domingo, 6 de dezembro de 2009

Justiça à portuguesa

Este foi o título de uma notícia que fez capa no «Comércio». Foi uma história que me tocou pessoalmente.

Resumindo uma longa história, o meu cunhado foi assaltado em plena hora de almoço, por dois pretos que fazem da sua vida o assalto a distribuidores de bebidas no concelho.

Ele resistiu e foi ferido por um dos assaltantes, a mesma bala que lhe atravessou a coxa direita atingiu o outro assaltante no pé. Depois de uma perseguição ele e outras pessoas conseguiram apanhar o assaltante ferido.

Foram os dois para o hospital e o assaltante passou a noite na prisão. No dia seguinte foi presente a tribunal e saiu com termo de identidade e residência. À hora de almoço, ele e o pai e outro preto estavam frente ao café Milénio, na Amora a ameaçar os clientes e o dono, porque tinham sido clientes do café que o apanharam na véspera.

Isto aconteceu em Setembro. Os assaltos têm continuado, alguns deles com catanas, em pleno dia, como aconteceu em Paio Pires.

No dia 3 de Dezembro, ele teve de ir ao tribunal do Seixal, fazer uma peritagem (acho que se diz assim) com o médico. Estava marcada para as 13h30. Às 15h30 disseram-lhe para se ir embora porque o médico afinal não vinha. E que se preparasse porque agora ia ser uma verdadeira saga, uma vez que, a conselho de um advogado, irá pedir indemnização.

No sábado, celebramos o seu aniversário (e de um amigo). Não queríamos falar neste caso, mas foi o dono da Petisqueira I quem puxou o assunto, como cliente e amigo que é dele, recordando a todos os presentes na sala que esta noite poderia não ser de festejo mas de luto e saudade.

Só me pergunto que justiça é esta que liberta um ladrão em horas, e que faz os cidadãos cumpridores esgotarem a sua paciência e tempo nos tribunais, deixando-os à mercê destes tipos.

Já dissemos ao meu cunhado que se ponha a pau, porque se calhar terá de ser ele a pagar uma indemnização ao assaltante, porque além de o impedir de cumprir a sua «função laboral», ainda lhe retirou os meios de a conseguir, porque na ocasião do assalto ele conseguiu sacar a arma ao outro assaltante.

Segundo ele, felizmente a arma só tinha a bala que o atingiu, porque ele (ex-militar) ainda fez pontaria para um dos assaltantes. Se lhe acertasse, hoje seria ele que estava preso, na certa.

São estes governantes que temos, quando o PS propõe um código de processo penal destes, apoiado pelo PSD. Confesso que agora estou de alma e coração com o Paulo Portas, é preciso mesmo mudar isto.

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