Chamaram-me a atenção para um post colocado no blogue Seixal Sim, da autoria de Paulo Silva, em http://seixalsim.blogspot.com/2012/01/na-politica-nao-vale-tudo.html.
Já sabia que o seu autor andava com a minha pessoa e o meu jornal algo «entalado», tendo mesmo mandado alguns piropos através do seu jornal, se calhar à espera de resposta.
Mas como costumo dizer que comigo é cara a cara ou nada feito, fui ignorando.
Agora mandaram-me o link, mas como o que aqui é dito pelo Dr. Paulo Silva é uma rematada mentira, claro que não posso ficar calada.
Diz então o excelso autor que «Em Abril de 2010, um semanário local publicava em primeira página uma notícia com o título “Paulo Cunha processa Paulo Silva”. Confesso que fiquei surpreendido pela notícia, não tanto pelo seu conteúdo, mas mais porque esse semanário não tinha sequer me contactado para saber a minha versão sobre os factos, ouvindo apenas a versão da outra parte. Aprendi que um jornalista, para ser isento, devia de ouvir ambas as partes. Pelos vistos para esse semanário, apenas a versão de uma das partes interessava, o que demonstra o quão tendenciosa era a notícia, e que esse semanário, ao contrário do que apregoa, não é “independente”… Como nunca fui de me calar, quando tive hipótese, perguntei à directora desse jornal a razão porque não me tinham sequer ouvido, negando-me o direito à defesa. À falta de argumentos, a resposta foi um lacónico “critério jornalístico”. Que critério…»
Ora eu nunca falei pessoalmente como directora do tal semanário local com o Dr. Paulo Silva sobre este assunto para lhe ter explicado isso que ele diz que eu disse do «critério jornalistico». Mas como sou um bocado esquecida gostaria que ele me recordasse onde e quando é que isso foi falado entre ambos.
O tema foi sim abordado aqui mesmo no meu blogue, neste post http://janaoseinao.blogspot.com/2010/09/dossier-flamingo.html , vários meses depois da notícia ter sido publicada, onde o Dr. Paulo Silva me pediu explicações sobre o assunto e lhe expliquei «era indiscutível o seu direito à defesa, mas que poderia ter invocado o Direito de Resposta se assim o entendia. No entanto, todas as suas razões estavam muito bem explícitas nos seus artigos publicados (logo públicos), que foram devidamente referidos no artigo publicado pelo jornal».
Para os mais distraídos, o processo levantado foi feito com base em artigos publicados pelo Dr. Paulo Silva no seu jornal e no seu blogue. Logo públicos. E devidamente referenciados no artigo do jornal.
Pelos vistos, o Dr. Paulo Silva esperava ter sido entrevistado por nós para então explicar os motivos que o levaram a escrever esses mesmos artigos onde lançava acusações acerca dos membros das mesas de voto de uma freguesia.
Já agora, no mesmissimo post onde respondi, é curioso ver que o Dr. Paulo Silva tenha ficado tão incomodado pela insinuação que fiz sobre o seu jornal.
É pena que o Dr. Paulo Silva também não se recorde das constantes e frequentes insinuações que ele fez publicamente num órgão de soberania local como deputado municipal, insinuando que este ou aquele vereador ou deputado municipal era dono do MEU jornal, esquecendo-se sempre, mas sempre, que o seu jornal foi o largamente beneficiado em termos de publicidade institucional (em pleno ano de campanha eleitoral para as autárquicas) pela Câmara Municipal do Seixal, curiosamente do mesmo partido que o Dr. Paulo Silva defende enquanto deputado municipal na Assembleia Municipal.
Mas se calhar isso é que são critérios de independência...
P.S. - Já respondi também em comentário no blogue Seixal Sim, veremos o que responderá então o autor.
11 comentários:
Bom, com o devido respeito à "dona" deste blog...
Mas estes senhores (com letra minúscula e sem o dr - com letra minúscula) não Têm mais nada que fazer????
Pelos santinhos todos e mais alguns, quando é que esta gente se dedica às boas e reais causas de pessoas e bens????
Mais trabalho e menos conversa da treta... só enganam os mais "pobres"... por isso estamos tão pobres...
(peço desculpa pelo meu desabafo)
É verdade, caro comentador, e não tem de pedir desculpas, é um desabafo que nos cabe a todos enquanto munícipes.
Mas este excesso de "tempo" é ainda mais flagrante quando este deputado municipal usava vários minutos nas suas intervenções na Assembleia Municipal a "acusar" este ou aquele vereador ou deputado de ser o dono do MEU jornal, deixando de lado questões importantes para o concelho.
Perseguição que só cessou depois de um artigo onde contabilizei as vezes que o jornal foi referido por ele, um deputado municipal eleito unicamente para defender os interesses da população do Seixal.
Caro comentador das 15h42, não vou publicar o seu comentário por ser ofensivo para com o visado.
Se quiser identificar-se devidamente, então publicarei o que escreve.
Apesar de tudo, esta é uma "disputa" civilizada, e tenho a certeza de que também Paulo Silva não irá permitir comentários do género de anónimos no seu blogue.
O dr paulo silva foi á lã e saiu tosquiado.
Pois é caro anónimo das 11h52, só é pena que o Dr. Paulo Silva que aprendeu tanto sobre jornalismo, como advogado não tenha, pelos vistos, aprendido alguma coisita também sobre ética enquanto politico.
Exma Senhora Directora
Dª Maria do Carmo Torres
1º Quanto à questão da noticia da queixa crime do Drº Paulo Edson Cunha contra a minha pessoa, vamos analisar a mesma: A noticia tem 5 colunas, sendo que na primeira coluna referem que eu escrevi num blogue um texto intitulado a fraude onde explico “os pontos em que se baseia para as afirmações proferidas” e as restantes 4 colunas são dedicadas a ouvir Paulo Edson Cunha em discurso directo.
2º Ou seja as razões do Drº Paulo Edson Cunha foram transmitidas aos leitores do “Comércio do Seixal”, as minhas razões quem as quiser saber que vá à procura no blogue, sendo que nem referem qual o endereço do mesmo…
3º Foi este “o critério jornalístico” que apenas ouviu uma das partes e mandou os leitores do jornal irem à procura da opinião da outra!
4º Isto demonstra que a única preocupação do Jornal foi promover a minha condenação na “Praça Publica”!
5º Assim se vê que para o “Comércio do Seixal” era “indiscutível o meu direito à defesa”…
6º Senhora directora não esperava uma entrevista no “Comércio do Seixal”, porque nunca andei à espera de entrevistas em jornais, mas da sua afirmação é óbvia das suas intenções…
7º É assim óbvio Senhora Directora que não sou eu que tenho atacado o SEU jornal, mas o SEU jornal que me tem atacado a mim…
8º Quanto ao MEU jornal devo dizer-lhe que o mesmo se chamava “OUTRA BANDA” e fechou há alguns anos…
9º Por falar em independência jornalística fico a aguardar a noticia do SEU Jornal sobre o liminar arquivamento pelo Ministério Público da queixa crime que foi apresentada contra a minha pessoa. é que se a queixa foi noticia de primeira página, o arquivamento devia igualmente o ser…
Com os melhores cumprimentos.
Paulo Silva
Bom dia,
Caro Paulo Silva,
Obrigada pela sua resposta, não esperava outra coisa de si.
Mas então vamos por partes:
1.º - A notícia a que se refere e que saiu na edição N.º 103, a 23 de Abril de 2010, na pág. 8, (com um destaque de capa e não como notícia de capa, mas isto são meros preciosismos…), é referido que a queixa de Paulo Edson foi feita com base nas suas declarações no blogue e NUM QUINZENÁRIO LOCAL, fazendo na tal primeira coluna a citação dessas mesmas declarações, e não remetendo apenas o leitor para o blogue ou para o tal jornal.
Logo, as suas razões, tornadas públicas, foram devidamente referidas aos leitores.
2.º Se ficou assim tão perturbado com a situação referida, e como já lhe disse, poderia ter de imediato contactado o jornal, ou enviado um Direito de Resposta, em vez de se limitar a lançar boatos e «bocas» nas Assembleias Municipais ou mais tarde, pedindo esse mesmo esclarecimento a 13 de Setembro de 2010, através do meu blogue (que já existia antes dessa data, por isso poderia ter feito esse reparo meses antes), e não como diz que falou comigo quando «teve oportunidade».
3.º Ainda espero que me diga quando é que eu lhe falei dos tais «critérios jornalísticos»… é que lançar barro à parede também suja quem o manda.
4.º «É assim óbvio Senhora Directora que não sou eu que tenho atacado o SEU jornal, mas o SEU jornal que me tem atacado a mim…».
Senhor Paulo Silva, a sua memória anda com problemas!
Será necessário trazer aqui as actas das Assembleias Municipais ou todos os artigos do «Comércio», onde foram referidos os seus sucessivos ataques ao MEU jornal?
Só um exemplo – Edição n.º 32, de Julho de 2008, na pág. 9, com o título «Seixal, Portugal e Jornais», onde refiro as variadíssimas vezes que o senhor, no seu papel de deputado municipal, tentou denegrir o trabalho da equipa deste jornal lançando comentários torpes sobre quem seria o dono só porque os deputados municipais e vereadores da oposição aqui escreviam.
No entanto, repito, nunca referiu em nenhuma sessão os valores que a sua Câmara Municipal pagava em publicidade e os ajustes directos ao mesmo jornal onde o senhor escreve à anos.
Mas isso não é para trazer a praça pública, pois não?
Ainda quer continuar a falar em perseguição?
5.º Relativamente à notícia, terei todo o prazer de a dar no MEU jornal, porque é um princípio que temos de seguir as reportagens que vamos fazendo. E já a teria dado se tivesse recebido dados sobre a mesma. Se calhar, o tempo que o Sr. Paulo Silva esteve a enviar notas e «bocas», se me tivesse enviado a informação, esta já teria sido publicada.
Se eu, como directora do MEU jornal não o tivesse feito, é que da sua parte teria tido todo o direito para me acusar de falta de isenção.
Assim, limitou-se a fazer um Carnaval de toda esta situação.
Melhores cumprimentos
Carmo Torres
Cara Maria do Carmo Torres
1º Está equivocada pois sobre o assunto da FRAUDE nunca fiz quaisquer “declarações” a nenhum quinzenário local…
2º Na verdade num quinzenário local publiquei um artigo de opinião em que referi que os resultados eleitorais iam sendo desvirtuados no Seixal por alguém ter contabilizado votos que eram do Bloco de Esquerda como se fossem do PSD e que em consequência disso o PSD ia elegendo o segundo vereador;
3º Por muitas voltas que queira dar, a verdade é que a noticia do “Comércio” limita-se a referir uma pequena parte do meu artigo de opinião e a dizer que publiquei num blogue “os pontos em que se baseia para as afirmações proferidas”
4º Logo as minhas razões, pelos seus “critérios jornalísticos” não foram tornadas publicas…
5º Senhora directora não são ataques como aqueles que fui vitima no vosso jornal que me perturbam, o que me perturba são os 20% de Portugueses que vivem abaixo do limiar de pobreza; o que me perturba é o salário mínimo ser de € 485,00; o que me perturba são as desigualdades sociais; O que me perturba são cada vez mais portugueses serem condenados a viverem sem direitos!
6º Senhora directora gostaria que me dissesse que “bocas” é que eu mandei na Assembleia Municipal após Abril de 2011, ou seja após a publicação da notícia?
7º Pois é “lançar o barro à parede também suja quem o manda”…
8º Também gostaria que concretizasse em que artigos do “Comércio” é que eu ataquei o SEU Jornal, que por acaso até é o “Comércio”…
9º Senhora Directora não pode V. Excª esquecer que eu nunca escrevi artigos de opinião no SEU jornal e que seria muito topete da minha parte escrever no SEU jornal a atacar o mesmo…
10º Senhora Directora, não é pois a minha memória que anda com problemas, mas sim a sua…
11º Quanto às minhas afirmações sobre a propriedade do SEU jornal as mesmas tinham fundamento, mas foram esclarecidas numa iniciativa do SEU jornal em que estive em representação do PCP, e na qual, como sabe, tive uma longa conversa com a Angela.
12º Esclarecimentos feitos, a partir daí nunca mais disse uma palavra sobre a propriedade do Jornal;
13º Mas pelos vistos eu estou esclarecido, mas V. Excª não…
14º Por isso, senhora Directora, o “Carnaval” não é meu!
15º Por ultimo fico a aguardar a notícia do seu Jornal sobre o arquivamento da queixa, mas ou muito eu me engano ou a haver notícia será uma linha para dizer que a queixa foi arquivada, quatro colunas de explicações do Paulo Edson Cunha e eu não serei ouvido…
Com os melhores cumprimentos
Paulo Silva
Caro Paulo Silva,
Confesso que já estou a ficar cansada desta conversa.
É que este tipo de coisas gosto de discutir cara a cara, não assim. Mas como também já sabe, nós aqui pelo jornal não somos de ficar caladas. Nunca fomos e nunca seremos e por isso incomodamos muita gente.
Já percebi que quando não há argumentos, rodeia-se a coisa de modo a parecer que é verdade a mentira que se diz. Chama-se a isso política.
A questão fulcral, que ainda não respondeu e que deu origem a este post, é explicarme quando e onde é que falou comigo e eu lhe disse que tinham sido «critérios jornalísticos» a ditar a estrutura da reportagem.
E continuo a dizer que isso é uma rematada mentira.
Já agora, concretize também quais os ataques de que foi vítima no meu jornal.
Terá sido o artigo da edição 76 de 31 de Julho de 2009, «Paulo Vs Paulo»?
Estaria neste a sua foto mais pequena que a do outro Paulo?
Sobre as «bocas», não me refiro às que foram mandadas depois de Abril de 2011, mas às que fez durante meses na Assembleia Municipal, quando dizia aos seus oponentes políticos «vá lá publicar isso no seu jornal!» ou «não fazemos alarde das nossas coisas (vandalismo dos cartazes CDU) porque não temos os jornais que o PSD domina». Está esquecido?
Já agora, ainda continuo também à espera da sua conversa comigo, como referiu aqui neste blogue, para me explicar o seu FUNDAMENTO e provas para estas ACUSAÇÕES TORPES, colocando em causa o trabalho de toda uma equipa, isto vindo de quem diz estar preocupado com os trabalhadores.
O passado não se apaga simplesmente e até porque as suas acusações ficam em acta.
Sabe, a minha empresa tem dado emprego a várias pessoas, incluindo desempregados de longa duração e tem contribuído para o desenvolvimento do tecido empresarial do concelho, mas claro, não tem dado sempre as noticias boletinizadas que o senhor gostaria de ler.
Aproveito por último para o convidar a vir beber um cafezito até às Paivas onde agora estamos e conversarmos sobre o assunto. Infelizmente também tivemos de sair do Seixal, e realmente a mim o que me perturba como seixalense que sou é o abandono daquela linda terra devido a dezenas de anos de promessas de valorização de uma baía que é única no mundo, mas que nunca passaram do papel.
E permita-me ainda que como munícipe lhe deixe este pedido: concentre-se nestes aspectos de defesa da população que o elegeu e deixe-se de Carnavais, que esses são só três dias por ano.
Cumprimentos
Maria do Carmo, o que vem a ser isto?
Não faz sentido estas trocas e baldrocas. Isto não beneficia ninguem.
Em vez de se utilizar uma Máquina de Lavar, aproveitem a oportunidade e liguem a Máquina de Cecar.
Já chega de confusões, é o PCP contra o PSD, é o BE contra o CDS, é o PS contra o PSD, é a CGTP contra a UGT, são os patrões contra os empregados, são os funcionários publicos contra o estad e vice versa.
Vamos lá dar um bom exemplo, nós precisamos de sonhar mais alto.
Tenho pena mais isto assim resume-se á mediocridade.
Caro comentador
Tem toda a razão e dou o meu braço a torcer, porque ao usar o meu espaço para estes tolos desabafos, só contribuo para aumentar a mediocridade feita política.
O problema é quando TODOS esses políticos usam terceiros para fazer a sua baixa política.
Em minha defesa tenho a dizer que não sou nem nunca fui de ficar calada quando alguém mente colocando na minha boca coisas que não disse, em nome de uma baixa política.
Da minha parte, este assunto está arrumado, porque o convite ficou feito a Paulo Silva para falarmos sobre isto pessoalmente.
Já agora, peço desculpa por só agora colocar o seu comentário, mas se ler o post de hoje, irá compreender.
Cumprimentos e volte sempre!
Enviar um comentário