quinta-feira, 12 de julho de 2012

Campera e Lennox

Já disse e repito, esta coisa da Internet e das redes sociais é fenomenal.
Nestes últimos dias, tive experiências únicas simplesmente através do meu perfil no facebook.
Já não falo nas discussões sobre as touradas, onde me tenho divertido imenso, e encontrado pessoas interessantes e mantido conversas interessantes até mesmo com pessoas que defendem touradas, e com as quais se pode conversar, mas também tenho visto do pior da nossa sociedade através de autênticas pitas borradas, com uma linguagem que faria corar as profissionais do Intendente.
Mas não é sobre isso que hoje escrevo.
A maior parte dos meus amigos facebookianos são pessoas que estimam e protegem os animais (felizmente o virtual também permite que se acabe com a «amizade» de imediato, logo que detectamos gentinha anormal, o que infelizmente nem sempre podemos fazer na «vida real»).
E são essas pessoas que formam reais correntes de amor e de luta.
Esta semana tivemos dois exemplos: a Campera e o Lennox.
Eram dois cães. Eram, porque morreram devido à estupidez do bicho-homem.
A Campera foi recolhida pela União Zoófila, que tudo tentou para salvar um animal extremamente maltratado, mas não conseguiram vencer a luta contra a morte.
O Lennox era um cão, que teve o azar de ser parecido com um pitt-bull num país tão retrógado que tem leis que proibem por completo esta raça, e depois de processos em tribunais, acabou por ser assassinado legalmente na Irlanda  pelos "senhores" da Câmara de Belfast.
Estes dois casos foram seguidos por milhares de pessoas através das redes sociais.
E, segundo o Jornal de Notícias, a pressão sobre a Irlanda foi tal que já está previsto um bloqueio àquele país de batateiros.
Segui também a história destes dois animais e chorei, sim, chorei quando soube num dia da partida da Campera e no seguinte do assassinato do Lennox.
Sem esta coisa da internet e das redes sociais, muito possivelmente nunca teria sofrido por estes animais. Mas também não tinha encontrado tanta gente com o coração cheio de amor pelos patudos. Nem tido a noção de que este amor pode e vai mover montanhas e preconceitos.
Por isso, a todas essas pessoas, tenho orgulho de chamar Amigos.

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