge, como não podia deixar de ser, sob o alto patrocínio desse supremo exemplo de carreirismo e cobardia política chamado Durão Barroso que, além de se ter pisgado do governo português com a casa a arder, tem no seu glorioso currículo o papel de mordomo das Lajes na guerra do Iraque e, agora em Bruxelas a fazer de notário dos poderosos, faz jus ao seu nome sendo durão ultraliberal com os fracos e sempre servente dos mais fortes. Como é bom ter um português em Bruxelas!

Claro que isto anda tudo ligado. Esta proposta de diretiva tem relação com os golpes sucessivos infligidos à segurança social pública em Portugal, com a operação para já frustrada em torno da TSU, com os insistentes cortes de direitos sociais, com os recorrentes argumentos do plafonamento e da entrega de uma parte das pensões ao sistema financeiro. Afinal, a lógica ultraliberal de que o melhor dos mundos será quando, da água à saúde, da educação à segurança social, tudo e toda a nossa vida estiver controlada pela lógica dos mercados e do lucro. Ou seja, pela lei do mais forte. Que é também coveira da democracia. E o Estado contemporâneo abdicar, como tarefa central, da sua função redistributiva e de redução da desigualdade social e regressar à vocação residualmente assistencialista do Estado liberal do século XIX.

Como refere o deputado socialista belga no PE, Marc Tarabella, “privatizar a segurança social é destruir os mecanismos de solidariedade coletiva nos nossos países. É também deixar campo livre às lógicas de capitalização em vez da solidariedade entre gerações, entre cidadãos sãos e cidadãos doentes…”, lembrando os antecedentes da sinistra proposta designada com o nome do seu autor por diretiva Bolkestein (Bilderberg's member), e exigindo a eliminação da segurança social desta proposta de diretiva.
É preciso defender a Segurança Social (e a Saúde e a Educação públicas) como uma prerrogativa do Estado e um setor não sujeito às regras dos Tratados relativas ao mercado interno e da concorrência. Para não termos um dia destes os nossos governantes e os seus comentadores de serviço, com a falsa candura de quem nos toma por parvos, a explicarem que vão entregar a segurança social pública aos bancos e companhias de seguros porque se limitam a cumprir uma decisão incontornável da União Europeia, como já estão a fazer na saúde e na educação. Decisão pela qual, evidentemente, diriam não ser responsáveis. Como é próprio dos caniches dos credores. E acrescentando sempre, dogma da sua fé neoliberal, que nada melhor do que a concorrência e a privatização para baixar os custos e proteger os “consumidores”, aquilo em que querem converter os cidadãos. Como se vê nos combustíveis, nas comunicações ou na eletricidade. Tudo boa gente.
É preciso levantar a voz e a resistência social e política à escala europeia contra este projeto, antes que seja tarde demais. Em defesa da Segurança Social pública e do Estado Social. Garante de democracia e de menos desigualdade social.
TVP»

sábado, 12 de janeiro de 2013

Asquerosas Bestas


À conta da morte de uma criança e de um animal, alguns que se consideram humanos, têm vindo vomitar em jornais que se tinham como sérios (excepto a habitual excepção, onde até já o relatorio da autopsia foi publicado antes de ser feita), uns certos «comentadores de sanita».
Digo isto porque os disparates que tenho lido são de tal ordem que nem na sanita podem ser encontrados. Desde culpabilizar todos os cães por todos os males do mundo até uma frase como esta: « "(...) a vida do humano mais asqueroso vale mais do que a vida do animal doméstico de que mais gostamos».

Ler algo assim num livro do Asterix se calhar dava-me para rir. Ler isto por um comentador que deve ser bem pago no Expresso, é de gritos. 
Chegámos realmente ao limite da estupidez, em que qualquer um pode debitar as maiores alarvidades em jornais como o Expresso e o Público. 
Este Daniel Oliveira, com isto, fez-me relemebrar o porquê de há anos não comprar nem ler o Expresso. E a razão pelo que devo continuar a fazê-lo. 
Outros surgiram com a verdade absoluta contra a bestialidade dos animais face à total inocência dos humanos.
Esquecem-se estes comentadores de sanita de referir os que violam crianças, as "mães" que matam os bebés ou os queima, os que maltratam os seus filhos.
Não, esses seres asquerosos, no entender deste acéfalo, devem ser perdoados, afinal no seu elevado entender, devem ter agido por uma qualquer razão que a razão desconhece.
Os animais, aqueles que agem por instinto e que os humanos levaram para o seu seio e muitas das vezes não respeitam ou tentam humanizar, não podem agir por instinto.
Além de tudo, ainda está por provar a verdade dos factos.
Uma dentada de um cão faz um traumatismo craniano a uma criança?
Só posso lamentar que, ao invés de ser atraves do verdadeiro trabalho e inteligencia, estes asquerosos vomitadores consigam os seus 15 minutos de fama à custa de dois inocentes: uma criança e um cão.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

E chegou 2013!

Estamos em Janeiro, e confesso que este sempre foi o mês que menos gosto do ano. Não sei porquê, mas se em Dezembro, a partir do dia 1 já toda a gente atende os telefones cantando o «Jingle Bells», em Janeiro parece que a todos se deve dinheiro.
É que daqui até ao Carnaval são muitos dias, frios, cinzentos e ainda por cima, neste 2013, carregadinhos de austeridade.
Cá para mim tenho que isto é mais um bluff que por aí anda, para que daqui a uns meses venham os tais janotas a informar que afinal fizeram um trabalho tão bem feito que as coisas não serão tão más quanto as pintaram.
Bem ao jeito da história que andaram a espalhar de que o mundo acabava em 2012, lá por causa dos Maias, e depois quando passou esse dia todos, secretamente, demos um suspiro de alívio.
Eu, pelo menos, quero acreditar nisso.
Mas estamos ainda no início deste ano, e os inícios são sempre, sempre bons. Por isso, vamos lá ver se Janeiro passa depressa para chegar o Carnaval e a malta se divertir mais um bocadinho, porque como já dizia a canção (de quem não me lembro) "porque a gente quer é telenovelas...".
Por isso, para todos os que por aqui passam, aqui ficam os meus votos para este ano de 2013, que se não for igual ao de 2012, pelo menos não seja pior.