Já aqui falei bastante sobre o trabalho jornalístico (ou da falta dele), mas para que não digam que sou uma velha rezingona, tenho que dizer aqui também algumas coisas positivas, no caso, sobre a forma de trabalho durante as sessões de câmara no Seixal.
Nos últimos tempos, o trabalho que realizamos neste órgão evoluiu bastante. De uma sala que por vezes nem lugares sentados tínhamos, a informação passada um pouco a conta gotas, temos agora uma sala onde dispomos de uma mesa, com ligação eléctrica (como nesta sessão o presidente Alfredo Monteiro fez questão de notar), e onde o nosso trabalho de escrita, acompanhando tudo o que ali é dito, fica imensamente facilitada.
Além de um acompanhamento mais personalizado, respondendo de imediato às nossas necessidades, temos ainda o facto de a informação sobre as deliberações nos chegar antes da sessão, e em formato digital, uma excelente ideia, que permite um acesso mais rápido, uma melhor organização da informação e claro, poupança de papel.
Na sessão de ontem uma tomada de posição votada na sessão, foi de imediato entregue aos jornalistas após aprovação. Isto é de uma enorme importância, em especial quando o fecho editorial do jornal que dirijo é precisamente no mesmo dia da sessão de câmara, e se há uma coisa (entre muitas, muitas outras) de que nos orgulhamos, é da actualidade de cada edição.
Afinal, é para isso que lá estamos presentes, não apenas para nos mostrarmos ou a um colete aos eleitos e à população...
Por mero acaso, quando já tinha na ideia escrever este post, o tema do espaço ocupado pelos jornalistas no novo edifício camarário foi de novo trazida a lume por Samuel Cruz, o vereador que insistiu sempre em melhores condições para os jornalistas na sala do novo edifício. E que lembrou ainda as tais cadeiras com apoios prometidas desde o primeiro dia.
Da minha parte, tenho a dizer que até prefiro a mesa onde agora estamos.
É que se torna um pouco complicado meter a minha anafada pessoa numa dessas cadeiras, baixar o apoio de escrita e escrever comodamente durante cerca de três a quatro horas.
A mesa, para mim, está mesmo muito boa, além de que tem a ligação eléctrica que nenhuma cadeira terá (ou assim espero...).
O tema foi levantado pelo facto de esta mesa apenas “albergar” três pessoas, o que habitualmente serve perfeitamente para quem, como nós as três jornalistas, vai a todas as sessões desde o seu início, servindo assim a população que ali se dirige a apresentar os seus problemas, ao contrário de quem só chega depois de ter recebido a ordem superior para estar presente, uma vez que o boletim oficial da autarquia ainda não acompanha estas sessões.
A faltar, mesmo a faltar, só o regresso do jarrinho de água (del cano pois claro, sendo até esta uma das melhores do pais, mas a culpa aqui é nossa, porque ainda não a pedimos oficialmente...
Brincadeiras à parte, há que, da minha parte, dar os parabéns à equipa do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da autarquia, que assim ajuda a dignificar o nosso trabalho para com a população.
P.S. - Já que este é o meu cantinho, queria deixar aqui também os meus parabéns à minha mãe e à minha irmã, que fazem anos este dia. Não sendo católica, as celebrações desta data sempre me tocaram e posso dizer que fiquei irritada por ontem não ter sido transmitida a procissão das velas em nenhum canal televisivo. Que os privados não o façam, tudo bem, mas o público? Afinal, não merecem os portugueses seguir em directo algo como esta celebração? Se podem passar as cruéis touradas, ou alguns idiotas jogos desportivos, porque não isto?
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