domingo, 4 de setembro de 2011

A implacável morte

Esta vida são mesmo dois dias... um estamos bem, outro de partida. Partiu hoje uma pessoa de quem gostava muito, mas que com a desculpa da falta de tempo, há muito que não falava com ela. Realmente, para quê tantas corridas, se tudo termina no mesmo local?
Para quê tantas guerras, tantos gritos, se o tempo se encarregará de apagar a nossa passagem neste mundo, reduzindo-nos ao pó de onde, segundo a tradição, viemos?
Vale a pena mesmo tudo o que sofremos, o que corremos, o que choramos?
Vale a pena a ânsia de amealhar mais uns trocos, de ter dinheiro para mais um telemóvel, quando não nos sentamos com as pessoas de quem gostamos para ter uma conversa, para ver um pôr-do-sol?
Vale a pena gastar as horas que nos restam em coisas que não nos interessam, para termos de dizer àqueles com quem devíamos estar «Não tenho tempo?».
Vale a pena?

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