À primeira vista pode parecer ao meu leitor que este é um
termo chocante e pouco educado.
No entanto, é o único termo que me ocorre quando ouço ou
leio determinados senhores ou senhoras que, «do alto das suas tamanquinhas» se põem
a debitar os mais diversos disparates nos órgãos de comunicação social.
É vê-los na televisão, nos jornais ou nas rádios a
falarem, falarem e falarem, com tal vazio de ideias que nos leva a indagar se o
farão apenas para ouvirem o som das suas próprias vozes ou verem a sua imagem
no ecrã televisivo ou nas páginas dos jornais.
Claro que nestes não incluo os que realmente sabem aquilo
sobre o que estão a falar, os verdadeiros comentadores, aqueles que com poucas
palavras nos dão verdadeiras lições de vida, levando-nos a reflectir sobre o
mundo que nos rodeia.
O tal «comentador de sanita» que refiro é aquele que,
jactante da sua importância, não tem nada a dizer, mas nem se importa com isso,
até porque, muitas das vezes, limita-se a colocar o nome por baixo do texto ou
a dar a voz para ler alguma coisa que um assessor ou secretário lhe escreveu.
O que lhe importa é que a sua fotografia seja impressa ou
a sua voz seja emitida numas quaisquer ondas de rádio ou televisão. O que
importa é o «boneco».
E são tão vazios de ideias e tão cheios de vaidade que,
quando os leitores do órgão de comunicação social para o qual “colaboram” se
cansam de ler sempre o mesmo, acham sempre que a culpa não é sua, que os outros
é que são ‘incultos’, que os outros é que não os mereciam.
Alguns deles, em desespero de causa, agarram-se então
para um tema que sabem irá tocar uma larga camada da população. Os direitos dos
animais.
Isto parece ter sido uma moda iniciada por um certo
comentador com a situação do cão Zico. A partir daí, muitos mais aproveitaram
acontecimentos ligados com animais para lançar considerações estapafúrdias que tocam
de perto quem defende os animais, sabendo que as suas declarações serão
partilhadas e comentadas, alcançando assim os quinze minutos de fama que tanto
almeja.
Infelizmente, há meios de comunicação social nacionais
que ainda dão espaço a certos destes «comentadores de sanita», sabendo também
que este tipo de conflitos que são gerados são a única forma de retomarem
alguma da popularidade que tiveram no passado.
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