segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dia Mundial Sem Tabaco assinala malefícios do fumo

Um dos dias que mais gosto, como não fumadora que sou. Comigo é mais bolos.


«O Dia Mundial sem Tabaco assinala-se, hoje, com várias iniciativas pelo país para sensibilizar a população para os malefícios do tabaco e alertar para o crescente aumento do número de mulheres fumadoras. Segundo a Organização Mundial da Saúde, dos mil milhões de fumadores no mundo, cerca de 200 milhões são mulheres e esse é o principal alvo das campanhas deste ano.
O tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para celebrar a efeméride - "O Tabaco e o género, com ênfase para publicidade dirigida às mulheres" - visa chamar a atenção para as estratégias utilizadas pela indústria do tabaco para aumentar o consumo dos seus produtos por parte das mulheres.»

domingo, 30 de maio de 2010

Uma boa semana


Num dia que correu razoavelmente bem, e para uma semana que se prevê fantástica, não podia deixar aqui uma mensagem de ternura com a segunda coisa melhor do mundo, os amigos de quatro patas.
E cá ficam os meus bichanos a desejar a todos uma boa semana de trabalho, da forma como eles gostam.

O melhor são as crianças

Ao chegar aos 39 anos de idade, é altura para reflectir em alguns pontos da nossa vida. Um deles é o facto de, segundo algumas pessoas, não ter ainda cumprido o meu papel como mulher, ou seja, ser mãe.

Vem isto a propósito do novo desafio que lançámos no jornal «Comércio» sobre os direitos das crianças, a par com o advogado e vereador Paulo Edson Cunha. E já agora, também, amigo desde o primeiro dia do jornal.
Confesso que gostaria de ser mãe, mas houve sempre a velha desculpa da falta de tempo, minha e do meu companheiro. Depois, a situação económica também nunca ajudou por aí além. E eis que assim chego a uma idade onde é quase impossível realizar esse acto até, infelizmente, por questões de saúde.
Mas por vezes a vida também nos dá algumas coisas boas.
E isso tem sido conhecer algumas crianças muito especiais, filhos de amigos meus, com quem tenho, ou tive, ligações também muito especiais (e aqui para nós, sem os lados menos positivos da maternidade, se é que me faço entender).
E uma delas é, sem dúvida, ter conhecido um miúdo maravilhoso que hoje é o meu afilhado. Das suas atitudes, dos seus gestos de enorme carinho para com todos os que o rodeiam, da sua humildade enquanto criança, tiro eu todos os dias maravilhosas lições de vida.
Um sorriso dele, e tenho o dia ganho.
Vem isto a propósito também de outras crianças, essas para quem um sorriso é algo quase desconhecido. Essas a quem as suas acções não iluminam o dia de ninguém, porque não têm quem para elas olhe.
Pensar no Dia da Criança, mais do que celebrar as crianças felizes que vemos com os pais, é lembrar também as crianças para quem a vida é madrasta desde os primeiros tempos.
As crianças que não tiveram o direito de o ser, outras que, por o serem, são castigadas por aqueles que as deviam defender.
Outras simplesmente porque não se sabem defender contra os que julgam ser seus amigos ou protectores.
São para essas crianças que se deve reflectir o Dia da Criança, para aquelas que não têm voz nos dias que passam, para aquelas que sofrem, para aquelas a quem é necessário estender a mão.
E se, apesar de ser apenas uma gota num imenso oceano, essa ajuda poder ser dada através da palavra escrita, então que o ser Jornalista e o ser um Jornal, sirva para tal.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Os nus e os outros

Ontem tive de ir à Segurança Social de Amora para entregar um contrato de trabalho (situação recorrente, porque ao contrário de certa gentalha que por aí anda de peito enfunado, mas não paga e muito menos contrata os empregados, no meu caso, e apesar do esforço que isso significa, todas as pessoas têm os seus direitos garantidos. Mas são opções, e pelos vistos muito bem cotadas na «Bolsa» aqui do Seixal...).
Acontece que normalmente uma visita áquele espaço é um pesadelo.
Ontem foi uma tortura. Fui de manhã tirar a senha C – Contribuintes. Eram 11h20.
A minha senha era o 23. Normal, não fosse que no placard me informassem que só tinham ainda sido atendidas SEIS pessoas. Num espaço que abre às 9h00 da manhã!
Pergunto, o que esteve a senhora responsável a fazer toda a manhã? O mesmo que fez quando me atendeu: demorou quase dois minutos a colocar um simples agrafo em folhas...
Isto para não falar no calor intenso que se sentia. Cá fora, mesmo com muito vento, sempre se estava melhor, encostados à parede, e quem esperava ia carpindo as suas mágoas de tanto tempo de espera. Havia pessoas que tinham tirado a senha pouco depois das 9h00 e eram o 180!!! No entanto, ninguém se disponibilizou a pedir o livrinho, sabem, o Livro de Reclamações. Quando falei nisso, a resposta veio pronta: «Para quê? Eles deitam tudo fora, nem ligam. E depois ainda me anulavam o pedido...»
Sem comentários.
Mas milagre dos milagres. Eis que se aproximam as 16h00, e se as senhas iam no 77 saltam alegremente até ao 111 em apenas cerca de dez minutos. Por muito desespero, não acredito que tenha desistido tanta gente. Será que a hora da saída se aproxima e se apressam os serviços?
Os mesmos serviços e funcionários que dias antes, quando a minha mãe ali esteve, interromperam o serviço durante mais de uma hora, cerca das 10h30, até que as pessoas começaram a ameaçar que iam tomar outras medidas se não voltassem a atender.
Ali mesmo ao lado, uma cigana dizia ufana para outra: sabes, agora já tenho a casa paga, mas tenho de pedir mais porque o meu filho entrou para a escola... ao telefone com uma funcionária, uma brasileira gritava porque não lhe queriam dar o subsidio de parto, enquanto a funcionária lhe explicava vezes sem conta que sem o documento de residência não podia requerer o subsidio. Espantoso mesmo é ver naquele espaço portugueses... mas eu é que sou racista.

Na outra ponta da escala, e porque isto não é só dizer mal, há que dar aleluias pelo novo espaço das Finanças do Seixal (outro local da minha devoção, onde vou várias vezes, exactamente pelos mesmos motivos que expliquei antes). Se antes para pedirmos uma simples explicação eram horas, agora são apenas alguns minutos de espera, e ainda o podemos fazer sentados.
Não sei se o novo espaço trouxe um novo ânimo aos funcionários, mas o que é certo é que as coisas estão bem diferentes.
Haja ao menos alguma alegria no meio da escuridão em que vivemos.

domingo, 23 de maio de 2010

Só uma perguntinha...

Um amigo jornalista enviou-me esta nota que se encontra no site da Câmara Municipal de Oeiras.
Se a autarquia do Seixal recuperar alguns dos concursos do passado (como o de melhor leitor da Biblioteca, etc), poderia utilizar esta ideia.
A minha perguntinha vai no sentido de saber, se por estas bandas se instituisse um prémio assim (haveria concorrentes suficientes, creio eu), quais seriam os critérios, o júri e claro, o vencedor.
Na certa, alguém que responde pela tal "comunicação social responsável" tão do agrado e que tão bem "assina" a língua portuguesa. Mas se calhar, é tudo uma questão de "assentos"...

«30 de Abril – Dia da Imprensa Regional do concelho de Oeiras

15 mil euros para Prémio Gazeta de Oeiras 2009
A Câmara Municipal de Oeiras cumpriu a tradição e assinalou o Dia da Imprensa Regional do concelho de Oeiras, 30 de Abril, apresentando o Prémio Municipal de Imprensa “Gazeta de Oeiras” 2009.
Comemorando-se este ano os 250 anos de elevação de Oeiras a Vila, e pretendendo-se envolver a comunicação social (regional e nacional) nas respectivas comemorações, o Prémio Gazeta de Oeiras 2009 tem uma diferenciação, aprovada pelo Executivo camarário. O objectivo é valorizar a imprensa humanizante, a imprensa do dia-a-dia, a imprensa da proximidade.
Assim, atendendo ao ano comemorativo em que nos encontramos, serão premiados os melhores trabalhos sobre os 250 anos do Concelho de Oeiras, da seguinte forma:
Prémio Câmara Municipal de Oeiras – Nacional – 7.500 €
Prémio Câmara Municipal de Oeiras – Regional – 7.500 €
O prémio destina-se a distinguir o(s) trabalho(s) divulgado(s) nos órgãos de comunicação social sobre os 250 anos do concelho Oeiras, de inequívoca qualidade e que melhor contribua(m) para o conhecimento do ano comemorativo que o concelho atravessa, sendo constituído da seguinte forma:
Sendo um prémio de autor (num valor global para esta edição de 15.000 €), poder-se-ão candidatar os próprios e/ou empresas de comunicação social responsáveis pela difusão de qualquer trabalho - de natureza ESCRITA, FOTOGRÁFICA, RADIOFÓNICA, TELEVISIVA e MULTIMÉDIA - divulgado no ano de 2009, num conjunto de trabalhos a concurso, não superior a três, por cada um dos autores.
Os trabalhos a concurso devem ser entregues no Gabinete de Comunicação (GC) da Câmara Municipal de Oeiras, até ao dia 31 de Dezembro de 2009.
A entrega processar-se-á em envelope fechado dirigido à directora do GC, contendo uma cópia do trabalho original no suporte em que foi difundido, devidamente identificado (nome, morada e número de contribuinte), com menção expressa dos meios de comunicação, datas em que foram divulgados, acompanhado por uma breve nota curricular dos autores (não superior a 1.500 caracteres).
Estes trabalhos serão apreciados na óptica jornalística, por um Júri de reconhecida qualidade, convidado pela Câmara Municipal de Oeiras, e que no âmbito deste normativo é soberano nas suas decisões. À semelhança de anos anteriores o júri de avaliação será maioritariamente externo, constituído por personalidades de reconhecida competência na área.
Como temos vindo a afirmar na Campanha dos 250 Anos, somos todos marqueses, oeirenses, interactivos e poetas. Na verdade, num sentido mais lato, somos todos comunicadores, pontes de conhecimento de uns para outros, de geração em geração, de passado para presente e daqui para o futuro.
Uma dessas pontes, da qual nos orgulhamos, é a Imprensa Regional. Através dela, preservamos identidades. Através dela, contribuímos para o enraizamento porque liga as gentes à terra onde vivem. É aquilo a que podemos chamar de jornalismo de proximidade.
Neste sentido, queremos envolver a Imprensa Regional nas comemorações dos 250 anos. Esta envolvência é um enlace, é como que um abraço entre Oeiras e a sua comunicação mais próxima.»
in: http://www.cm-oeiras.pt/noticias%5CPaginas/DiadaImprensaRegional46.aspx

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Blogues, bloguistas e anónimos

No prefácio do livro «Mitos Urbanos e Boatos», de Susana André (mais uma das autoras entrevistadas pelo «Comércio», mas adiante) Miguel Sousa Tavares escreve o seguinte:

«Os blogues foram inventados por um génio do mal e a pensar especificamente nos portugueses: como dizer mal à vontade e sem identificação nem consequências algumas, para caluniar alguém em total impunidade.
Num país onde a inveja tem sido o sempre o motor da história, os blogues vieram fornecer um instrumento mortífero de destruição de reputações» e acrescento eu, de forma cobarde.

Confesso que não gosto do MST (o autor, que do comboio, ainda não experimentei).
É um direito que me assiste, em especial depois de uma entrevista em que afirmava que via da sua janela o comboio da Ponte ir vazio (quando se levantava), e dava a entender que o povo não merece nada, porque tinha tão bons transportes e continuava a andar de carro. Isto numa altura em que eu ia de comboio para Lisboa, muitas vezes de pé, por falta de lugares sentados. Não sei a que hora se levantaria tão inteligente comentador, mas enfim.

O que interessa é que estas palavras dele vieram a propósito de de um blogue-cloaca que o ataca, sem que o autor se identifique.
Caso para dizer, onde é que já vi isto? Ah, foi por aqui. Temos por cá vários blogues. Curiosamente, tirando um bem conhecido que apresenta casos contra o executivo CDU, os restantes de membros da oposição estão claramente identificados.
O mesmo não acontece, ainda mais curiosamente, e salvo uma honrosa excepção de um deputado municipal que também assina uma coluna no seu jornal, os restantes blogues de ataque à oposição são, pasme-se num concelho de Abril, anónimos.
Como anónimos são sempre, mas sempre, aqueles que atacam os que devidamente se identificam e dizem de caras o que acham, em especial quando estes apontam o dedo ao executivo que dirige os destinos dos seixalenses e seixaleiros há trinta e seis anos.
E esta hein?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Hoje sinto-me feliz

Rectificção:
O querido que me deixou este poema, veio a afirmar que o mesmo só me era dedicado e que não era ele (colocador anónimo do mesmo no blogue Revolta das Laranjas) o seu autor. Mas a mestria e o esforço em procurar algo assim merece na mesma divulgação.
Obrigada, Kiducho!!! Também "gosto muito" de ti!!


É verdade, hoje sinto-me feliz. Um comentário assinado por mim no blogue Revolta das Laranjas, deu azo a que uns "anónimos" me chamasse Lamechas e até, imaginem, me escrevessem um POEMA, e isto até a poucos dias do meu Aniversário, que aqui reproduzo:

Anónimo disse...

Para ti, Carmo Torres:

"Estás com uma tremenda dor de corno
Resolveste escrever uma palavras
Palavras, pura retórica…
Só resta saber onde publica-las
Onde todos te possam ler
E saber…
Que és pessoa de muitas falas

Tantas falas, porque não te calas
Poluis o espaço, sem embaraço
Com tantos calhamaços de nada,
Triste poeta de beira de estrada
Triste criatura, alada
Transformas as asas, em chagas

Chagas aos olhos de quem te lê
Sim, porque alguém sempre te lê
Chagas de mau gosto, arrogância
Fora do contexto
Do espaço, que é nosso
Que é vosso
Estás com uma tremenda dor de corno
Então não causes transtorno
Eleva essa dor, e …
Cria alguma coisa com sabor
Nem que seja a fantasia,
Ou ironia, até mesmo despeito,
Mas cria algo de respeito"
Poetamaldito
18 de Maio de 2010 23:19~

Obrigado, do fundo do coração, a este poetamaldito, porque como dizem os famosos, falem bem ou falem mal de mim. mas falem! E ter tanto tempo livre para uma obra destas é obra!!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sem Comentários

«Director do “DN Madeira” demite-se com acusações ao Governo da Região Autónoma


Jornal de Notícias - 2010-05-13 - Ana Gaspar

Luís Calisto demitiu-se hoje da direcção do “Diário de Notícias da Madeira” tecendo, em editorial, fortes críticas ao Governo Regional, que acusa de fazer “bullying” à comunicação social. Ricardo Miguel Oliveira foi escolhido para ocupar o cargo de director.
“Como é do domínio público, a imprensa é um dos ramos de actividade que mais têm sentido a recessão económico-financeira mundial. No caso, acresce o sufoco e o cerco ao nosso jornal congeminado e perpetrado pelo presidente do Governo da Madeira, dr. Alberto João Jardim, que está a aproveitar as dificuldades deste período negro, com reflexos fatais no mercado insular, para concretizar o seu antigo projecto de fechar o DIÁRIO”.
É desta forma que Luís Calisto inicia o seu editorial, publicado na edição de ontem do “DN Madeira”, depois de explicar aos leitores que se trata de uma “decisão pessoal”.
Em quase uma página, o director demissionário elenca as muitas situações que, no seu entender, asfixiam a publicação e que descreve como actos de ?bullying? contra a imprensa regional.

Ameaça de despedimentos

A 31 de Julho de 2009, este responsável assinava um outro editorial onde dava conta do despedimento de 13 funcionários, dez dos quais jornalistas, atribuindo a responsabilidade a Alberto João Jardim. Ontem, Luís Calisto voltou a falar desta questão. “Há despedimentos à vista”, revela no texto que assina. Contactada pelo JN, fonte do Governo Regional disse que não seriam prestadas declarações sobre as acusações.
José Bettencourt da Câmara, presidente do conselho de gerência do jornal (detido em 40% pela Global Notícias, dona do JN, e em 60% pelo Grupo Blandy) explica que a administração do jornal não tece comentários à demissão de Luís Calisto, por se tratar de uma “decisão pessoal”. O responsável confirma, no entanto, a previsão de novos despedimentos. “Os primeiros quatro meses do ano não foram nada famosos, ainda por cima com esta concorrência selvagem. Por este caminho, não vemos outra alternativa”.
Este facto foi comunicado à redacção numa reunião ontem à tarde, onde foi anunciado o nome de Ricardo Miguel Oliveira, que já acumulava as funções de editor-executivo do DN Madeira e director da TSF-Madeira.

Queixas à reguladora

A administração do “DN Madeira” apresentou em Agosto uma queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), acusando o “Jornal da Madeira” (JM) de “concorrência desleal”. Há duas semanas os responsáveis foram recebidos por Azeredo Lopes, presidente da ERC, que prometeu uma decisão em breve, revela Bettencourt da Câmara.
Na sequência dos acontecimento, o PS-Madeira anunciou que vai solicitar um inquérito parlamentar na Assembleia Regional e a intervenção da ERC naquele que chama, citado pela agência Lusa, de “tentativa de controlo” do sector pelo Governo Regional.»

sábado, 15 de maio de 2010

Livros, livros e livros

Acabada de chegar da feira do livro, cansada mas mais ou menos satisfeita.

Bons livros, bons preços, mas muita gente e pouco, muito pouco espaço para uns minutos de descanso. E nem consegui descobrir os WC...
Acho que a feira já merecia um espaço diferente, para que não se tivesse de andar «ao molho», onde se pudesse tirar um tempinho, onde se pudesse conversar ou ouvir melhor as conversas com os autores.
Lá trouxe uns livritos de culinária, em segunda mão, que a vida não dá para obras novas, embora me tivessem ficado os olhos em alguns livros da Filipa Vacondeus e do sempre grande Chefe Silva.
Mas enfim, do mal o menos, os preços (embora os editores se mostrassem preocupados com o aumento do malfadado IVA) baratinhos, não deixaram ninguém abalar de mãos vazias.
E muitos dos clientes eram crianças.
 
Por falar em livros e em crianças, ontem levei o meu afilhado à Bilbioteca Municipal do Seixal. Foi a primeira vez que lá entrou e ficou pasmado. Percorremos tudo, viu e mexeu em livros, e disse-me completamente absorvido que "aqui há milhões de livros!"
Disse-lhe que não eram tantos, mas que esta devia ser uma das melhores bibliotecas do país. Foi muito gratificante ver a forma como ele percorreu as estantes, como foi descobrindo que os livros têm muitas formas, e encadernações, que são grandes calhamaços (termo que lhe ensinei ontem) e que podem vir em todos os tamanhos e cores e há para todos os gostos.
Com sete anos, recém-feitos, espero que ele venha a ter tanto amor pelos livros como a madrinha, e como já tem pelos números... com uma ajudinha da minha parte.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E o manso sou eu?

Não é meu, roubei de um comentário no blogue emalmada.blogspot.com, mas não resisto a publicar, com o meu pedido de desculpas para o anónimo que ali o postou.

«Anónimo disse...
Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português:
Sabes, nós os portugueses somos pobres ...
Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e cartas de crédito ao triplo que nós pagamos EUA?
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 20% dos ricos que vivem em Portugal.
E contentes com estes 20%, pagais ainda impostos municipais.
Além disso, são vocês que têm " impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc, que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até certos a 300 % do valor original., e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e autarcas.
Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.
Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 euros.
Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.

Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.
Vocês, portugueses ou são uns estúpidos ou uns mansos
Sexta-feira, Maio 14, 2010 8:00:00 PM»

JOAQUIM FIGUEIREDO NA 80ª FEIRA DO LIVRO DE LISBOA

Dia 15 de Maio de 2010, sábado, das 17 às 18 horas, Joaquim Figueiredo (colaborador regular do «Comércio») vai estar presente, no pavilhão C01 da Feira do Livro de Lisboa, a autografar o seu livro «Eu, Português Impuro, no Caminho Francês de Santiago», publicado com a chancela da editora Fonte da Palavra.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Impostos, vírus e estupidez

Depois de na campanha eleitoral, Sócrates bradar bem alto que nunca iria aumentar os impostos, eis que começa o ‘Annus Horribilis' (agora corrigido) dos portugueses... IVA sobe, compra-se e gasta-se menos, as empresas não vão aguentar ainda mais esta e serão mais os desempregados.
«Ouve o que eu digo, não te fies no que eu faço» parece ser o lema deste Governo, agora com o total apoio daquele que era «o principal partido da oposição». É a crise, dizem-nos...
Mas nada a recear porque teremos sempre o Apoio Social de Inserção.
Bem, teremos se não formos portugueses, caso contrário, o caso fica bicudo...

Sobre os vírus, então não fiquei a saber, eu que até trabalhei na área da informática, que anda por aí um vírus informático a atacar, imagine-se, os teclados do computador!!!!
Ora este vírus é tão “estravagante” que perturba mesmo a edição de jornais... a tal ponto é problemático este vírus no teclado do computador, que retira mesmo os “assentos” das palavras...
Tanta é a minha estupidez que ainda não tinha dado que quando escrevo mal, não é culpa da falta de cultura da língua portuguesa, mas antes de um vírus no teclado do computador!
Tenham cuidado, e vejam lá, não deixem os teclados desprotegidos... é que depois podem querer dar os parabéns a alguém e só desejar um bom "aniversaro"

terça-feira, 11 de maio de 2010

«Não, este não é o nosso 25 de Abril»

«Vivemos num concelho em que há medo de expressar opinião contrária porque o apparatchik partidário tomou conta do bem público, e em que a propaganda e os subsídios são armas de promoção partidária. Não, este não é o nosso 25 de Abril.
Senhor Presidente, não basta celebrar a Liberdade e a Democracia. Porque uma democracia em que o poder corre em circuito fechado não é digna da herança que recebeu. De pouco vale celebrar a data da mudança de um regime se o vento continuar a calar a desgraça.»

Estas são palavras do discurso de Deputado Municipal do CDS-PP Fernando Sousa da Pena, um Almadense, na Sessão Comemorativa do 25 de Abril da Assembleia Municipal de Almada. O discurso, que pode ser lido na integra no blogue deste deputado, ou em emalmada.bloguespot.com, merece ser lido na totalidade.
O mesmo discurso causou a saída da sala do executivo da maioria da Câmara Municipal de Almada.
Pena que, 36 anos depois do 25 de Abril de 1974, sejam nas Câmaras da Margem Sul que se ouçam estes discursos da oposição, e se tenham estas atitudes....

terça-feira, 4 de maio de 2010

Professora agredida: Leonídia Marinho

Recebi este email de um amigo que é professor, com o pedido de passar a todos os que conhecesse...

PARTICIPAÇÃO DISCIPLINAR MUITO GRAVE:

Grupo Disciplinar: 10º B - Filosofia
Agressor:
Contextualização:
Dia vinte e seis de Março de 2010. Último dia de aulas. Às 14 horas dirigi-me à sala 15 no Pavilhão A para dar a aula de Área de Integração à turma 10º DG do Curso Profissional de Design Gráfico.
Propus aos alunos a ida à exposição no Polivalente e à Feira do Livro, actividades a decorrer no âmbito dos dias da ESE. A grande maioria dos elementos da turma concordou, com excepção de três ou quatro elementos que queriam permanecer dentro da sala de aula sozinhos. Deixar que os alunos fiquem sozinhos na sala de aula sem a presença do professor é algo que não está previsto no Regulamento Interno da Escola pelo que, perante a resistência dos alunos que não manifestavam qualquer interesse nas actividades supracitadas decidi que ficaríamos todos na sala com a seguinte tarefa: cada aluno deveria produzir um texto
subordinado ao tema "A socialização" o qual me deveria ser entregue no final da aula. Será preciso dizer qual a reacção dos alunos? Apenas poderei afirmar que os alunos desta turma resistem sempre pela negativa a qualquer trabalho porque a escola é, na sua perspectiva, um espaço de divertimento mais do que um espaço de trabalho. Digamos que é uma Escola a fingir onde TUDO É PERMITIDO!
É muito fácil não ter problemas com os alunos. Basta concordar com eles e obedecer aos seus caprichos. Esta não é, para mim, uma solução apaziguadora do meu estado de espírito. Antes pelo contrário. A seriedade é uma bússola que sempre me orientou mas tenho que confessar, não raras vezes, sinto imensas dificuldades em estimular o apetite pelo saber a alunos que têm por este um desprezo absoluto. As generalizações são abusivas. Neste caso, não se trata de uma generalização abusiva mas de uma verdade inquestionável. Permitam-me um desabafo: os Cursos Profissionais são o maior embuste da actual Política Educativa. Acabar com estes cursos? Não me parece a solução.
Alterem-se as regras.

Factos ocorridos na sala de aula:
Primeiro Facto: Dei início à aula não sem antes solicitar aos alunos que se acomodassem nos seus lugares. Todos o fizeram exceptuando o aluno ***********, que fez questão de se sentar em cima da mesa com a intenção manifesta de boicotar a aula e de desafiar a autoridade da professora.
Dei ordem ao aluno para que se sentasse devidamente e este fez questão de que eu o olhasse com atenção para verificar que ele, ***********, já estava efectivamente sentado e ainda que eu não concordasse com a sua forma peculiar de se sentar no contexto de sala de aula, seria assim que ele continuaria: sentado em cima da mesa. Por três vezes insisti para que o aluno se acomodasse correctamente e por três vezes o aluno resistiu a esta ordem. Reacção da maioria dos elementos da turma: Risada geral.
Reacção do aluno *********: Olhar de agradecimento dirigido aos colegas porque afinal a sua "ousadia" foi reconhecida e aplaudida.
Reacção da professora: sensação de impotência e quebra súbita da auto-estima.
Senti este primeiro momento de desautorização como uma forma que o aluno, instalado na sua arrogância, encontrou de me tentar humilhar para não se sentir humilhado.
Como diria Gandhi, "O que mais me impressiona nos fracos, é que eles precisam de humilhar os outros, para se sentirem fortes..."
Saliento que neste primeiro momento da aula a humilhação não me atingiu a alma embora essa fosse manifestamente a intenção do aluno.
Segundo Facto: Dei ordem de expulsão da sala de aula ao aluno **********, com falta disciplinar. O aluno recusou sair da sala e manteve-se sentado em cima da mesa com uma postura de "herói" que nenhum professor tem o direito de derrubar sob pena de ter que assumir as consequências físicas que a imposição da sua autoridade poderá acarretar.
Nem sempre um professor age ou reage da forma mais correcta quando é confrontado com situações de indisciplina na sala de aula. Deveria eu saber fazê-lo? Talvez! Afinal, a normalização da indisciplina é um facto que ninguém poderá negar. Deveria ter chamado o Director da Escola para expulsar o aluno da sala de aula? Talvez...mas não o fiz.
Tenho a certeza de que se tivesse sido essa a minha opção a minha fragilidade ficaria mais exposta e doravante a minha autoridade ficaria arruinada.
Dirigi-me ao aluno e conduzi-o eu própria, pelo braço, até à porta para que abandonasse a sala. O aluno afastou-me com violência e fez questão de se despedir de uma forma tremendamente singular: colocou os seus dedos na boca e em jeito de despedida absolutamente desprezível, atirou-me um beijo que fez questão de me acertar na face com a palma da mão. Dito de uma forma muito simples e SEM VERGONHA: Fui vítima de agressão. Pela primeira vez em aproximadamente vinte anos de serviço.
Intensidade Física da agressão: Média (sem marcas).
Intensidade Psicológica e Moral da agressão: Muito Forte.
Reacção dos alunos: Riso Nervoso.
Reacção do aluno **********: Ódio visível no olhar.
Reacção da professora: Humilhação. Ainda que eu saiba que a humilhação é fruto da arrogância e que os arrogantes nada mais são do que pessoas com complexos de inferioridade que usam a humilhação para não serem humilhados, o que eu senti no momento da agressão foi uma espécie de visita tão incómoda quanto desesperante. Acreditem: a visita da humilhação não é nada agradável e só quem já a sentiu na alma pode compreender a minha linguagem.
Terceiro Facto: O aluno preparava-se para fugir da sala depois de me ter agredido e, conforme o Regulamento Interno determina, todos os alunos que são expulsos da sala de aula terão que ser conduzidos até ao GAAF, Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família. Para o efeito, chamei, sem êxito, a funcionária do Pavilhão A, que não me conseguiu ouvir por se encontrar no rés-do-chão. Enquanto tal, não larguei o aluno para que ele não fugisse da escola (embora lhe fosse difícil fazê-lo porque os portões da escola estão fechados).
Mais uma vez, o aluno agrediu-me, desta vez, com maior violência, sacudindo-me os braços para se libertar e depois de conseguir o seu objectivo, começou a imitar os movimentos típicos de um pugilista para me intimidar. Esta situação ocorreu já fora da sala de aula, no corredor do último piso do Pavilhão A.
Reacção dos alunos (que entretanto saíram da sala para assistir à cena lamentável de humilhação de uma professora no exercício das suas funções): Risada geral.
Reacção do aluno ********: Entregou-se à funcionária que entretanto se apercebeu da ocorrência.
Reacção da Professora: Revolta e Dor contidas que só o olhar de um aluno mais atento ou mais sensível conseguiria descodificar. Porque, acreditem: dei a aula no tempo que me restou com uma máscara de coragem que só caiu quando a aula terminou e sem que nenhum aluno se apercebesse. Entretanto, a funcionária bateu à porta para me informar que o aluno queria entrar na aula para me pedir desculpa pelo seu comportamento "exemplar".
Diz-se que um pedido de desculpas engrandece as partes: quem o pede e quem o aceita. Não aceitei este pedido por considerar que, fazendo-o, estaria a pactuar com um sistema em que os professores são constantemente diabolizados, desprestigiados e ameaçados na sua integridade física e moral. Em última análise, a liberdade não se aliena. O aluno escolheu o seu comportamento. O aluno deverá assumir as consequências do comportamento que escolheu e deverá responder por ele. É preciso PUNIR quem deve ser punido. E punir em conformidade com a gravidade de cada situação. A situação relatada é muito grave e deverá ser punida severamente. Sou suspeita por estar a propor uma pena severa? Não! Estou simplesmente a pedir que se faça justiça.
Vamos ser sérios. Vamos ser solidários. Vamos lutar por uma Escola Decente.Ps: Este caso já foi participado na Polícia e seguirá para Tribunal.
Ermesinde, 30 de Março de 2010
A Professora _________________________

domingo, 2 de maio de 2010

Almoçar no «Forte»

E foi isso mesmo que fiz hoje. Não por ser Dia da Mãe, mas antes por ser domingo, eis-nos às duas a passear até à Outra Banda. Como sempre, não levo destino, como sempre, limito-me a seguir setas e estradas, sem saber onde vão dar. E depois, quando por vezes quero voltar, népias, não sei lá ir.
Hoje fui até à zona saloia, Caneças e afins e finalmente subi até à Serra de Monte Agraço. Não subi mesmo até ao forte do Alqueidão, porque a estrada mostrava alguns buracos e como a minha mãe fez questão de frisar, «o boguinhas não é um Jipe!».
Pronto, limitei-me a subir até às enormes eólicas que ali estão, e deixei o resto da visita para outra altura. Desci e eis-me no restaurante «O Forte», ali mesmo à beira da estrada e à entrada para a tal subida que leva ao forte.
Uma sala enorme, com tectos em madeira e antigos quadros nas paredes, que contavam, imagine-se, as batalhas da invasão francesa em Portugal, bem como mostravam as fardas de militares.
Em mesas simpáticas, foi servido um pão caseiro gostoso, acompanhado de umas azeitonas que pecavam apenas por pouco sabor, embora grandes.
A escolha foi rápida: uma dose de cozido e um jarrinho de branco da casa.
Embora com um serviço um pouco lento (apenas uma pessoa e o patrão a atender), a espera era suportável pela simpatia. E valeu a pena.
Uma dose dava para alimentar uma família. Batatas, cenoura, nabo, repolho, carnes a perder de vista e um pratinho com arroz cozido nos enchidos e os ditos.
O branco era espesso, maduro até dizer basta, aromático e perfeito para o almoço.
Mais dois cafés e a conta: 15 euros, bem como o jantar a levar para casa, com o restante cozido.
Se ali volto, sem dúvida, e de preferência com um jipe, para explorar aquilo ao pormenor e depois degustar outro cozido à boa maneira portuguesa.

«FORTE DO ALQUEIDÃO (ou Forte Grande)
O Forte do Alqueidão faz parte de um conjunto de oito fortes ou redutos existentes no concelho de Sobral de Monte Agraço e que integravam a 1ª Linha de Torres Vedras, que teve um papel decisivo na vitória contra a 3.ª invasão francesa.
Localizado a cerca de 2 Km a Sul de Sobral de Monte Agraço na serra de Monte Agraço, a 439 m de altitude aí se localizava o posto de comando das Linhas pois este era o ponto de cota mais alta de todo o sistema defensivo, à frente do qual ficava um favorável campo de batalha.
No local ainda se podem reconhecer as posições de fogo, as trincheiras e os fossos que serviram para reforçar todo este complexo defensivo de grande valor estratégico.
A comprovar a importância estratégica do Forte do Alqueidão, está também a localização dos quartéis-generais de Wellington e Bereford no Concelho do Sobral.
É simultaneamente um dos mais belos miradouros da Estremadura, de onde se pode observar uma paisagem deslumbrante.»
Informação da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço

sábado, 1 de maio de 2010

Apelo para gatinhas

Pronto, já fiquei com o coração destroçado, ao ver estas meninas a precisar de uma casa. Não fosse o cachorrão do Belchior, mais a Ritinha, o Bruno e a Sofia, os gatinhos da casa, e sei de quem ia já até ao Canil /Gatil do Seixal buscar umas peludinhas. Mas a casa já não suporta mais quatro patas (sem falar no Afonso, o peixão).
Por isso cá fica o apelo:
«Bebés! Muitos bebés!
Chegaram todos esta semana ao canil! Só bebés!!! Aguardam adopção urgente, mas responsável!
Este é um novo "molho" de meninas! Chegaram esta semana, e são só raparigas! Giras!!!!!
Mais informação em http://amigos-animais-seixal.blogspot.com/ »

Falem de mim...

Sem querer defender ninguém, mas acho que a montanha pariu um rato. Costuma dizer-se na gíria que «não interessa se falam bem ou mal de mim, desde que falem», e este é claramente o caso criado pelo director do Jornal Sol. Ninguém está isento, na comunicação social, das pressões dos partidos, quer seja por excesso ou por defeito.

Mas negar informação durante o processo, só prova que algo não era verdadeiro. Penso eu de que...
 
«Deliberação do Conselho Regulador sobre o "caso Sol"

O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou, no exercício das suas atribuições previstas nas alíneas a) e c) artigo 8.º dos seus Estatutos, e perante os elementos constantes do processo, «proceder ao arquivamento do processo relativo às pressões políticas e económico-financeiras denunciadas pelo director do jornal Sol».
Em causa estavam as denúncias públicas feitas pelo director do jornal Sol relativas a tentativas de “chantagem” sobre a sua direcção editorial e a tentativa de “estrangulamento” económico-financeiro, com o objectivo de condicionar a sua linha editorial ou, no limite, conduzir à extinção do jornal.
O Conselho Regulador considera, «relativamente às alegadas pressões políticas feitas, por via telefónica, sobre a direcção editorial do Sol, que, num caso, não foi sequer identificada, por escusa do jornalista, a origem das mesmas, e, no outro, não foi confirmado, por flagrante contradição dos declarantes, o teor do diálogo em questão».
Para o Conselho Regulador da ERC, «não ficou provado que a mudança na Administração do Grupo BCP, ocorrida em Fevereiro de 2008, tivesse alterado a conduta e a estratégia da BCP Capital enquanto accionista da sociedade proprietária do jornal Sol, fosse através da suspensão de créditos ou de patrocínios, fosse através da redução da compra de espaço publicitário no jornal, não podendo, por conseguinte, dar-se como confirmada a existência de pressões de natureza política do BCP sobre o semanário Sol, com a finalidade de esta instituição bancária procurar condicionar a orientação editorial do jornal Sol».
Em suma, considera o Conselho Regulador da ERC que, ponderados os depoimentos prestados perante a ERC e tudo o que foi possível apurar-se na documentação junta ao processo, não ficaram provadas as pressões políticas e económico-financeiras denunciadas pelo director do jornal Sol.»