sábado, 26 de fevereiro de 2011

Reclamo, reclamo e reclamo as vezes que forem precisas!

Sou mesmo assim, não fico calada. Seria porque o meu pai sempre me disse que depois de 1974 podia dizer o que quisesse? Talvez, mas que não me calo, isso nunca.
E o que mais me irrita são aquelas pessoas do género: «Agarrem-me senão eu mato-o!», e que se chegam a um qualquer serviço berram com as funcionárias, mas quando lhes propoem que diga o mesmo no Livro de Reclamações, logo vão dizendo que «Não estão para se chatear com isso».
Eu reclamo e se puder ainda envio uma cópia da reclamação à gerência.
No caso que falo abaixo, não consegui estacionar no parque do Hospital Garcia de Orta, mas fiz chegar o meu descontentamento à Direcção.
Se todos fizessem o mesmo se calhar não eramos tratados como simples ovelhas por alguns marmanjos que por aí andam.

«geral@hgo.min-saude.pt
data15 de fevereiro de 2011 18:27
assuntoFalta de condições de acesso e de estacionamento

Exmos Srs,
Venho por este meio expressar o meu profundo desagrado com duas situações com que me deparei hoje no Hospital Garcia de Orta.
1.º Tinha uma consulta de dermatologia com o Dr. João Goulão às 11h00. Perante o caos do trânsito desta manhã, e apesar de ter saído do Seixal às 09h45, à hora da consulta ainda não tinha conseguido chegar ao Hospital. Liguei do meu telemóvel para o serviço de Dermatologia, onde me foi dito que não podiam remarcar a consulta por telefone, tendo de me dirigir ao Hospital para o fazer.
Acho isto muito indigno porque se actualmente existem várias aplicações do Simplex, também nos serviços do Hospital deveriam implementar algo como a marcação ou remarcação de consultas via telefone.

2.º Perante isto, e para não perder a viagem e o gasto de gasolina, acabei por ir até ao Hospital onde me deparei com o caos total no que respeita ao estacionamento.
Dezenas de automóveis em «carrocel» davam voltas e voltas ao local para tentarem estacionar.
É inconcebível que um Hospital, pago com o dinheiro de todos os contribuintes, feche áreas de estacionamento só para funcionários, e não tenha em conta que também não existem transportes decentes para o local (nem autocarros nem Metro Sul do Tejo).
Tudo isto leva a que se gastem horas para conseguir um lugar de estacionamento, porque por vezes os veiculos transportam pessoas com mobilidade reduzida ou doentes. No meu caso, iria fazer um tratamento com corticoides, que me deixa sempre muito abalada, para poder depois andar quilómetros até às paragens de autocarro ou mesmo para andar de transportes públicos.
Hoje nem junto à estrada ou no Pragal, segundo ouvi a pessoas, havia local para estacionar. Mesmo pedindo a algum segurança para colocar por minutos o veiculo num dos parques para proceder à remarcação da consulta, estes não acediam, dizendo que não era para isso que os mesmos serviam.
Pergunto de novo: Não foi o dinheiro de TODOS OS CONTRIBUINTES, LOGO UTENTES deste Hospital que pagaram essas infra-estruturas? Parece que não.
Acabei por desistir. Não sei quando vou voltar ao Hospital para remarcar a consulta. Mas queria dar-vos a conhecer o meu desagrado, em tudo semelhante às centenas de pessoas que ali se deslocam diariamente sem terem sequer transportes decentes para o serviço de Consultas Externas.
É lamentável que a direcção deste Hospital não tenha tido tudo isto em consideração.
Cumprimentos
Maria do Carmo Torres »

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