sábado, 1 de maio de 2010

Falem de mim...

Sem querer defender ninguém, mas acho que a montanha pariu um rato. Costuma dizer-se na gíria que «não interessa se falam bem ou mal de mim, desde que falem», e este é claramente o caso criado pelo director do Jornal Sol. Ninguém está isento, na comunicação social, das pressões dos partidos, quer seja por excesso ou por defeito.

Mas negar informação durante o processo, só prova que algo não era verdadeiro. Penso eu de que...
 
«Deliberação do Conselho Regulador sobre o "caso Sol"

O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou, no exercício das suas atribuições previstas nas alíneas a) e c) artigo 8.º dos seus Estatutos, e perante os elementos constantes do processo, «proceder ao arquivamento do processo relativo às pressões políticas e económico-financeiras denunciadas pelo director do jornal Sol».
Em causa estavam as denúncias públicas feitas pelo director do jornal Sol relativas a tentativas de “chantagem” sobre a sua direcção editorial e a tentativa de “estrangulamento” económico-financeiro, com o objectivo de condicionar a sua linha editorial ou, no limite, conduzir à extinção do jornal.
O Conselho Regulador considera, «relativamente às alegadas pressões políticas feitas, por via telefónica, sobre a direcção editorial do Sol, que, num caso, não foi sequer identificada, por escusa do jornalista, a origem das mesmas, e, no outro, não foi confirmado, por flagrante contradição dos declarantes, o teor do diálogo em questão».
Para o Conselho Regulador da ERC, «não ficou provado que a mudança na Administração do Grupo BCP, ocorrida em Fevereiro de 2008, tivesse alterado a conduta e a estratégia da BCP Capital enquanto accionista da sociedade proprietária do jornal Sol, fosse através da suspensão de créditos ou de patrocínios, fosse através da redução da compra de espaço publicitário no jornal, não podendo, por conseguinte, dar-se como confirmada a existência de pressões de natureza política do BCP sobre o semanário Sol, com a finalidade de esta instituição bancária procurar condicionar a orientação editorial do jornal Sol».
Em suma, considera o Conselho Regulador da ERC que, ponderados os depoimentos prestados perante a ERC e tudo o que foi possível apurar-se na documentação junta ao processo, não ficaram provadas as pressões políticas e económico-financeiras denunciadas pelo director do jornal Sol.»

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