Um blogue de uma jornalista que já viu um pouco de tudo, usado para falar de qualquer coisa.
terça-feira, 17 de abril de 2012
A que ponto estamos a chegar?
No outro dia, num jantar de amigos, um amigo de longa data, professor há vários anos, disse-me algo que me deixou boquiaberta, não só pelo seu conteúdo, mas por vir de quem veio.
“Sabes, hoje quando ouvi na televisão que tinha havido um golpe de Estado, fiquei extático. Mas quando, segundos depois ouvi que tinha sido na Guiné Bissau fiquei desiludido.
Por momentos pensei que tinha sido em Portugal e que esta trampa ia acabar.”
Acho que todos já pensámos algo assim a determinada altura. O que me espanta é que uma pessoa que desde sempre se definiu com apolítica, sem nunca participar em discussões sobre partidos ou sobre o estado do país me diga agora, friamente, que ficou desiludido por não estar a ocorrer um golpe de Estado neste país.
Somos ambos da geração pós-25 de Abril, a geração a quem disseram que podíamos fazer tudo, ter tudo, ser tudo.
A geração a quem disseram que a liberdade era um direito, que trabalhar era um direito, que apoio e assistência do Estado era um direito.
Somos a geração que quis passar isso aos filhos, indo se calhar um bocado longe de mais, mas mesmo assim, somos a geração que acreditou que viviamos num mundo melhor.
Agora, somos a geração que vê tudo isso ir por água abaixo, a geração a quem tiram direitos, a quem sobrecarregam de deveres, a quem não garante apoio na doença ou na velhice.
Somos a geração a quem pedem contas por sucessivos erros do passado, e não temos valores com que pagar essa conta.
Somos a geração que, 38 anos depois de uma revolução que trouxe a liberdade a Portugal, anseia por um Golpe de Estado.
Afinal o que é que somos?
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2 comentários:
Bom dia Maria do Carmo.
Aqui vai mais uma para homenagear os auto-homenegeados dos deputados da Republica:
Elefante sááááááábio !!!...
Anedota do dia
Um elefante vê uma cobra pela primeira vez. Muito intrigado pergunta:
- Como é que fazes para te deslocar? Não tens patas!...
– É muito simples – responde a cobra - rastejo, o que me permite avançar.
- Ah... E como é que fazes para te reproduzires? Não tens tomates!...
– É muito simples – responde a cobra já irritada – ponho ovos.
- Ah... E como é que fazes para comer? Não tens mãos nem tromba para levar a comida à boca!...
– Não preciso! Abro a boca assim, bem aberta, e com a minha enorme garganta engulo a minha presa directamente.
- Ah... Ok! Ok! Então, resumindo.... Rastejas, não tens tomates e só tens garganta... És Deputado de que partido?
Bom 25 Abril sempreeeeeeeeeeeeeeeeee
AHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Esta é excelente!!!!
Realmente,digam o que disserem, quando chegam ao poleiro, sao todos iguais.
E sim, 25 de Abril Sempre!!!
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