domingo, 22 de junho de 2014

Um breve regresso ao passado


Dos meus lemas de vida, tenho um que se tem mantido durante estes quarenta anos. «Não esqueço, nem perdoo».
E gosto particularmente deste, porque todos os dias lido com muitas pessoas e algumas acham que o passar do tempo é semelhante a uma esponja que se pode passar sobre o passado e sobre coisas que foram ditas ou escritas.
Não no meu caso. Garanto que se por vezes mostro os dentes num sorriso, os que mais sobressaem são os caninos…
E vem isto a propósito de uma viagem que tenho andado a fazer ao passado, mais propriamente ao passado blogosférico cá do burgo.
E o que me tenho rido!!!!
Desde os ataques mais ou menos velados vindo de “ilustres anónimos” à minha pessoa e ao meu jornal, até verdadeiras guerras ideológicas onde, pasme-se, a minha pessoa e o meu jornal são chamados à liça.
Realmente, foram bons velhos tempos, aqueles em que tanta gente andava em brasas só de ouvir o nome «Comércio».
Não significa isto que hoje também não continuem a estremecer uns coraçõezinhos quando se aproxima a sexta-feira. Claro que não. Mas se calhar, também por uma questão de crescimento pessoal, as coisas já não são exactamente iguais.
Por outro lado, o nosso sucesso e a queda dos ‘protegidos’, teve também como consequência que muitos desses valentões (ao abrigo do anonimato e de um computador) não tivessem outro remédio senão meterem as respectivas violas no saco e desaparecerem no imenso mundo internáutico.
Confesso que por vezes fico nostálgica e com algumas saudades de responder à letra a crises histéricas ou a comentários tão, mas tão estúpidos, que até mereciam uma entrada directa no Guiness.
É verdade, sinto alguma nostalgia de cada vez que toca o telemóvel não ser alguém a dizer: «olhe que estão outra vez sob ataque em tal blogue» ou «Vê lá que agora já dizem que o teu jornal tem um novo dono, só porque viram o padre David sair da vossa redacção».
Tinham piada esses dias. As gargalhadas que soltávamos ao ler os tais comentariozinhos, na maior parte das vezes num português arrazoado, de uma escrita espumante de raiva, de quem não tem mais forma nenhuma de tentar calar o que não pode ser calado.
E os argumentos usados, a roçar o Pidesco, em que só ficávamos espantadas por não dizerem a cor das roupas que usávamos em determinada ocasião.
Aqui fica apenas um pequeno exemplo do prurido comichoso que causávamos:
http://a-sul.blogspot.pt/2009/03/sucedanios-2-gestacao-de-um-comentador.html



E havia ainda uma certa ave pernalta, que durante uns valentes meses, bem nutrida de dinheiros públicos e informações privadas, andou por aí, até ser assassinada por aqueles que alegava defender (risos) numa fatídica reunião camarária de 13 de Janeiro de 2011.
Essa coisita usava os recursos disponíveis para fazer montagens com os candidatos às autárquicas de 2009, bem como de todos os que os patrões lhe indicavam para tentar também calar, com calúnia reles e recorrendo à mentira quando não conseguia factos verdadeiros.
Também foi muito engraçado tempo que esta personagem durou, pela diversão que me proporcionou até em conversas particulares e mensagens para o meu blogue.
Claro que como tudo o que é falso, não durou muito tempo… e nunca, mas mesmo nunca, chegou a responder ao meu repto para se encontrar comigo, mesmo quando me exigia que lhe pedisses desculpas (AHAHHAHHAHAHAH) por algo que o tinha ofendido na sua honra.

Infelizmente, não posso aqui partilhar algumas dessas montagens flamingas porque, como cobardes que eram, ao chegarem as eleições autárquicas de 2013, apagaram o tal blogue que mantinham, tentando renascer quais virgens imaculadas.
Há cerca de um anito, tentaram voltar a pôr a cabecita de fora novamente, desta feita no Facebook, mas não sobreviveram durante muito tempo…
É que aqui é difícil manter o tal anonimato que tanto jeito faz aos cobardes.
Mas considerações à parte, é verdade que sinto um pouco falta destes divertimentos.
No entanto, e graças aos céus, verdadeiras lutas é algo que não me falta no dia-a-dia, com as quais alcançamos as verdadeiras conquistas.
E se também não me faltam motivos para rir, é verdade que sabe sempre bem uma volta pelos clássicos.

 

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