domingo, 6 de junho de 2010

Imoralidades sem rosto

"Roubei" este magnifico texto do blogue «O Insurgente», e acho que se aplica inteiramente aos «corajosos» que se servem da Internet para o único uso que lhe descobriram, a calúnia. (Ao menos, que se entretessem a ver sites pornográficos, podia ser que assim encontrassem um alívio para as suas necessidades...)


«Imoralidades sem rosto
Março 2, 2010
Arquivado em: Justiça — filipeabrantes @ 15:52
Um indivíduo que se veja ofendido ou caluniado por um manifesto anónimo tem o direito de procurar a autoria desse manifesto e de a divulgar publicamente. Exemplo: “Apurei que o autor do manifesto que me insultou sob a capa do anonimato, chama-se X, vive em Y e faz Z”. Mesmo que as ofensas ou as calúnias não passem de verdades, é um direito que lhe assiste pois o direito ao bom nome é isto mesmo, a confrontação de versões para que seja possível um apuramento da verdade (ao contrário da ideia dos legalistas que pensam que o direito ao bom nome é o direito a pedir assistência ao aparelho judicial e respectivo braço armado que vão ao bolso do alegado caluniador).
Mais: esse indivíduo tem o direito até de publicar um contra-manifesto num site pessoal ou de o afixar, por exemplo, em locais públicos (que, sendo “públicos”, não devem ser monopólio de propaganda partidária mentirosa nem de publicidade de gosto duvidoso, já agora).
Mais ainda: a revelação da identidade do caluniador pode ser feita pelo visado ou pode ser delegada a terceiros. Nada tem de errado ou de imoral nisso. Fazê-lo num jornal não tem nada de chocante, porque para além de haver legitimidade para tal (a propriedade do jornal assim o permite) essa revelação até pode ser vista pelo jornalista como tendo interesse público (se tem ou não, não sei nem interessa para o caso).
Temos assim o caso do “Jumento”, um quadro superior do Ministério das Finanças que, sob a capa do anonimato, passava o seu tempo a enxovalhar personalidades públicas ou outras pessoas que dão o nome e a cara em blogues concorrentes e que agora viu o seu nome e profissão divulgados publicamente.
Olha que chatice.»

Nem mais, embora só não concorde com colocar isso nos jornais, porque o papel é demasiado caro para isso. Mas é um conselho a ter em conta.

5 comentários:

J.S. Teixeira disse...

Estou mortiiiinho para que a Maria do Carmo siga o conselho do Insurgente. Aliás, se não tiver coragem, pode ser recorrer a uns milicianos para fazerem aquilo que você não tem coragem.

Tenho dito.

Maria do Carmo disse...

Ó carissimo "J.S. Teixeira", mas quem é que lhe diz que não o vou fazer?
Ai, que mal conhece as mulheres...
E como gaja de peso que sou, nem preciso de milicianos.
Mas tudo isto é por não ter comentários de "corajosos" no seu facebook?
Não se preocupe, aqui eu só coloco também os que se identificam, não vão eles ofender o seu delicado ego.

M. disse...

Maria do Carmo, já percebi que é uma mulher de força e que vai até ao fim.

Mas vou deixar-lhe um concelho de uma pessoa um pouco mais velha.

Saiba que comprendo a sua posição, mas á coisas que não vale a pena, e não me leve isto a mal, mas discutir com animais irracionais não a levará a lado nenhum.

Esta coisa que assina como flamingo, surgiu de um esgoto e rebaixar-se a ele é segui-lo pelo mesmo caminho.

Lembre-se do exemplo de outros a quem ele tentou beliscar, e que com o seu silêncio o levaram a recolher-se á toca. Agora diz que voltou e escolheu novo alvo, sabe-se lá ás ordens de quem.

repito-lhe, não embarque nisso, despreze quem não merece mais do que desprezo, e oriente a suas forças para continuar a fazer o único jornal decente do concelho. Isso sim, é uma luta digna de si.

Maria do Carmo disse...

Caro M, agradeço o seu conselho.
Já outros mo deram, mas nunca fui de calar.
No entanto, compreendo muito bem o que me diz, alimentar conversas e tiques de quem não tem mais que fazer é rebaixar-me ao nível de quem acha que me agride.
Sei que muitos desejariam que "a menina" escrevesse aqui ou no jornal apenas criticas literárias ou de culinária.
Não darei essa satisfação.
Mas, seguindo o seu conselho, também não vou dar a satisfação de continuar discussões vazias, que servem apenas para preencher vidas ocas. Isto embora tenha presente a frase de Martin Luther King:
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Cumprimentos

Anónimo disse...

Ouvi dizer que o Teixeira vai casar!
É que o PR finalmente promulgou a Lei...