quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL!!!!



QUE MELHOR FORMA DO QUE COM A MINHA BICHARADA??

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mas onde é que eu já vi isto???

Publicidade do Governo beneficia diário da Cofina


O Estado português investiu, nos primeiros nove meses de 2009, 8,8 milhões de euros em publicidade nos cinco principais jornais diários generalistas, revela um estudo da Marktest. O mesmo estudo adianta que metade dessa verba foi colocada em apenas um jornal: o «Correio da Manhã», do grupo Cofina.
Metade do investimento publicitário feito pelo Estado nos jornais diários de maior expansão em Portugal, entre Janeiro e Setembro de 2009, foi para o jornal Correio da Manhã (CM), de acordo com um estudo realizado pela Marktest, a pedido da Administração da Controlinveste.
De acordo com o estudo, entre inserções no caderno principal e no caderno de classificados, o diário do grupo Cofina arrecadou, até ao final do terceiro trimestre deste ano, cerca de 4,4 milhões de euros, a preços de tabela e sem contemplar os descontos praticados pelos meios de comunicação.
Os dados revelam que a segunda publicação que recebeu mais publicidade estatal foi o Jornal de Notícias (JN), propriedade da Controlinveste (também detentora do Diário de Notícias e do 24horas), com 2,4 milhões de euros de investimento, ou seja, cerca de 2 milhões de diferença do Correio da Manhã.
Por seu turno, o investimento no DN correspondeu a 1 milhão de euros, no Público (grupo Sonaecom) a 876 mil euros e no 24 Horas a 54 mil euros, um valor residual quando comparado com as demais publicações.
A análise dos dados mostra que os três títulos da Controlinveste, juntos, receberam menos investimentos publicitários do que o CM, em 2009 (não estando contabilizados outros títulos da Cofina como o Jornal de Negócios, o Record ou a revista Sábado).
Esta tendência verificava-se já em 2008 com 6,2 milhões de euros a serem investidos no diário da Cofina face aos 4,9 milhões de euros investidos nos mesmos três jornais da Controlinveste.
O estudo da Marktest revela ainda outros pormenores: o crescimento do investimento no caderno principal dos diários generalistas e a diminuição do investimento no caderno de classificados, embora este continue a ser o local preferencial para o Estado anunciar.
Os dados mostram também que o orçamento destinado ao caderno principal dos diários duplicou no caso do CM (mais 399 mil euros) e do DN (mais 174 mil euros), quase triplicou no Público (mais 138 mil euros) e cresceu menos de 1% no JN (mais 176 mil euros). Em contrapartida, diminuiu o investimento nos cadernos de classificados: menos 38% no CM, menos 51% no Público, menos 53% do DN e menos 35% no JN.
O estudo da Marktest surge no seguimento de informações avançadas pela revista «Sábado» (grupo Cofina), em meados do mês de Novembro, de que o Estado estaria a beneficiar o grupo Controlinveste no que respeita ao investimento publicitário.
A revista referia que o Estado estaria a desinvestir no jornal Público e Sol e a favorecer os títulos da Controlinveste, Diário de Notícias e Jornal de Notícias, mas nunca mencionou o dinheiro investido pelo Estado no jornal Correio da Manhã.
www.eusou.com/jornalista/

Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2009


GOVERNO VAI CRIAR BANCO DE DADOS ON-LINE

"Vamos criar um banco de dados on-line para poder garantir o registo transparente de toda a publicidade do Estado", avançou Jorge Lacão durante a comissão parlamentar de Sociedade, Cultura e Ética que decorreu esta manhã.
Admitindo que actualmente não existe nenhum critério que defina a distribuição de publicidade do sector público pela imprensa, o ministro, que tutela a pasta da Comunicação Social, defendeu a necessidade de "criar critérios que assegurem a transparência".
A questão foi levantada por todos os partidos da oposição presentes na comissão parlamentar, na sequência de um artigo publicado em Novembro na revista Sábado que adiantava ter havido discriminação por parte do Governo e organismos públicos na distribuição de publicidade institucional a jornais nacionais.
Segundo a Sábado, o Governo (ministérios, organismos e empresas públicas) reduziu o investimento publicitário nos jornais que publicaram escândalos envolvendo o nome do primeiro-ministro, José Sócrates, apontando os casos concretos do Independente, Público e Sol. Ler aqui, no Diário de Notícias

Ana Isabel Silva - publicado por comunicaradireito às 12:48
 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Orçamento camarário do Seixal, publicidade e Jornais

Custa-me, palavra que me custa, vir aqui colocar estes posts, mas há coisas que não podem ficar caladas. E aqui fica a reprodução de mais um texto desta última edição do «Comércio do Seixal e Sesimbra», onde refiro a questão da aplicação da publicidade camarária nos "jornais", com palavras de Alfredo Monteiro, o presidente da autarquia e cujo texto podem conhecer na íntegra em http://content.yudu.com/Library/A1jzpm/Edio90/resources/index.htm?referrerUrl=http%3A%2F%2Fwww.yudu.com%2Fitem%2Fdetails%2F113407%2FEdi----o-90-


GOP e jornais
Na sessão de câmara de 16 de Dezembro houve ainda lugar para os presentes ficarem a saber que a Câmara Municipal “investe e sempre investiu na comunicação social local com rubricas específicas nas Grandes Opções do Plano”, conforme referiu Alfredo Monteiro.

A conversa veio à baila com a intervenção do vereador Samuel Cruz, que propôs que os editais das sessões camarárias fossem “publicadas nos órgãos de comunicação social local, como forma de informação ao público e de ajuda financeira a estes, uma vez que as Grandes Opções do Plano não prevêem um apoio à comunicação social”.

A isto, Alfredo Monteiro respondeu prontamente que “a informação acerca das reuniões da Câmara Municipal é divulgada no Boletim Municipal. Este é o modelo que temos, que não vamos mudar, e acrescento que o Boletim Municipal é o espaço mais lido no concelho”.

Nada de admirar, quando nas Grandes Opções do Plano para 2010 estão previstos 351.847 mil euros para o Boletim Municipal do Seixal (impressão, distribuição e mailing). Como Pequena e Média Empresa que somos, sem subsídios ou cobrança de impostos, é algo completamente impossível de atingir.

Acerca da reunião adiada para 2ª feira de manhã, e também respondendo à questão de Samuel Cruz sobre se esta seria aberta ao público, Alfredo Monteiro respondeu que “a comunicação social sempre teve lugar aqui. Mas o que o vereador Samuel Cruz referiu sobre as rubricas das GOP para a comunicação social é mentira!

Há rubricas que contemplam a comunicação social, como os protocolos com as rádios locais, e a publicação regular de anúncios e informações nos jornais locais.”

Nesse sentido, cabe aqui uma pequena reflexão.
Nas Grandes Opções do Plano de 2009 para o Seixal estavam previstos para publicidade:
- 20.000 euros para publicações da Assembleia Municipal;
- 15.000 euros para publicidade na rubrica Turismo;
- 15.000 euros para publicidade na rubrica Ambiente e Serviços Urbanos;
- 58.500 euros para publicidade na rubrica Desporto;
- 7.500 euros para publicidade na rubrica Património Histórico/ Ecomuseu;
- 8.000 euros para publicidade na rubrica Recursos Humanos;
- 50.000 euros para publicidade Obrigatória e Institucional;
- 15.000 euros para publicidade Obrigatória e Institucional / Regulamentos Municipais;
- 30.000 euros para publicidade na rubrica Órgãos de Apoio.

Total de 286.500 euros previstos para publicidade.

No Balancete das Grandes Opções do Plano por Objectivos e Programas, fica a informação que:
- Em inserção de publicidade Obrigatória e Institucional foram gastos 23.992 euros;
- Em inserção de publicidade Obrigatória e Institucional / Regulamentos Municipais foram gastos 1.954,89 euros;
- No sector da Cultura e Património foram gastos 5.918,40 euros;
- Na promoção e divulgação no sector do desporto foram gastos 35.915,00 euros (Seixalíada);
- Em campanhas de sensibilização para adopção de animais do Canil/Gatil foram gastos 4.190;
- A Assembleia Municipal não fez quaisquer gastos com publicidade;

Total de 71,239,29 euros aplicados em publicidade.

Total de publicidade investida no «Comércio» - 965 euros.

O «Comércio do Seixal e Sesimbra» não recebe publicidade da Câmara Municipal do Seixal desde 24 de Abril deste ano.

Como ainda acreditamos na palavra de Alfredo Monteiro sobre os apoios autárquicos aos jornais locais, e tendo em conta que na GOP para 2010 está prevista a aplicação de 51.236 mil euros para «Contratos para informação/divulgação» e 38.986 mil euros para «Inserção de publicidade obrigatória institucional», um total de 90.222 euros (não contabilizando outras áreas onde está prevista verba para «informação/divulgação», ficamos à espera que o ano de 2010 venha realmente a provar que os vereadores da oposição mentiram sobre a falta de apoios aos jornais pela autarquia.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O papel dos animais

Cá está, nem tudo é negativo na Internet. Através do Facebook fiquei a saber de um movimento que pede ao Governo que as despesas com animais de estimação sejam deduzidas do IRS. Aderi de imediato em
http://www.facebook.com/group.php?gid=188416119264&ref=nf

Mas acho que é preciso ir mais longe. Como dizia Ghandi, a grandiosidade de um país mede-se pela forma como os animais são tratados.

Em Portugal, são um mero bem material. E a culpa para isto são os sucessivos governos e os partidos da oposição, que mesmo quando dizem defender o ambiente e o mundo, se esquecem da defesa dos animais, mais preocupados em discutir o sexo dos anjos nas suas bancadas parlamentares.

Enquanto escrevo isto, tenho deitado aos meus pés (quase com o focinho em cima do ventilador quente) o Belchior.
Cachorrão em todo o sentido da palavra, trouxe-o para casa no dia de Reis, das mãos da Associação Bianca, já lá vão sete anos. Mas quem o vê, ainda me pergunta se é um cachorro, pelo seu ar e comportamento. (Ao fim de três meses na escola de treino, foi dispensado por comportamento infantil...)

Praticamente em cima de mim e do computador, tenho o Bruno Miguel, um gato lindo, que nasceu há quase seis meses na minha casa. Ali mais abaixo, estão a Sofia e a D. Ritinha (mãe dos dois malucos).
Também a D. Ritinha veio cá parar por azar. Um almoço em Setúbal, uma viragem para a direita, uma entrada no parque de um supermercado, decisão de ultima hora, e eis que vejo um novelo branco a subir para o motor de uma pick-up.
O coração aos saltos, aviso os donos do veiculo. O proprietário tem receio de ser arranhado, por isso ofereço-me para retirar de lá o animal. Ouço um miado e do motor retiro um gatinho com semanas de vida. Os olhos azuis fixam-me com confiança.

Como é possível que um gatito tão pequeno esteja assim, ali num parque de estacionamento de uma zona comercial de Setúbal?
Não resisto e entro no meu carro, chorando que nem uma louca, e ele passa a ser meu. Digo ele, porque até ao primeiro cio, pensávamos que era um gato, apelidado de Santiago. Só depois é que passou a ser Ritinha, e D. Ritinha quando foi mamã.

Mais um descuido. Um amigo a passar férias no Quénia e o gato dele, Jeremias, a passar as férias cá em casa. Sempre com muito cuidado para não se encontrarem, mas eis que parte para o céu dos gatos o Pantufa.
A Ritinha andava tão solitária e triste, por ter perdido o companheiro que tão bem a tinha recebido meses antes. «Bem, é tão pequinina, de certeza não haverá problema, vamos deixa-la brincar com o Jeremias».
O Jeremias foi para casa, e a Ritinha a engordar a olhos vistos. «Tá bonita a gata, tá gordinha...».
Sim, só quando os gatitos começaram a mexer na barriga é que vimos que aquilo era mais do que doses generosas de whiskas...
E no dia de S. António, eis que temos a surpresa ao chegar a casa de um dia de praia: Maria Joana, Sofia e Bruno Miguel. A primeira já está na sua casa nova, a fazer a cabeça em água aos donos, que a adoram acima de tudo.
O Bruno Miguel, assim baptizado pela minha irmã, suposta futura dona, é um gatarrão em todo o sentido da palavra, mas detesta gente nova.
A Sofia, bem, a Sofia é a coisa mais descarada que existe, se falasse ouvíamo-la andar sempre a perguntar: «o que estás a fazer? O que é isso? Posso ver? Posso mexer? Quero saber tudo!!!»
São eles que me fazem sorrir, mesmo depois de um dia onde só o choro me poderia aliviar. São eles para quem olho, quando quero inspirar-me ou ganhar forças. No coração estão ainda a Xana, o Miura, o Miki, o Alex, a Violeta, as duas Lassies, o Bobi, os vários hamsters sempre Alexandres e as Julianas.

Interessante, e como não posso separar o trabalho do meu lado pessoal, como também o «Comércio» é o único jornal do concelho (Boletim Municipal incluído) que tem semanalmente uma página dedicada aos animais abandonados.
Temos um canil/gatil gerido pela Câmara Municipal, um canil que é referência no país, mas em mais de trinta páginas de um Boletim quinzenal, não há um pequenino espaço, uma coluna que seja, onde se fale dos animais que procuram novas casas... Lamentável!

Para conhecer um país sem respeito pelos seus animais, aqui fica mais um link. Pode ser que todos juntos possamos fazer a diferença.
http://blogdaanimal.blogspot.com/

domingo, 6 de dezembro de 2009

Justiça à portuguesa

Este foi o título de uma notícia que fez capa no «Comércio». Foi uma história que me tocou pessoalmente.

Resumindo uma longa história, o meu cunhado foi assaltado em plena hora de almoço, por dois pretos que fazem da sua vida o assalto a distribuidores de bebidas no concelho.

Ele resistiu e foi ferido por um dos assaltantes, a mesma bala que lhe atravessou a coxa direita atingiu o outro assaltante no pé. Depois de uma perseguição ele e outras pessoas conseguiram apanhar o assaltante ferido.

Foram os dois para o hospital e o assaltante passou a noite na prisão. No dia seguinte foi presente a tribunal e saiu com termo de identidade e residência. À hora de almoço, ele e o pai e outro preto estavam frente ao café Milénio, na Amora a ameaçar os clientes e o dono, porque tinham sido clientes do café que o apanharam na véspera.

Isto aconteceu em Setembro. Os assaltos têm continuado, alguns deles com catanas, em pleno dia, como aconteceu em Paio Pires.

No dia 3 de Dezembro, ele teve de ir ao tribunal do Seixal, fazer uma peritagem (acho que se diz assim) com o médico. Estava marcada para as 13h30. Às 15h30 disseram-lhe para se ir embora porque o médico afinal não vinha. E que se preparasse porque agora ia ser uma verdadeira saga, uma vez que, a conselho de um advogado, irá pedir indemnização.

No sábado, celebramos o seu aniversário (e de um amigo). Não queríamos falar neste caso, mas foi o dono da Petisqueira I quem puxou o assunto, como cliente e amigo que é dele, recordando a todos os presentes na sala que esta noite poderia não ser de festejo mas de luto e saudade.

Só me pergunto que justiça é esta que liberta um ladrão em horas, e que faz os cidadãos cumpridores esgotarem a sua paciência e tempo nos tribunais, deixando-os à mercê destes tipos.

Já dissemos ao meu cunhado que se ponha a pau, porque se calhar terá de ser ele a pagar uma indemnização ao assaltante, porque além de o impedir de cumprir a sua «função laboral», ainda lhe retirou os meios de a conseguir, porque na ocasião do assalto ele conseguiu sacar a arma ao outro assaltante.

Segundo ele, felizmente a arma só tinha a bala que o atingiu, porque ele (ex-militar) ainda fez pontaria para um dos assaltantes. Se lhe acertasse, hoje seria ele que estava preso, na certa.

São estes governantes que temos, quando o PS propõe um código de processo penal destes, apoiado pelo PSD. Confesso que agora estou de alma e coração com o Paulo Portas, é preciso mesmo mudar isto.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Liberdade de imprensa

Liberdade de expressão dos jornalistas não pode ser coarctada, diz o sindicato dos Jornalistas sobre uma mensagem enviada aos jornalistas da RTP pelo director de Informação.

Recomendações do director de informação da RTP aos jornalistas da empresa sobre a participação em redes sociais estão a suscitar apreensão no sector. Em causa está o facto de tais recomendações ameaçarem invadir a esfera privada dos jornalistas e pôr em causa a sua liberdade de expressão.
Em comunicado divulgado hoje, 27 de Novembro, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) alerta para o facto de, cabendo aos directores de informação "definir, dentro dos limites da Lei e da deontologia profissional, a orientação editorial dos serviços informativos que dirigem e mesmo das contas de redes sociais tituladas pelos órgãos de informação nas quais os jornalistas aceitem colaborar", importa ter presente que a "sua autoridade não se estende às iniciativas pessoais dos jornalistas nem à sua vida privada".

É o seguinte o texto, na íntegra, do Comunicado do SJ:
SJ defende liberdade de expressão dos jornalistas
O director de informação da RTP distribuiu há dias um conjunto de "recomendações de bom senso, que os jornalistas devem observar" nas redes sociais*, referindo-se específica e assumidamente aos jornalistas ao serviço da RTP que utilizem também as suas contas pessoais em serviços de blogues, no Twiter, Facebook, etc., e não apenas às contas associadas a programas do operador. A iniciativa parece estar a recolher apoios e está a suscitar a suspeita de que tal recomendação seja transformada em ordem de serviço na RTP e possa mesmo vir a ser adoptada por outros órgãos de comunicação social. Impõe-se, por isso, que a Direcção do Sindicato dos Jornalistas, sem prejuízo de outras medidas, tome, desde já, a seguinte posição:

1. O jornalista José Alberto de Carvalho tem o direito de expressar livremente a sua opinião designadamente sobre os problemas que as novas ferramentas de comunicação levantam aos jornalistas, mas não pode transformar as suas opiniões em orientações ou recomendações sobre matéria que ultrapassa a sua competência.

2. Os directores de informação devem velar pela observância das normas de orientação dos órgãos de informação que dirigem, mas tal poder-dever incide exclusivamente no âmbito a esses órgãos e jamais pode invadir a esfera privada dos jornalistas ao seu serviço nem questionar a plena fruição da liberdade de expressão das pessoas enquanto cidadãos.

3. Aos directores de informação cabe definir, dentro dos limites da Lei e da deontologia profissional, a orientação editorial dos serviços informativos que dirigem e mesmo das contas de redes sociais tituladas pelos órgãos de informação nas quais os jornalistas aceitem colaborar, mas a sua autoridade não se estende às iniciativas pessoais dos jornalistas nem à sua vida privada.

4. A liberdade de expressão em Portugal constitui uma conquista de várias gerações de jornalistas e outros criadores, que se bateram e sofreram por ela, em momentos diferentes, em circunstâncias muito dramáticas, sendo um bem precioso especialmente protegido pelos instrumentos jurídicos internacionais e pela Constituição da República Portuguesa.

5. O SJ está disponível para participar no debate público sobre os problemas que as tecnologias de informação e comunicação (TIC) colocam aos jornalistas e ao jornalismo, mas rejeita liminarmente quaisquer posições visando limitar a liberdade dos cidadãos que são jornalistas ou quaisquer restrições aos seus direitos fundamentais.
Lisboa, 27 de Novembro de 2009

As recomendações do director de Informação da RTP são do seguinte teor:
1) Nada do que fazemos no Twitter, Facebook ou Blogues (seja em posts originais ou em comentários a posts de outrem) deve colocar em causa a imparcialidade que nos é devida e reconhecida enquanto jornalista.
2) Os jornalistas da RTP devem abster-se de escrever, "twitar" ou "postar" qualquer elemento - incluindo vídeos, fotos ou som - que possa ser entendido como demonstrando preconceito político, racista, sexual, religioso ou outro. Essa percepção pode diminuir a nossa credibilidade jornalística. Devem igualmente abster-se de qualquer comportamento que possa ser entendido como antiético, não-profissional ou que, por alguma razão, levante interrogações sobre a credibilidade e seriedade do seu trabalho.
3) Ter em conta que aquilo que cada jornalista escreve, ou os grupos e "amigos" a que se associa, podem ser utilizados para beliscar a sua credibilidade profissional. Seguindo a recomendação do "NY Times", por exemplo, os jornalistas - deverão deixar em branco a secção de perfil de Facebook ou outros equivalentes, sobre as preferências políticas dos utilizadores.
4) Uma regra base deve ser "Nunca escrever nada online que não possa dizer numa peça da RTP".
5) Ter particular atenção aos "amigos" friends do Facebook e ponderar que também através deste dado, se pode inferir sobre a imparcialidade ou não de um jornalista sobre determinadas áreas.
6) Enunciar, de forma clara, no Facebook e/ou nos blogues pessoais que as opiniões expressas são de natureza estritamente pessoal e não representam nem comprometem a RTP.
7) Meditar sobre o facto 140 caracteres de um twit poderem ser entendidos de forma mais deficiente (e geralmente é isso que acontece!) do que um texto de várias páginas, o que dificulta a exacta explicação daquilo que cada um pretende verdadeiramente dizer.
8) Não publicar no Twitter ou em qualquer plataforma electrónica documentos ou factos que possam indicar tratamento preferencial por parte de alguma fonte ou indiciem posição discriminatória sobre alguém ou alguma entidade.
9) Ter presente que todos os dados eventualmente relevantes para fins jornalísticos devem ser colocados à consideração da estrutura editorial da RTP, empresa de media para a qual trabalham.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Comentários e Comentadores

Há coisas assim. Os comentários no meu texto anterior, levam-me a colocar aqui um novo post (longe que vai ideia de ter um blogue mais gastronómico...)

Ao M. o meu obrigada pela sua participação. Como jornalista e com a maior parte da minha vida vivida na democracia de Abril, acredito na liberdade de expressão e lamento que não o possa tratar pelo seu nome.

Ao Paulo Silva, o meu obrigada pela sua visita. O seu comentário merece uma resposta, até porque a democracia da blogosfera tem destas coisas, o discutir assim as ideias.

«Anônimo disse...
Carmo Torres
Por acaso aqui cheguei, e não querendo entrar em polémicas estéreis, apenas digo que não é verdade que "nenhum dos deputados eleitos fosse do segundo partido desta coligação – o PEV"... Com efeito, se como jornalista investigasse os factos antes de escrever não faria tal afirmação! É que entre os eleitos da CDU na Assembleia Municipal do Seixal, para além de vários independentes, há uma militante do PEV.
Quanto ao resto, respeito a sua opinião e do mesmo modo gostaria que respeitasse a minha e a minha é que o Comércio do Sexal tem beneficiado de modo descarado o PS e o PSD... Veja-se a página que era dada semanalmente aos candidatos do PS e do PSD para divulgarem os seus blogs! Porque razão não houve igual tratamento à CDU?
Critérios jornalisticos responderá certamente. Critérios que eu respeito, mas com os quais não posso concordar, pois os mesmos dão um tratamento preferencial a duas forças politicas em detrimento da CDU
Com os melhores cumprimentos
Paulo Silva»

Ora vamos então aos factos:
Em Direito Político ensinam-nos que uma coligação é a união de dois partidos, com um número significativo de elementos de ambas as partes. Não é preciso fazer investigação, como me recomenda, para saber que não houve qualquer eleito para a vereação camarária ou para as juntas de freguesia do PEV.
Se na gramática portuguesa um homem entre mil mulheres é o suficiente para mudar o género do pronome de ELAS para ELES, um membro de um Partido numa lista, não forma uma coligação.
Sejamos sérios nestas questões!

Sobre a sua opinião de o «Comércio do Sexal tem beneficiado de modo descarado o PS e o PSD...», claro que respeito a sua opinião, até porque, desde o advento do «Comércio», que o Sr. Paulo Silva tem defendido a tese de o jornal pertencer a este ou áquele partido, nos seus discursos como representante da Assembleia Municipal.
Com que dados ou informações, não sei. Talvez com boatos de terceiros...
No entanto, recordo-lhe também os descarados apoios da Câmara Municipal do Seixal a um único jornal. Já agora, o único quinzenário, que nem tem como desculpa ser o mais antigo do concelho, e que, como pode ver no post abaixo, até mente na data de saída.
Este tema nunca o vi discutido na Assembleia Municipal. Aqui sim, tratam-se de dinheiro dos munícipes atribuído sem critérios nem igualdade, num concelho que se diz de transparência e democracia.

Sobre os blogues, mais uma vez lhe recordo que estes eram os únicos realmente identificados na altura que lançamos esta secção, (cuja celeuma causada é sinal de ter sido uma excelente aposta). Longe vinham ainda as eleições, e o nascimento de vários blogues. Além disso, tratavam-se de dois colaboradores do jornal, que acreditaram neste projecto desde o início.
E recordo-lhe também que lhe foi dirigido pessoalmente um convite para colaborar no «Comércio», oqual recusou porque já colaborava com outro jornal (sem que isso causasse qualquer prurido democrático à CDU ou ao executivo camarário).

Também sabe perfeitamente que o «Comércio» é o único jornal que tem regularmente a opinião de todas as forças políticas com representação no concelho. Talvez isso seja democracia a mais em algumas perspectivas...
E sabe também da extrema dificuldade que o «Comércio» teve em que alguém da CDU/PCP colabora-se nos artigos de opinião, apesar dos repetidos convites e dos contactos efectuados.

São realmente critérios jornalísticos, que já foram bastantes vezes explicados. Mas pelos vistos, só se ouve ou lê aquilo que se quer. É por esta nossa postura que não temos vereadores a apagarem-nos as velas do bolo de aniversário.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mentiras

Costuma dizer-se que mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.
Todos sabem que já trabalhei no Jornal do Seixal.
Todos sabem que não sai de lá com relações cortadas com ninguém, antes o meu percurso profissonal seguiu outros caminhos.
Mas não suporto nem admito a mentira.
Desde que comecei a trabalhar no «Comércio», a guerra entre os dois jornais tem sido intensa, até a nível pessoal, com golpes baixos de gente sem carácter.
Mas a mentira tem pernas curtas e nesta edição de aniversário do Comércio, referi o que contei aqui no anterior post.
Agora, venho colocar aqui uma imagem que prova o que digo.
É sexta-feira, dia 20 de Novembro, tal como indica o cabeçalho do meu jornal.
Reparem na data que exibe o outro jornal.
Quando alguém mente até na data de saída do jornal, que verdades pode dizer nas suas páginas?

Mas é neste jornal, que nem sequer é o mais antigo do concelho, e o único quinzenal (quando há dois semanais) que esta Câmara CDU investe. E continuo na minha, Câmara CDU e não comunista, porque os comunistas verdadeiros não compactuam com estas situações.

sábado, 14 de novembro de 2009

A falta de conhecimento das regras básicas da democracia, de uma Câmara que se diz democrática

Não era meu desejo trazer para o blogue algo como o que escrevo abaixo, mas senão o fizesse, então este espaço também não teria qualquer utilidade.
No dia 2 de Novembro, decorreu a tomada de posse dos eleitos para a Câmara Municipal do Seixal. Todos os partidos falaram através dos seus representantes.
No caso da CDU (Coligação Democrática Unitária, embora nenhum dos deputados eleitos fosse do segundo partido desta coligação – o PEV) falou o deputado municipal Américo Costa, por curiosidade o que encabeça os deputados daquele partido, mas que menos vezes toma palavra na Assembleia Municipal.

Na altura estavam vários jornalistas presentes. Dos jornais locais e da Lusa. Durante o discurso, eu estava com a jornalista da Lusa e ambas ficámos chocadas com o que ouvimos. Nem queria acreditar que um membro de um Partido que tanto lutou pela liberdade de expressão e de imprensa, com um dos mais antigos jornais nacionais, O Avante, disse-se o que ali foi ouvido.

Ainda pensei que não tivesse percebido bem. Mas hoje vi o mesmo discurso, preto no branco, no Boletim Municipal. Rezava assim:

«Reafirmamos aqui que a CDU merece uma melhor oposição e o povo exige mais verosimilhança democrática. Assim como exige uma comunicação social mais responsável. Ressalvadas as devidas excepções, o jogo da manipulação dos “factos” não surtiu efeito. Hoje não restam dúvidas que parte dos casos sensacionalistas que vieram a público não eram mais do que rumores infundados, que tão somente pretendiam fomentar crispações e tentar reduzir a confiança nas instituições, mas apenas contribuíram para diminuir a qualidade da democracia.»

Para quem não percebe o que estou a dizer, passo a explicar. Este comentário foi dirigido ao «Comércio do Seixal e Sesimbra», jornal que dirijo.

Porquê?
Porque foi o único que, além de acompanhar as campanhas, realizou diversas reportagens com os outros candidatos. Porque foi o único que entrevistou todos os cinco candidatos (até o MMS), excepto o da CDU, que se recusou a dar entrevista. Foi o único jornal local que desmascarou algumas coisas que se passam no concelho.

Longe de perceberem que não apoiamos nenhum partido com estas acções, apenas fazemos o nosso papel como verdadeiros jornalistas, a CDU ataca.

Da mesma maneira que retirou a publicidade ao «Comércio», passando-a para um único jornal, curiosamente também o único quinzenário e o que mente até na data de saída (distribui à sexta-feira com data de sábado) e nem apresenta a periodicidade na capa.

Mas para a CDU, dizer a verdade do que se passa no concelho é «diminuir a qualidade da democracia».

Mais curioso ainda é que quando Américo Costa referiu as «devidas excepções», olhou directamente para o director desse jornal, o que se limitou a seguir a campanha eleitoral da CDU, que não publicou inclusive acções de outros candidatos, em resumo, o tipo de imprensa que realmente agrada a esta CDU. E insisto no termo CDU, porque isto não é Comunismo. Uma CDU que venceu num concelho que teve a maior taxa de abstenção do país, como o «Comércio» noticiou, de 54,9%. São estes os «casos sensacionalistas» que custam ver colocados nas páginas do nosso jornal.

As acções ficam com quem as pratica, mas a liberdade de imprensa, conquistada à 35 anos, essa ninguém a calará.

E termino com uma frase do mesmo deputado, embora esta seja, claramente, diferente no contexto com que é dita: «Entendemos a liberdade como condição sine qua non para afirmar e consolidar a democracia».

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Para sempre Asterix

Não resisto a colocar aqui esta página de Asterix, exemplo máximo do que é a política, e que infelizmente tive de acompanhar nestes últimos meses pela minha profissão. Só uma palavra: Lindo!!!


sábado, 31 de outubro de 2009

Branco, negro e rosa?

Via no outro dia um programa sobre racismo que me fez recordar uma história antiga passada comigo.
Sempre defendi que todos temos o direito de ser racistas. É verdade. Tenho esse direito, assim como um negro, um amarelo, um azul (sim, estou a falar dos portistas), ou de outra cor qualquer sejam também racistas.
Não me venham dizer que nunca olharam para uma pessoa de outra raça a conduzir um grande carro ou com uma mala de marca e não pensaram: lá vem este a exibir-se, deve ter ganho o dinheiro nisto ou naquilo. Também tenho o direito de reclamar sobre o número crescente de estrangeiros em Portugal, e o mal que podem trazer ao meu país, de esta ou aquela raça ser mais ladra/ameaçadora/desonesta/etc.
Assim como reconheço o direito aos outros de não gostarem de mim como gorda e como branca (escura) que sou.

O que não tenho, nem nunca terei, é o direito de com essa minha atitude prejudicar seja quem for. E também não dou o direito de me prejudicarem com ostracismo ou racismo. Sim, sou caucasiana mas já fui alvo de racismo por pessoas que acham que serem de uma cor diferente da minha lhes dá direito por serem minorias.
Se sempre defendi o meu direito de ser racista, também sempre defendi a igualdade entre todos. Parece uma parvoíce, mas eu cá me entendo e isso chega-me.
Mas não é disso que vou falar.
A história que conto é a seguinte: há vários anos trabalhava numa grande empresa automóvel no concelho, que já encerrou. Trabalhava, já agora, para pagar os meus estudos na universidade. E sempre tive um feitio que me permitiu dar bem com todas as pessoas que me rodeiam.
Na minha secção tinha algumas mulheres de África, uma das quais minha amiga de Cabo Verde. Um dia fomos almoçar ao refeitório e calhou sentarmo-nos todas juntas. Elas a falar de África e eu a ouvir avidamente.
Depois do almoço, uma colega de cargo superior veio ao meu posto de trabalho e sem preliminares disse-me: não tinhas mesas de gente branca para te sentares hoje ao almoço?
Como se diz na gíria, caíram-me os tintins ao chão. Ainda incrédula, perguntei-lhe:
- Mas há algum problema?
- Não, mas não vejo razão para não te sentares connosco e ires para uma mesa «escura».
Como felizmente raramente fico sem palavras, a minha resposta veio rápida:
- E para me sentar com lixo como tu?
Escusado será dizer que nunca mais me dirigiu a palavra, o que sinceramente me deixou bastante feliz.

domingo, 25 de outubro de 2009

Lá se foi o coco

Disse no meu retorno que não ia falar muito de gastronomia aqui. Mas hoje tive uma experiencia tão bera, eu que me considero como o supra sumo da doçaria caseira, eu que faço os meus próprios doces de fruta e não trinco uma tarte que não tenha sido amassada e cozinhada por mim.
Mas em último caso, a culpa nem foi minha, mas sim da receita idiota. Só quase no fim é que vi que algo estava mal na receita, aparentemente fácil, de bolo de coco!
Quando comecei a bater a massa e em vez de um creme homogéneo aquilo parecia algo com que encher os buracos da parede.
Depois de alguns suores frios (não estamos em época de deitar fora quatro ovos e uma embalagem de coco) lá tentei afinar as coisas, mas o resultado não ficou nem perto de bom.
Pode ser que agora, com um pouco de licor e umas natas no frigorifico se safe... realmente, hoje não era o meu dia.
Valeu o passeio na praia da Velha com o Belchior (a propósito, o lixo foi retirado do areal, e não fossem alguns suínos que usam aquilo como hotel de cinco estrelas e por ali deixam o lixo, as coisas até se estariam a compor para aqueles lados).
Ainda sobre comida, já este domingo, os petiscos foram outros: um excelente pão com torresmos, comido à beira mar na praia da Assenta, e um lanche de chouriço caseiro assado, ovos com tomates e pão caseiro. A terminar uma fatia (quase meio bolo) de bolo-rei do Eleclerc, ainda quente. Bom, mas a massa a deixar um pouco a desejar.

Quantas flexões terei de fazer para queimar isto tudo?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Um grande Homem

Tá aqui no link ao lado, mas ao rever este texto, apeteceu-me colocá-lo de novo aqui.


No outro dia, como não encontrava absolutamente nada para ver de jeito em 42 canais de cabo, optei por ver aquele que foi um dos grandes espectáculos do outro século. «A grande noite». Piadas velhas e artistas muito novos (na altura) mas engraçado, ainda agora, sinal de que tinha alguma qualidade, porque não se perdeu totalmente.
Mas o que me levou a escrever foi um dos grandes artistas que fazem parte da entrada do espectáculo. Depois de Raul Solnado, também ele um grande Homem, José Viana.
E porquê ele?
Porque tive a grande sorte de poder conversar com este Homem, logo no início da minha carreira de jornalista e ainda por cima num dia em que vi um pouco de tudo.

Passo a explicar.
Celebrava-se o dia do livro, e a biblioteca do Seixal recebia diversas figuras públicas, a maioria artistas. Logo à entrada, Teresa Salgueiro fazia os empréstimos e abespinhava-se contra o fotógrafo que registava esta situação pública. Este, com melhores modos do que aqueles com as quais a «artista» se lhe dirigira, explicou-lhe isso mesmo.
Silencio e «trombas», talvez por medo de ficar bem na foto.
Depois disto, nem me atrevi a falar com ela, receando que a minha inexperiência a ferisse no orgulho artístico.
Mais além avistei então esse grande José Viana. Dirigi-me a ele e, depois de lhe explicar que era ainda novata nestas andanças, perguntei-lhe se acedia a dar a entrevista para a rádio.
«Mas minha menina, está aqui tanta gente conhecida e vem falar comigo?»
Creio que por esta pequena frase se diz tudo. Mas não quero ficar por aqui.
De voz embargada, depois de ouvir isto, disse-lhe directamente que o fazia porque tinha por ele uma enorme admiração desde pequena.
E uma nova surpresa.
Pude ver este grande Homem corar como uma criança.
Depois de falar comigo, desejou-me muita sorte na vida profissional. Despedi-me dele e da esposa, mas esta história ficou sempre comigo.

Quando ouço certos homens a falar como se o mundo e a razão lhes pertencesse ou outros artistas de papo cheio armados em grandes, lembro-me deste Homem e penso na sua nobreza e humildade, e na lição que poderia dar a esses homenzinhos…

Nunca digas desta água não beberei

Descuidei-me.
É verdade. Deixei de escrever neste espaço, e por isso já me chamaram a atenção.
Mas muitas coisas aconteceram nestes meses, desde ameaças de suicídio (não minhas, mas do palerma que se tinha como meu patrão no jornal), ao assumir de um projecto que nunca quis que fosse meu.
Mas entre baixar os braços e encarar a humilhação ou lutar e erguer a cabeça face aos arautos da desgraça, optei pelo segundo.
Agora, é ver-me como directora e sócia na empresa editora (outra coisa que tinha jurado nunca ser), mas com uma amiga de confiança.
Juntas, temos encarado tudo e todos. Juntas temos chorado, e rido ainda mais das nossas desgraças. Rido de tal forma que um dos colaboradores do jornal, o fundador do ioga do riso em Portugal, considera que nada tem para nos ensinar.
É bom, o rir assim de tudo e de todos. E é essa postura (que sempre tive, quem me conhece sabe), que parece que ofende alguns aqui pelo burgo onde vivo e trabalho, mas enfim...
Agora, dois vectores se juntaram para me levar a escrever de novo: uma «picada» de uma amiga sobre o voltar a escrever, e andar a ler um livro «Júlia e Julie» precisamente sobre a blogosfera e sobre outro dos meus assuntos favoritos: a culinária.
Ok, não esperem que eu conte aqui o segredo do meu caril de frango (vá lá, se pedirem muito...) ou dê uma receita por dia, mas pode ser que me escape alguma critica gastronómica e uma ou outra receita...

Abraços