Ele realmente há coisas... não, não vou hoje aqui falar da impressão que me faz continuar a ver e ouvir o executivo da autarquia a afirmar convictamente que a Câmara Municipal do Seixal sempre apoiou de igual modo todos os meios de comunicação social local.
Isso fica para segundas núpcias.
O que falo hoje aqui é de como é possível juntar uma das mais degradantes formas de moda com um apelo pela salvação da floresta
A história é rápida.
Enquanto esperava na cabeleireira (a segunda coisa que mais detesto fazer na vida, mas é como colocar gasolina no carro, é detestável mas necessário), veio parar-me às mãos uma daqueles revistas que nunca comprei, FLASH (só conheço o Gordon, de quem colecciono as BD), e ainda por cima sobre as tendências da moda.
Ora na minha vida já fiz muita coisa em termos jornalísticos, mas confesso que moda é daquelas em que só me meteria a troco de muito, muito dinheiro... prefiro muito mais escrever sobre peças de automóveis.
Mas então, eis que tenho esta revista nas mãos e vou desfolhando, quando me caiem os olhos numa reportagem de moda cujo título era algo do género: «Salvem as nossas florestas», e as modelos eram fotografadas em zonas de árvores ardidas.
Perfeito, diriam, unir a moda a um apelo como este. Sem dúvida.
O problema, pelo menos para mim, era que cada modelo exibia casacos e outros adereços em pele. Pele mesmo, porque assim era descrita fatiota, ao lado de preços de mil euros para cima.
Ou seja, enquanto que em letring grande se lia mensagens de «salvem as árvores queimadas», exibiam-se e davam-se os preços de casacos de marta, de raposa, de... bem não sei que mais, porque larguei aquilo ali na hora.
Agora se isto não é de uma hipocrisia a toda a prova, vou ali e já venho. Mas pelos vistos, tudo é possível para vender moda e os seus conceitos. Até árvores queimadas.
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