segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E viva a campanha eleitoral!!!

Quando recebemos a nossa carteira profissional, enviam-nos também um pequenino cartão com o Código Deontológico do Jornalista. É por essas regras que nos temos de reger na nossa profissão.
Já fui acusada por uma certa linha política de, através do meu jornal apoiar diferentes partidos políticos, sem que nunca tenham sido apresentadas provas (porque as não há, embora para alguns seja muito fácil debitarem bitaites sobre o assunto) através de uma personagem aviária. Uma linha que até agora estava habituada a ver plasmadas nos jornais apenas as suas ideias.
Os mesmos que também gostavam de dizer que o jornal pertencia a este ou áquele partido. E que tinhamos apoios deste ou daquele partido. Esquecendo, muito convenientemente, os apoios camarários a um certo jornal  quinzenal sem data certa de saída durante mais de um ano...
Mas este sábado vi, e viram muitas pessoas, algo que me deixou entristecida, mas também muito feliz.
É que a verdade vem sempre ao de cima, como o azeite.

Eu sempre cumpri o meu papel de acompanhar políticos profissionalmente mas NUNCA andei em caravanas políticas com o meu carro a exibir cartazes de apoio a candidatos nem andei a distribuir folhetos pelo concelho depois de ter obtido a minha carteira profissional.
Já o fiz, sim, noutros tempos em que nem o curso tinha. Fi-lo saindo de antigas sedes concelhias de um Partido que hoje muitos dos que se dizem pertencer-lhe nem têm ideia de onde ficavam e onde passei horas a roer as unhas enquanto aguardávamos os resultados das diferentes eleições, muitas vezes até altas horas da noite.
Agora andar abjectamente a arrastar-me atrás do candidato Fernando Nobre, a distribuir folhetos e a exibir bandeiras de Portugal ao lado do cartaz desse candidato, ao mesmo tempo que tem alardeado por aí ser "jornalista", é forte.
E é uma ofensa a todos os que lutaram para ter uma Carteira Profissional e pela dignificação desta profissão.
E é por causa destes "jornaleiros" que depois profissionais como eu somos atacados.

Agora gostava de ouvir as opiniões dos tais defensores de uma imprensa não amordaçada e não refém dos partidos políticos.
As opiniões sobre o facto de o director de um jornal andar em caravanas políticas, um jornal que até foi defendido por um suposto advogado que dizia em email a um "amigo" que os dois semanários do concelho até continham conteúdos susceptíveis de queixas em Tribunal.
As opiniões sobre o facto de este ter sido o único jornal sempre apoiado com anúncios camarários, contra a Lei de Imprensa e a Lei das Autarquias Locais. Escolhido, se calhar, pela sua "total" isenção política.
As opiniões sobre o muito que se disse de existirem «conflitos de interesses jornalísticos» por o mesmo "jornaleiro" ter revelado com enorme pompa a promessa de apoio de um candidato à imprensa local, na altura pretendendo assim fazer um favor a quem então o sustentava.
As opiniões sobre «os maus exemplos de jornalismo» e sobre também quem afinal andou a contar com o ovo no cu da galinha e que quando viu que o ovo não ficou «galado» virou o bico ao prego.
E já agora, gostava também muito de ver uma nova análise tal como a que foi realizada há uns meses atrás pela tal personagem aviática sobre os espaços ocupados pelos diferentes partidos em todos os jornais.
Era só para nos rirmos todos um bocado e para ver o que afinal mudou depois de 11 de Outubro passado.
Como dizia essa personagem aviária da blogosfera: «Custa-me presenciar atitudes mendigantes que roçam o ridículo à vista de todos.»

1 comentário:

Maria do Carmo disse...

Caro comentador das 00h30 de hoje, já uma vez aqui o disse e repito:
Apesar de concordar com o que diz, e saber que a pessoa em causa e respectiva acompanhante gostam muito de colocar comentários sob a cobarde capa do anonimato contra outras pessoas nos blogues igualmente mantidos por cobardes que lhes dão espaço, aqui não o faço.
Tal como eu dou a cara pelo que digo, o mínimo que posso exigir é que no meu blogue seja feito o mesmo.
Ou então poderá esperar pela próxima visita de Fernando Nobre ao Seixal e dizer ao tal militante, cara a cara, o que aqui afirma. Ou se calhar, qualquer outro candidato com perspectivas de ganhar algumas eleições...