Passou-se mais uma eleição e outra vez, seja pela chuva,
seja porque as pessoas estão completamente fartas da política e dos que
supostamente a representam, o grande vencedor foi a abstenção.
Como aliás o tem sido nos últimos anos.
Temos alternativas? Sim, e isso foi também demonstrado
pelos resultados obtidos pelos movimentos de cidadãos independentes. É costume
dizer-se que o voto deve ser para a pessoa e não para o partido.
Mas isso é apenas conversa porque ninguém vota apenas na
pessoa. Vota num ideal que essa pessoa, na maior parte dos casos, encabeça. Se
calhar, a única votação onde realmente a escolha é feita pela pessoa, será nas
Juntas de Freguesia, mercê da proximidade que o político aí tem com a
população.
Ou seja, se eu for amiga de um candidato, mas a sua
ideologia política for contra a minha, é óbvio que não voto nele (pese embora
que se não me quiser chatear, ou procurar um tacho, se calhar até lhe digo que
votei).
Se calhar, estou a precipitar-me com estas declarações, porque afinal, as pessoas votam nas pessoas. Até nas que não podem concorrer porque estão presas, mas que apresentam quem as represente legalmente. Creio que será caso único no mundo, mas nestas coisas do desenrasca, o português ainda bate aos pontos.
Se calhar, estou a precipitar-me com estas declarações, porque afinal, as pessoas votam nas pessoas. Até nas que não podem concorrer porque estão presas, mas que apresentam quem as represente legalmente. Creio que será caso único no mundo, mas nestas coisas do desenrasca, o português ainda bate aos pontos.
Mas há mais partidos do que os já muito batidos, e isso
também se reflectiu nestas eleições, porque partidos como o PAN, que sem os
meios que os outros têm e a máquina eleitoralista bem paga, conseguiu obter
relativos bons resultados.
Prova que é possível votar numa ideologia diferente.
E depois há os que acham que, de quatro em quatro
anos, bastam umas festinhas nas costas e uns apertos de mão e conquistaram o
eleitorado.
Ou os que acham que com meia dúzia de truques de magia, ostentando duas caras tipo feijão-frade, conseguem sair bem de uma fotografia muito borrada.
Ou os que acham que com meia dúzia de truques de magia, ostentando duas caras tipo feijão-frade, conseguem sair bem de uma fotografia muito borrada.
E depois chegam os resultados. E as desculpas ou as
canções de vitória, que curiosamente são feitas quer percam ou ganhem, porque
para os políticos, o copo está sempre meio cheio, e décimas ganhas são
conquistas alexandrinas.
Mas mesmo assim há os calimeros, os que culpam os partidos, as escolhas, a chuva e este ano até a comunicação social.
Mas mesmo assim há os calimeros, os que culpam os partidos, as escolhas, a chuva e este ano até a comunicação social.
O problema é que muita gente lambe malaguetas pensando que
são rebuçados e depois queima a língua.