Esta foi a frase que mais me marcou hoje. Foi dita no programa «Masterchef», por um dos júris. Adoro programas, livros e revistas de culinária. Acho que são os únicos momentos de televisão que realmente valem a pena.
Este episódio do Masterchef, onde pessoas comuns concorrem para serem os melhores em termos de confecção de comida, foi muito interessante porque se notou emoção em cada um dos participantes. O desafio era cozinhar um prato da infância.
E praticamente nenhum dos concorrentes ficou com os olhos secos, e desta feita não teve a ver com qualquer tipo de classificação ou saída de companheiros. Foi pura emoção da memória.
Claro que ao ouvir um desafio assim, todos os espectadores devem também ter pensado nas suas memórias de infância relativamente à comida.
E claro que a açorda de alho do meu pai me veio logo à memória. Ainda hoje a fazemos aqui em casa (deixo de parte de bom grado um bife do acém para comer uma açorda), mas por qualquer motivo, mesmo com os mesmos ingredientes e o pão que é vendido aqui à porta pelo Ti Chico, vindo do Torrão, não me sabe ao mesmo.
Não falo da papa (migas) a que chamam açorda aqui em Lisboa. Falo da verdadeira açorda, com pão fatiado, o ovo mexido na mistura de alho e poejo, escaldado com água a ferver onde se cozeu um bocado de peixe.
Quem não conhecer a receita, basta procurar num dos trabalhos dos Banza, eles descrevem-na muito bem. Já a cozinhei para pessoas que nunca a tinham provado, uma das quais brasileira, e foi interessante ver a reacção: nem gostaram nem desgostaram, mas estranharam muito.
Jesus, comia já uma agora!!!
Outra memória que tenho é da minha madrinha, a «Maíta», como lhe chamávamos as mais pequenas, de quem ela foi mais do avó e de quem herdei o nome. Só para terem uma ideia, ela foi madrinha de baptismo da minha mãe e da minha tia, a quem criou no Pedrógão de S. Pedro, foi madrinha de casamento de ambas, madrinha de baptismo das respectivas filhas e madrinha de casamento da minha irmã.
Nas memórias gastronómicas dos domingos passados na casa dela tenho os refrescos de groselha no Verão, e algo que eu não gostava em parte, mas que hoje sinto muitas saudades.
Quando a Maíta dizia que ia fazer ‘um docinho’, já sabia que falava de papas de farinha maisena. Mas o que tinham de especial era que ela colocava açúcar por cima e queimava com um ferro quente. Gulosa como sempre fui, mas avessa a papas, tentava comer só o açúcar queimado e tinha depois de 'as ouvir'.
São só duas memórias das milhares que tenho, aliás que todos temos. Mas hoje este programa, um dos meus favoritos, abriu-me o apetite para este texto e para estas memórias que aqui partilho.
1 comentário:
Tou triste!!
Pensava que o grande regresso do Teixeirinha seria para falar do seguinte:
- carros queimados em bairros sociais criados pela câmara
- crescente onda de assaltos e violencia no concelho
- desacatos e uma mulher ferida na abertura dos jogos do Seixal
- o corte ilegal de árvores em zona protegida permitido por uma cãmara que tem vereadores autarcas e deputados eleitos pelo Partido Ecologista Os Verdes
- a venda do estádio pelas Finanças do SFClube depois do património do clube ter sido roubado pelo agora director financeiro da cãmara
- o novo organigrama com mais jobs for the boys na cãmara para pagar favores aos kamaradas
- etc. etc e tal
Mas o apartidário Teixeirinha só veio demonstrar que está doido roidinho de inveja de um vereador da oposição.
Coitado!!!!!
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