segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Onde é que já vi isto - Parte II

É verdade, por vezes, ao lermos o que se vai passando na internet, e até o que está ligado ao "grande momento do país" que foram as eleições na Madeira, deparamos com verdadeiros «tesourinhos deprimentes».
Ora veja-se este artigo do Jornal da Madeira, sobre os critérios jornalísticos de um outro jornal  da ilha. Um estudo muito, muito isento, se tivermos em conta que o mesmo Jornal da Madeira recebe anualmente do Governo de Alberto João Jardim a módica quantia de quatro milhões de euros.
Por cá, já se viu umas coisitas semelhantes, umas tentativas de análise às notícias que saíram nos jornais do burgo. Viu-se isso, claro, mas não se viu ou ouviu depois mais nada, quando um vereador do PS recebeu e divulgou os dados relativos à "atribuição" publicidade aos mesmos jornais. Curioso, não é? É que esses dados deitavam por terra certas "teorias" e apresentavam, preto no branco, factos muito, muito, muito incomodativos para alguns passarões.
É caso para dizer: É a vida!

«Dualidade de critérios do Diário de Notícias”  
O Jornal da Madeira revela hoje um estudo que mostra «a dualidade de critérios da cobertura jornalística do diário de noticias do Funchal neste período de campanha eleitoral».
Numa análise ao espaço dado às diferentes candidaturas às próximas eleições legislativas regionais do dia 9 de Outubro de 2011, podemos verificar, desde o início da campanha eleitoral, dia 25 de Setembro, até ao dia 4 de Outubro, que, apesar do “aparente” tratamento equitativo das diferentes forças concorrentes, há, desde logo, um tratamento jornalístico tendencioso, com o recurso à adjectivação negativa e opiniões camufladas de jornalistas.
Nesta análise, não foram considerados os artigos de opinião, muitos deles assinados pelos candidatos e pessoas afectas às candidaturas, cujos conteúdos, naturalmente, são também claros ataques ao PSD e aos seus dirigentes.
Durante este período, foram também publicados, no DN do Funchal, vários artigos de opinião, inclusive em espaços próximos dos artigos jornalísticos sobre a campanha, hostis ao Partido Social Democrata da Madeira. A este propósito, temos vários exemplos, alguns dos quais o PSD-Madeira deu conta à Comissão Nacional de Eleições, com a devida queixa.
Aqui vão alguns exemplos de casos que, não sendo candidatos, pelo menos assumidos, são claros ataques ao PSD e os seus dirigentes, colocando este partido em desvantagem face às restantes candidaturas:
— Artigo do padre José Luís Rodrigues (publicado no dia 25/9/2011 na página 20)
— Artigo da jornalista Sandra Cardoso, do DN do Funchal, (na página 10, da edição do dia 4 de Outubro de 2011).
— Artigo de Francisco Leite Monteiro, com o título: "para grandes males.." (publicado na edição de 3 de Outubro de 2011 na página 10).
— Artigo da jornalista Ana Cristina Pereira, com o título "Um queijo Emmental" (publicado no dia 2 de Outubro de 2011 na página 12).
— Artigo do jornalista Filipe Santos Costa, com o título: "Esqueçam o número. O problema é o homem" (publicado na página 17 no dia 2 de Outubro).
Entre os dias 1 e 15 de Setembro
Mas, se por um lado o DN do Funchal procurou dar, durante este período de campanha, um espaço equitativo, o mesmo já não se pode dizer ao período que a antecedeu. Numa análise de conteúdos entre o dia 1 e o dia 15 de Setembro do corrente ano, verificamos que o PS foi aquele que melhor tratamento teve, praticamente o dobro do espaço concedido ao PPD/PSD-Madeira.
Numa análise comparativa, temos que o PPD/PSD-M teve, sensivelmente, 7.100 centímetros quadrados (71 metros quadrados), enquanto que o CDS/PP teve 7.775 (77,7 metros quadrados), o PS teve 14.061 (14,1 metros quadrados), muitos desses espaços foram, por exemplo, para o “anúncio” das pessoas que o cabeça-de-lista socialista iria escolher para a sua equipa de Governo, em caso de vitória.
Se atendermos a que, para esta análise, não foram considerados os espaços de discussão temática e debates que o DN promoveu, ouvindo os partidos da oposição – dado que o PPD/PSD-Madeira optou por não participar, essa discrepância ainda seria muito maior.
Também não foram contabilizados os artigos de opinião, muitos deles, como já se disse, assinados pelos candidatos e pessoas afectas às candidaturas, mas também de diversos colaboradores regulares deste jornal, uma boa parte dos quais ofensivo ou hostil ao PPD/PSD-Madeira.
A.M.»

2 comentários:

Anónimo disse...

O que tinha mesmo graça era saber quem pagou o referido estudo.

Maria do Carmo disse...

Nem mais, caro anónimo, mas será necessário perguntar?