sexta-feira, 21 de maio de 2010

Blogues, bloguistas e anónimos

No prefácio do livro «Mitos Urbanos e Boatos», de Susana André (mais uma das autoras entrevistadas pelo «Comércio», mas adiante) Miguel Sousa Tavares escreve o seguinte:

«Os blogues foram inventados por um génio do mal e a pensar especificamente nos portugueses: como dizer mal à vontade e sem identificação nem consequências algumas, para caluniar alguém em total impunidade.
Num país onde a inveja tem sido o sempre o motor da história, os blogues vieram fornecer um instrumento mortífero de destruição de reputações» e acrescento eu, de forma cobarde.

Confesso que não gosto do MST (o autor, que do comboio, ainda não experimentei).
É um direito que me assiste, em especial depois de uma entrevista em que afirmava que via da sua janela o comboio da Ponte ir vazio (quando se levantava), e dava a entender que o povo não merece nada, porque tinha tão bons transportes e continuava a andar de carro. Isto numa altura em que eu ia de comboio para Lisboa, muitas vezes de pé, por falta de lugares sentados. Não sei a que hora se levantaria tão inteligente comentador, mas enfim.

O que interessa é que estas palavras dele vieram a propósito de de um blogue-cloaca que o ataca, sem que o autor se identifique.
Caso para dizer, onde é que já vi isto? Ah, foi por aqui. Temos por cá vários blogues. Curiosamente, tirando um bem conhecido que apresenta casos contra o executivo CDU, os restantes de membros da oposição estão claramente identificados.
O mesmo não acontece, ainda mais curiosamente, e salvo uma honrosa excepção de um deputado municipal que também assina uma coluna no seu jornal, os restantes blogues de ataque à oposição são, pasme-se num concelho de Abril, anónimos.
Como anónimos são sempre, mas sempre, aqueles que atacam os que devidamente se identificam e dizem de caras o que acham, em especial quando estes apontam o dedo ao executivo que dirige os destinos dos seixalenses e seixaleiros há trinta e seis anos.
E esta hein?

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