terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ele há coisas...

Agora, estava aqui muito sossegada a descansar depois de algumas limpezas de Verão na casa da minha mãe (sim, porque uma pensão de velhice à qual tiram por mês mais de trinta euros de IRS, se calhar com medo que ela não chegue ao final do ano para o pagar como até agora, não dá para contratar serviços de limpeza), quando esta me vem chamar para ir à janela.
Uma perseguição policial a um veículo-frigorifico de transporte de mercadorias. Claro que mesmo em férias, sou sempre jornalista e ver tudo de uma posição elevada, era um “pitéu”.
Então dois carros patrulha da PSP e um Fiat Punto fizeram o motorista encostar com muitos toques de sirene e fazendo mesmo outros motoristas encostar. Em alta velocidade e poucos minutos depois, chega mais um carro patrulha.
Tudo muito rápido, dois agentes sobem à zona de carga e...
Abalam todos poucos minutos depois. O motorista, esse ficou ainda uns momentos parado, a beber água, recompondo-se na certa.
Esta não é a primeira vez que tal acontece aqui. E sempre, pelo menos que eu tenha assistido, mandando seguir depois o condutor. E sempre em horário diurno.
Mas não é isso que me leva a escrever.
Na rua onde mora a minha mãe é prato do dia andarem uns “meninos” a praticarem rally a altas horas da noite. Chama-se a PSP, e aparecem aqui uma hora depois, quando aparecem.
Há uns anos atrás, o café aqui da rua foi assaltado.
Eram 3h00 da manhã e de imediato liguei para a PSP da Torre da Marinha, avisando que o assaltante ainda lá estaria dentro. Quarenta e cinco minutos depois, como ainda ninguém tinha vindo, liguei de novo, e perguntei se estavam de greve.
Resposta: iam ver se podia vir aqui porque estavam sem carros disponíveis.
Um assalto a decorrer, uma denúncia, e não há carros patrulha disponíveis??
Mas pelos vistos há carros patrulha disponíveis para fazer encostar motoristas de carros comerciais durante o dia.
Não quero criticar as forças policiais, que já sofrem o bastante, porque vêem os seus poderes e direitos limitados, e os meliantes que apanham a ser soltos ainda antes de eles terem terminado os relatórios, mas também ver coisas assim, em que até se colocam em perigo outros condutores, não fica nada bem.
Será mais importante a fiscalização de veículos comerciais (já guiei alguns e sei que são alvos fáceis a ponto de ter tido uma multa de excesso de velocidade por circular a mais de 2km/hora do que o indicado), mas não será ainda mais importante a segurança dos cidadãos? Três carros patrulha e um veiculo civil não serviriam melhor noutro local?

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