Há coisas que não acreditamos que nos aconteçam... ter um cancro, um acidente de carro ou perdermos um animal de estimação sem mais nem menos.
Mas de repente essas coisas acontecem, e apanham-nos desprevenidos por completo.
Felizmente, não tenho qualquer doença nem tive um acidente, mas perdi a minha gatinha Rita. Nem sei o que dizer. Estou destroçada.
A palermita assustou-se com um toque de campainha e terá caído no 3.º andar mas por uma série de coincidencias macabras, não demos por isso. Só no domingo de manhã quando ela não apareceu para comer.
Há dois dias que a procuro, que grito, que tenho os pés e os braços arranhados por a procurar nos campos aqui perto da casa. Há duas noites que mal durmo, com a janela aberta, ouvido à escuta porque pode ser, há sempre a esperança, que ela volte aqui para os quintais.
Há duas noites que percorro de madrugada as quelhas e a vou chamando...
Não quero acreditar que se foi, a menina esguia de olhos azuis profundos que eu tirei de um motor de carro em Setúbal, e que pensava ser um menino, logo ali baptizado de Santiago, como as festas daquela terra.
Não quero acreditar nisso!! Mas já nem consigo chorar...
(nao coloco aqui a foto dela porque não suporto a dor de olhar as fotografias...)
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