segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quando uma imagem vale mais que mil palavras

A foto não é minha, foi usada pela União Zoófila no Facebook, para falar de mais um abandono de animais. A foto é linda, a história terrível, mas sintomática da atitude do «descartável» dos nossos dias.
Segundo informaram, a foto foi tirada na Madeira e já correu mundo. Uma imagem para nos levar a pensar no que realmente devia significar o Natal.
 
«O miúdo chorava, desamparado. O pai estava irredutível. Não havia lugar para o cão lá em casa. O pai já tinha decidido tudo. O cão ficava no canil. Um frio de rachar, uma criança em pânico, um adulto inabalável, um cão tratado como alguma coisa que se deixa. Foi ontem, amigos e nem as lágrimas copiosas de uma criança de coração partido por ver-se subitamente sem o seu amigo comoveram o pai. Nós sabemos que a vida é difícil mas também sabemos que quando se quer não se tratam animais como se fossem roupas usadas que se deitam fora. E sabemos da identificação das crianças com os animais. O cão tornou-se inconveniente e a consequência foi – canil. O que pensará a criança acerca do seu destino quando se portar mal? O pai vai também livrar-se dela? São experiências destas – e não ver-se privado de uma consola de jogos ou de um skate – que fazem os traumas, mais tarde tratados em gabinetes de psiquiatras e psicanalistas. Ao miúdo que se identificou e lutou com todas as forças contra a sorte do seu amigo gostaríamos de limpar as lágrimas e dizer-lhe que o mundo dos adultos pode ser cruel. Ao pai não dizemos nada. Deixamos-lhe esta imagem (foi captada numa localidade brasileira; o cão retirado ontem à criança não é este).» -União Zoófila.
 
Eu coloquei o seguinte comentário:
Maria Do Carmo Torres
«O velho chorava, desamparado. O filho estava irredutível. Não havia lugar para o ele lá em casa. O filho já tinha decidido tudo. O velho ficava no lar. Um frio de rachar, um adulto inabalável, um idoso tratado como alguma coisa que se deixa....

Esta será, sem dúvida, a história no futuro desse homem sem coração. Se houver justiça no mundo.»
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1 comentário:

EOS disse...

A qualidade de vida de uma sociedade tem como possivel indicador, aliás deveras preciso, a avaliação da forma como uma sociedade trata aquilo que se apelidam de franjas etárias (ou escalões etários), por outras palavras, os mais novos da sociedade e os mais velhos. Classes etárias claramente desprotegidas na nossa sociedade e em que a evolução nestes governos socialistas, foi de para os mais novos, retirarem o direito a nascer (IVG) e para os mais velhos estuda-se a possibilidade da Eutanásia... Foi isto que ganhamos com os "modernos" governos socialistas.
Alguns liberais, camuflados de esquerdistas, dirão que esta minha opinião é demasiado extremista. Mas pensem como se fossem de um outro "mundo", que nos viessem a visitar, um encontro de civilizações, em que mostravamos a nossa e eles a deles, o que ele diriam quando soubessem que nos matamos os nossos "nascituros" (bebés)?? Que raio de civilização é a nossa que tiramos o direito a de uma vida brotar, nascer? Que raio de sociedade é a nossa quando a única saída que damos aos nossos idosos é um "armazén/lar" ou a eutanásia? Serei eu que estarei mal?