sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Quem vê caras não vê corações

Hoje foi um dia um bocado estranho, em que vi o melhor e o pior das pessoas.

Ao fazer a entrega do jornal, fui abordada por um senhor cigano, fiquei logo desconfiada, mas ele muito atrapalhado lá me foi dizendo se eu lhe podia dar uma boleia até à bomba de gasolina mais próxima porque tinha ficado sem combustível.

Claro que o levei, e como isso me acontece com frequência, estou preparada com "equipamento pesado", voltámos e lá pôs a gasolina no carro.
Ao chegarmos à bomba, onde pagou três euros de gasolina, ainda me disse se eu queria meter um ou dois euros no meu carro, o que recusei.

"Que Deus a abençôe!!!!", foi repetindo e a esposa, já com o carro em andamento. Ainda me disse o nome, onde morava e se eu precisasse de alguma coisa "ou de uma roupinha para pagar quando pudesse", para ir ter com ele.

Cerca de uma hora depois, no Barreiro, um individuo de idade, bem apessoado, dirigiu-se a mim e pediu-me para lhe comprar uma dose de comida.

Como ali não havia nenhum restaurante, disse-lhe que só lhe podia dar algum dinheiro.
Insistia que uma dose custava 4 euros e eu lhe podia dar 5 euros.
Disse-lhe que não, que só lhe dava 2 euros, que era o que tinha. Agarrou no dinheiro e virando costas disse: "O que é que eu faço com 2 euros?".
Claro que foi acompanhado por umas frases menos simpáticas da minha parte...

Realmente, quem vê caras não vê corações...

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