sábado, 19 de junho de 2010

Pelos vistos, não é só por cá

Tem feito alguma confusão a "algumas pessoas" o facto de o jornal que dirijo se bater por receber uma fatia da publicidade instititucional da Câmara Municipal do Seixal, seguindo o previsto na legislação, assunto sobre o qual já me debrucei o suficiente.
Mas parece que esta é a forma de actuar das autarquias quando os jornais não se vergam às suas vontade. Veja-se o caso do jornal algarvio Brisas do Sul, cuja situação de «bloqueio» aos fundos camarários já foi alvo de várias intervenções de vereadores e deputados municipais (à semelhança do que acontece no Seixal, intervenções que têm esbarrado em silêncio ou explicações no minimo sui generis).
Mas pelo menos neste caso o jornal teve acesso à informação descriminada sobre os valores gastos em cada um dos meios, informação que tem sido recusada a vereadores e deputados municipais por parte da Câmara Municipal do Seixal.


«Câmara Municipal de Olhão esbanja dinheiros públicos

7 - 6 - 2010
Diz o cidadão anónimo, e com razão, que é uma vergonha o que se passa nesta autarquia com o tratamento que é dado aos dinheiros públicos, “para manter aparências” de que tudo esta bem neste concelho e que são dinheiros de todos nós!
Enquanto se gasta “à tripa forra” gastando dinheiro por alguns órgãos de comunicação social, não existem verbas financeiras para mandar arranjar as canalizações (que estão arrebentadas há dois anos) que recebem as águas da chuva no Bairro do FFH, diz o responsável pela autarquia de Olhão. Elucidativo!
Chegaram à nossa redacção vários mapas comprovativos de pagamento de milhares de euros pagos e de endividamentos feitos pela autarquia de Olhão a alguns órgãos da comunicação social, supostamente afectos ao poder municipal para terem o cuidado de não divulgarem com a clareza que é devida os problemas da comunidade olhanense. Designadamente o problema da fome que existe em muitas casas de Olhão, do desemprego, da falta de segurança do povo que vive com medo e se sente ameaçado pelos ladrões, que os assaltam nas ruas e nas próprias casas, para além de outros problemas que vem afectando a população olhanense durante o ano 2009 e que continuam em 2010, desconhecendo-se porém o porquê de tantos pagamentos efectuados várias vezes aos mesmos órgãos de informação.
Com tanta abundância de dinheiros públicos que a autarquia de Olhão esbanja para com estas empresas jamais elas passarão pelas “brasas da crise” como acontece a tantas outras, pelo Concelho fora!
Foram pedidos por e-mail (correio electrónico) dirigido ao Vice-Presidente da Câmara Municipal de Olhão, antes decidir a publicação desta notícia, alguns esclarecimentos sobre a razão da realização destes pagamentos, pois interessa dar conhecimento ao público em geral da causa de tantas despesas em altura de crise. Até hoje não obtivemos do nosso interlocutor de ligação mais próxima a autarquia qualquer esclarecimento sobre o assunto.
Eis uma lista, exaustiva dos mapas, dos pagamentos efectuados, presumindo em declarações efectuadas por alguns membros ligados a autarquia de que existam ainda milhares de euros em outras verbas escondidas ou incluídas em outras rubricas paralelas àquelas de que tivemos conhecimento.
Postal do Algarve – 540.00, euros, Presselivre- Imprensa Livre, S. A. - Correio da Manha – 2.508.00, euros, Região Sul2 – Publicações Lda., 510.00, euros e 1.068.00, euros Jornal O Olhanense, 830.00 euros, Diário de Noticias, S.A. – 758.91, euros, Postal do Algarve – Publicações e Editores Lda. - 540.00, euros, Jornal O Olhanense, 468.00, euros, Jornal O Olhanense, 4.358.00, euros, Jornal do Algarve – Viprensa – Soc. Editora do Algarve, Lda. – 3.951.78, euros, RTVA- Rádio Televisão Atlântico, S.A. – 6.214.68, euros, e 9.949.71, euros, Jornal O Público – Comunicação Social, S.A. – 911.13, euros, Global Noticias Publicações,Lda, 1.587.00,euros e 2.680.20, euros, Algarve Press – 1.000.00, euros, Global Noticias Publicações, S.A. – 248.40, euros, CNA Central de Noticias do Algarve Produtos de com – 4.452.00, euros, Jornal do Algarve - Viprensa – Soc. Editora do Algarve, Lda. – 840.00, euros, RTVA – Rádio Televisão Atlântico – S.A. – 2.490.02, euros, EDISPORT- Sociedade de Publicações, S.A. – 1.800.00, euros, Rádio e Televisão de Portugal, S.A. – 23.575.06, euros, Rádio Algarve Stards – 2. 300.00, euros, Edigarbe – Soc. Editora do Algarve, Lda. - 312.00, euros, Jornal O Olhanense – 360.00, euros, Postal do Algarve – Jornal Regional de Henrique Ma – 540.00,euros, Presslivre – Imprensa Livre, S.A. – Correio da Manha – 1.198.80, euros, Região Sul2 – Publicações, Lda. – 525.60, euros, EDISPORT – Sociedade de Publicações, S.A. – 1.341.60, euros, Presslivre – Imprensa Livre, S.A. – Correio da Manha – 1.800.00, euros, Jornal do Algarve Viprensa – Soc. Editora do Algarve, Lda. – 720.00, euros.
Agora percebe-se as razões do silêncio “matreiro” e a falta de solidariedade de alguma comunicação social algarvia aquando da divulgação da discriminação efectuada há algum tempo atrás por esta autarquia ao nosso jornal.»
http://www.brisasdosul.com/indexMusic.php?page=http://www.brisasdosul.com/

E há mais exemplos:
«Correio da Feira publicou apenas 17 espaços publicitários
"Câmara da Feira beneficia o jornal Terras da Feira"
Os números não enganam. Em 2009, o "Correio da Feira" precisou, em média, de quase três edições publicadas para ser contemplado pela Câmara Municipal com publicidade institucional. Por outro lado, já o "Terras da Feira" teve "direito" em média por edição, quase quatro publicações de natureza institucional.
Os dados recolhidos referentes a cinco jornais do Concelho de Santa Maria da Feira mostram grandes disparidades, no que toca a atribuição de publicidade de natureza institucional. É, sobretudo, entre os dois jornais de âmbito concelhio que existem as maiores discrepâncias. Como podemos verificar, na infografia, o jornal "Terras da Feira", propriedade da empresa "Feirapresse Lda" "arrecadou" 341 espaços publicitários à Câmara Municipal, enquanto o jornal "Correio da Feira", da empresa "Trazer noticias. Lda" e que, segundo um estudo da Marktest foi o jornal do Concelho mais lido no ano de 2009, obteve apenas 17 espaços de informação autárquica. Isto representa, em percentagem e no universo dos cinco jornais do Concelho, que o "Terras da Feira" obteve 85.3% do total de espaços publicitários, (avisos, anúncios de concursos públicos, publicidade de eventos, editais), enquanto, por sua vez, o "Correio da Feira" teve somente 4.2%. Na relação anúncio/edição o "Correio da Feira" é, claramente, o mais prejudicado. Precisa de quase três edições, em média, para se ver contemplado com anúncios nas suas páginas. Com 0,35 por edição, fica bem longe dos 3.62 por edição do "Terras da Feira" que deste modo, garantiu quase quatro publicações de natureza institucional por edição. Dos cinco jornais analisados, o "Correio da Feira" é o único jornal que não obteve pelo menos um anúncio, em média, por edição.

Correio da Feira recebe menos anúncios de informação autárquica que os jornais de âmbito local

É curioso verificarmos que "O Activo", de Fiães, apesar de ter somente nove números, durante o ano de 2009, teve mais anúncios de que o "Correio da Feira". Contabilizou-se 19 anúncios que representam 4.7% do total. Enquanto isso, em análise comparativa, "O Activo" representa 5.3% no total de números publicados no universo dos jornais. O "Correio da Feira"detém 28.4% e o "Terras da Feira" 55% do total. Com o número de 13 anúncios surge o "Noticias de Lourosa", apesar de ter sido publicado por apenas nove vezes. O "Jornal de S. J. de Vêr" é o jornal com menos informação autárquica, mas mesmo assim garantiu, pelo menos, um anúncio camarário, em média, por cada publicação, tendo em conta a relação anúncio/edição. Os três jornais mensais foram publicados até ao mês de Setembro e eram propriedade da empresa Plural de Santa Maria da Feira. Desconhecem-se as razões do, aparente, fim das publicações.»
in: http://www.correiodafeira.com/?action=noticias&id=3418

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