sábado, 28 de agosto de 2010

Valham-me todos os santinhos!

Eu meto-me em cada uma. Realmente.
E não, não estou a falar aqui no tal encontro que ainda estou à espera, mas isso é outra conversa.
Agora falo de mim e da minha mania de que sou capaz de fazer um pouco de tudo.
Mas comecemos pelo princípio, ou seja, a preguiça do meu pai. Pois, era uma pessoa porreira, mas muito preguiçoso. E assim que começou a ver que eu até achava piada em mudar candeeiros, pintar paredes ou andar com um berbequim nas mãos (sempre achei que ficava sexy com um), vá de me ensinar a fazer isso tudo.
E claro, depois vem também a minha teimosia em entender que se há forma de fazer aquilo, eu posso. É cá uma forma de ser.
E ainda mais claro, é o facto de cá em casa não haver agora mais ninguém para fazer as coisas, e menos ainda fundos para mandar vir cá alguém para mudar um candeeiro ou pintar uma sala.
E foi isso mesmo que ontem andei a fazer, a pintar uma sala na casa da minha mãe. Depois da odisseia de férias que foi limpar os tectos, agora deu-me para pintar a sala. Há dois anos pintei os móveis em madeira, mas isso foi uma brincadeira comparado com isto.
Cruzes.
Posso dizer que a tinta barata do Continente até é muito boa e limpa-se bem. Felizmente. É que nem com jornais (daqueles que só servem mesmo para isso, como os do supermercado passadas as promoções, claro, de quais é que havia de estar a falar?) espalhados pelo chão me livrei de salpicar tudo. Mas um pano húmido e o assunto ficava resolvido.
Pior mesmo foi ter dado cabo do estore ao puxar tudo para cima, e lá vai mais meia hora a resolver a situação (felizmente mais uma das aulas do meu pai).
E pior ainda foi ter partido o candeeiro da sala. Sim e logo daqueles de vidro preto, com faisões a imitar a louça chinesa, que já estiveram na moda, mas agora será impossível encontrar um novo para substituir. Aqui nem todas as aulas ou cola da loja chinesa podia resolver o assunto. Ai, ai.
E depois vá de pegar no rolo e na trincha e, como se diz em bom português, «lá vai alho».
A sala ficou bonita. E eu também. É que nem todos os exercícios no ginásio nos preparam para isto. Rolo acima, rolo abaixo, trincha para todos os lados, e o resultado foi uma dor nas costas terrível, e as mãos inchadas.
Mas também a satisfação do dever cumprido. E mais uma das coisas a fazer que tiro da minha lista. Mas palavra que para a próxima, vou ver se compro uma pistola de tinta e despacho a coisa. É que isto dói e de que maneira.

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