«Afinal, em Janeiro deste ano morreram 83 pessoas nas estradas portuguesas, mais 19 do que o que tinha sido anunciado até agora. De acordo com o novo método de contabilização da sinistralidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) – conhecido por ‘vítimas mortais a 30 dias’, uma vez que deixa de considerar como vítima mortal apenas quem morre no local do acidente ou a caminho do hospital –o aumento atinge os 30 por cento. Correio da Manhã»
Não posso dizer que fiquei contente com esta notícia, porque ninguém pode ficar, mas é muito positiva porque, sendo algo que sempre defendi, pode ser que abra os olhos a alguns que circulam nas estradas como doidos.
Ainda hoje vi um enorme acidente na recta dos Fuzileiros de Coina. Um individuo com um BMW, com a mulher e uma filha de alguns meses, embateu de frente com um Fiat, cerca das 11h00. O trânsito ficou parado mais de uma hora e demorou cerca de quatro horas até limparem tudo.
Causa? Uma ultrapassagem numa zona de curvas e fraca visibilidade.
Resultado: a esposa, que viajava no lugar do «morto», poderá ter perdido as duas pernas, pelo estado em que a desencarceraram do BMW, a criança ficou ferida, bem como os dois condutores.
Valeu a pena a ultrapassagem?
Sobre a notícia, como disse, é algo que defendo, tendo perdido três amigos em acidentes rodoviários, depois de entrarem no Hospital.
Mariana, atropelada na estrada onde estava parada por avaria do seu carro.
Paula, atropelada ao sair do carro de uma amiga, por um anormal que circulava bêbedo.
Ricardo, atropelado na sua mota devido a uma manobra de um velho jarreta a sair do lugar onde tinha parado na estrada para comprar batatas.
Todos entraram com vida no Hospital. Todos morreram lá.
Poderá ser que o aumento dos números assustem os «Fitipaldis» da estrada? Ou vamos continuar a ter gente que se esquece que de cada vez que liga o motor do carro, está a lidar com uma máquina que muito rapidamente se pode transformar numa máquina de morte?
2 comentários:
Vejam como se desmascara facilmente a hipocrisia do Partido Socialista e dos seus mais "destacados" militantes no blogue O Flamingo.
Tenho dito.
Caro "J.S. Teixeira", como sabe, comento sempre os comentários.
E não podia estar mais de acordo consigo em relação à farinha e ao saco, embora para mim, englobasse neste saco mais alguns "políticos".
Mas também tenho respeito pelas opiniões diferentes.
E, ao fim ao cabo, como disse um destacado deputado municipal da CDU numa determinada ocasião, por vezes o dizer mal dos "inimigos" ou dos que se consideram como "inimigos", nada mais é do que fazer a "tal política".
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