terça-feira, 3 de maio de 2011

Dia da Liberdade de Imprensa

Hoje celebra-se o Dia da Liberdade de Imprensa, algo que a muitos parece causar agonias.
Num país que viveu durante décadas sob um regime ditatorial, não se compreende que quer o Governo quer ainda o Poder Local continue com os tiques de um Salazar no que à comunicação social diz respeito.
E para não dizerem que bato sempre na mesma tecla, devo dizer que esta situação em termos locais ocorre na maior parte dos distritos. Ou seja, há sempre «os filhos e os enteados» aos olhos dos que dirigem as vidas municipais. De Olhão à Madeira, os exemplos são numerosos.
Por outro lado, temos depois os escrivinhadores que escudados sob uma «Carteira Profissional de Jornalista» abusam do título para vinganças pessoais publicando conversas ou emails privados, ou com intuito de agradarem a quem os alimenta ou com fins mais criminosos.
E vão até mais longe e sob a designação de “jornalistas” sacam dinheiros a partidos e aos seus representantes a troco de favores editoriais, pedinchando mil euros aqui, outros milhares ali, e garantindo assim a sua subsistência pessoal.
Poucos dias depois da celebração da data mais importante para Portugal, do 25 de Abril de 1974, é triste que a imprensa ainda continue na lista dos perseguidos neste país, só porque esta não pinta o mundo da cor que os que a tentam calar pretenderiam.
Para os que fingem esquecer essa Liberdade, deixo aqui a nota da UNESCO.
«O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa constitui a ocasião para relembrar ao mundo o quento é importante proteger o direito fundamental da pessoa humana que é a liberdade de expressão, direito este inscrito no artigo 19º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Tendo em conta que a violência para com os profissionais dos media é hoje uma das principais ameaças à liberdade de expressão, decidi consagrar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 2007 ao tema da segurança dos jornalistas.
(...)
A celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa dá-nos oportunidade para reflectirmos sobre os meios de difusão dos valores que respeitam o papel essencial que os media desempenham na promoção de uma paz duradoura, da democracia e do desenvolvimento. Prestemos homenagem aos profissionais dos media que perderam a vida e saudemos aqueles que nos fornecem a informação apesar dos riscos e dos perigos. Estejamos, antes de mais, bem conscientes de que existe uma ligação estreita entre a garantia da segurança dos jornalistas e o exercício das nossas próprias liberdades. Para podermos agir como cidadãos do mundo informados, é necessário que os media possam trabalhar livremente e com toda a segurança.»

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